ID: 66332
Autoria:
Rafaela Maiara Caetano, Samanta Borges Pereira, Elisa Pereira Murad, Sabrina Soares da Silva, Luiz Marcelo Antonialli.
Fonte:
Desenvolvimento em Questão, v. 19, n. 57, p. 305-326, Outubro-Dezembro, 2021. 22 página(s).
Palavras-chave:
aspectos econômicos , bem-estar , Desenvolvimento , educação , saúde
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Este artigo aborda o tema do desenvolvimento no que se refere à urgência de suplantar o conceito como sinônimo de crescimento para superar os agravamentos dos problemas advindos dessa concepção. O objetivo foi verificar se os investimentos em políticas sociais provocaram mudanças no bem-estar social dos municípios mineiros entre 2000 e 2010. Com o software SPSS e com base nos dados obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Atlas do Desenvolvimento Humano, foram realizadas análises para os 853 municípios do Estado de Minas Gerais por meio do Índice de Bem-Estar Social (Ibes), composto por subíndices (saúde e saneamento, educação e aspectos econômicos). O referencial teórico baseou-se nas discussões sobre desenvolvimento social e sustentável (VEIGA, 2001; SACHS, 2004; SACHS 2008), políticas públicas sociais (SERAFIM; DIAS, 2012; CASTRO; OLIVEIRA, 2014; DOWBOR, 2018) e IDH (GUIMARÃES; FEICHAS, 2009). A metodologia dividiu-se em duas etapas. Os resultados de monstram que os gastos em saúde e saneamento, habitação e previdência social foram os que tiveram maior impac to sobre o Ibes, demonstrando que investimentos governamentais geram mudanças significativas para a população. Os resultados encontrados reforçam as discussões acerca do papel do desenvolvimento, que deve corresponder à expansão das potencialidades humanas e não apenas de bens de consumo (VEIGA, 2001), e deve ser visto como um processo que reduz as distâncias sociais que separam as diferentes camadas da população (SACHS, 2004).