ID: 15079
Autoria:
Márcio Jacometti, Belmiro Valverde Jobim Castor, Daniel Moraes Pinheiro, João Pereira de Castilho Filho.
Fonte:
Revista Economia & Gestão, v. 13, n. 32, p. 87-106, Maio-Agosto, 2013. 20 página(s).
Palavras-chave:
fenonomia , homem parentético , isonomia , organizações de economia social
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Este trabalho lida com duas categorias centrais da Teoria da Delimitação dos Sistemas Sociais proposta por Ramos (1989): as fenonomias e as isonomias. Juntas, elas estabelecem o chamado paradigma paraeconômico da organização social. Ao caracterizar estes dois modelos, o artigo revisa seus conceitos fundamentais para explicar as causas e consequências da combinação destas categorias como alternativa ao modelo econômico moderno fundado na racionalidade formal. A partir da lógica inerente à racionalidade substantiva, o texto propõe estudos sobre como as organizações de setores diferenciados adotam ou não princípios da fenonomia e isonomia em suas práticas, motivadas por pressões ambientalistas e sociais. Pela noção de homem parentético, sugere-se que, além do conflito entre modelos na estrutura social, existe também o conflito ao nível do indivíduo que se submete ao modelo de homem econômico, abrindo mão da realização pessoal. De modo reativo a essa realidade, observa-se o surgimento de muitas organizações que se baseiam em valores distintos dos da racionalidade instrumental como é o caso das organizações de economia social. Contudo, é necessário investigar estas questões para se compreender até que ponto essa combinação é realmente um modelo social que está sendo adotado em alguns setores da economia.