ID: 61673
Autoria:
Marcelo Mariano da Rocha, Marcos Aurélio Tarlombani da Silveira.
Fonte:
Marketing & Tourism Review, v. 6, n. 1, p. 1-34, Janeiro-Julho, 2021. 34 página(s).
Palavras-chave:
Brasil , Desastres Naturais , Destinos , Gestão , Turismo
Tipo de documento: Artigo (Português)
Ver Resumo
Em muitos países, os destinos turísticos têm sido atingidos por eventos extremos associados às mudanças climáticas que, também, estão relacionadas à desastres naturais – como seca, inundações, ciclones e incêndios –, cada vez mais frequentes em muitas regiões do mundo. Isto tem contribuído para a incorporação da problemática da vulnerabilidade a desastres naturais nas discussões do planejamento e gestão do turismo. Todavia, no Brasil em particular, nas ações de planejamento e gestão de destinos turísticos, pouco têm sido consideradas por parte dos formuladores de políticas públicas as consequências dos eventos extremos, como é o caso dos desastres naturais, sobre a dinâmica do desenvolvimento turístico. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo analisar os municípios no Brasil categorizados pelo Ministério do Turismo – MTUR – como destinos e, que apresentam vulnerabilidade a desastres naturais. A análise foi feita a partir do cruzamento de dados contidos no Plano Nacional de Turismo (2018-2022) com os dados da Base Territorial Estatística de Áreas de Risco – BATER, metodologia de mapeamento de desastres naturais desenvolvida por pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais – CEMADEM. Os resultados demonstram que um considerável número de municípios categorizados como destinos turísticos no Brasil, apresenta vulnerabilidade a riscos de desastres naturais. Todavia, constata-se que nas políticas públicas de turismo, tanto nas escalas local como nacional, não estão contempladas nas suas diretrizes ações estratégicas para a gestão de riscos a desastres naturais no setor de turismo.