ID: 4415
Autoria:
Giovani Antonio Silva Brito, Alexandre Assaf Neto.
Fonte:
RAUSP Management Journal, v. 43, n. 3, p. 263-274, Julho-Setembro, 2008. 12 página(s).
Palavras-chave:
capital econômico , carteira de crédito , modelo de risco de crédito , perda esperada , perda não esperada , Simulação de Monte Carlo
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Os modelos de risco de crédito de portfolio que se difundiram na indústria bancária internacional têm aplicação restrita no Brasil, devido às características do mercado de crédito. O objetivo nesta pesquisa é propor um conjunto de procedimentos para mensurar o risco de portfolios de créditos concedidos por instituições financeiras a empresas, considerando a disponibilidade de dados do mercado de crédito brasileiro. Na abordagem proposta, as perdas das empresas da carteira são modeladas individualmente e os resultados são agregados para se obter as perdas totais do portfolio. Utilizando a técnica da Simulação de Monte Carlo, são gerados milhares de cenários para a situação econômico-financeira futura das empresas da carteira. Os cenários gerados dão origem a possíveis valores de perda para as empresas individualmente e para o portfolio como um todo. O processo é ilustrado aplicando-se o modelo a um portfolio hipotético, construído com base nos dados das carteiras de crédito das instituições financeiras no Brasil. O modelo gera a distribuição das perdas da carteira de crédito, a partir da qual podem ser obtidas medidas que quantificam o risco do portfolio, como a perda esperada e a perda não-esperada, e calculado o capital econômico que deve ser alocado pela instituição. Os resultados obtidos indicam que o modelo proposto se configura como uma alternativa que permite ser o risco de carteiras de crédito mensurado.