ID: 53975
Autoria:
Anderson Luiz Souza, Arnaldo Luiz Ryngelblum, Celso Augusto Rimoli.
Fonte:
Revista Capital Científico - Eletrônica, v. 17, n. 3, p. 9-25, Julho-Setembro, 2019. 17 página(s).
Palavras-chave:
Corrupção , Estratégia , Lógicas
Tipo de documento: Artigo (Inglês)
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Apesar do estabelecimento de normas específicas para impedir a corrupção, a corrupção por si só continua a ser um desafio tanto para os órgãos públicos quanto para as organizações privadas. Nesse contexto, o trabalho buscou compreender como os órgãos de controle – dos quais se destaca a Auditoria Interna (IA) – lidam com a corrupção, suas práticas e valores. Conceitualmente, os participantes em um contexto imbuído por corrupção tendem a enfrentar dilemas de uma lógica peculiar, que os conduzem a um conjunto específico de prescrições, atitudes e pensamentos. Assim, explicações surgem quando determinado comportamento não é observado. Foi realizada uma pesquisa com auditorias internas, externas e agências de controle brasileiras na área financeira, com o intuito de examinar os modelos que justifiquem as lógicas adotadas em prescrições, atitudes e pensamentos. Os resultados sugerem que a lógica de mercado, refletida na priorização do desempenho econômico pela organização, tende a prevalecer em várias situações sobre a lógica pública. Para isso, este artigo esclarece como as organizações financeiras fazem uso de estratégias institucionais para lidar com o conflito de lógicas, mantendo a legitimidade frente à lógica pública, contornando suas prescrições, que muitas vezes, as levam a praticar atos corruptos.