ID: 67385
Autoria:
Newton da Silva Miranda Júnior, Luiz Fernando Câmara Viana, Dayse Karenine de Oliveira Carneiro, Renan Costa Filgueiras, Gislayne da Silva Goulart.
Fonte:
International Journal of Innovation, v. 10, n. 2, p. 291-318, Maio-Agosto, 2022. 28 página(s).
Palavras-chave:
COVID-19 , Ecossistema de inovação , Inovação , Quádrupla Hélice , Tripla Hélice
Tipo de documento: Artigo (Inglês)
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Objetivo: Analisamos as ações iniciais de enfrentamento à COVID-19 no Brasil pelos atores do ecossistema regional de inovação. Metodologia/abordagem: Trata-se de um estudo descritivo e qualitativo, utilizando pesquisa documental. No total, 471 reportagens coletadas via web scraping foram submetidas à análise de conteúdo (com uso de um livro de códigos e de teste intercodificador) e à análise de correspondência. Originalidade/relevância: Do ponto de vista do ecossistema de inovação, este estudo atende a uma necessidade identificada de entender como diferentes atores propõem soluções iniciais para a pandemia de COVID-19, considerando diferentes regiões geográficas. Principais resultados: Nas regiões mais favorecidas econômica e socialmente, o modelo diádico governo-indústria foi corroborado, segundo a literatura seminal, enquanto nas regiões menos favorecidas, os atores mais inovadores foram universidade e sociedade. Nossos resultados não evidenciaram a atuação da quíntupla hélice, o que nos leva a ponderar esse modelo em situações de crise. Ademais, embora o modelo da quádrupla hélice tenha sido corroborado em nossas análises, o modo como as hélices se arquitetaram nas regiões geográficas brasileiras não foi transversal. Contribuições teóricas: Propomos que a geografia de um enfrentamento pandêmico ocorre de forma desigual pelos atores do ecossistema de inovação. Além disso, a ordenação das hélices refere-se ao processo de desenvolvimento teórico e não à complementaridade do papel entre os atores. Implicações práticas: Este artigo destaca a necessidade de gestão integrada das ações iniciais do ecossistema de inovação em uma pandemia, evitando que regiões sejam negligenciadas, especialmente aquelas com níveis mais baixos de riqueza ou qualidade de vida.