ID: 68065
Autoria:
Fábio Chaves Nobre, Maria José de Camargo Machado, Liana Holanda Nepomuceno Nobre.
Fonte:
Revista de Administração Contemporânea, v. 26, n. Spplementary Issue, p. 1-13, Agosto, 2022. 13 página(s).
Palavras-chave:
pesquisa qualitativa , processo de tomada de decisão , vieses comportamentais
Tipo de documento: Artigo (Inglês)
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Objetivo: a presente pesquisa visa a compreender o papel dos vieses comportamentais presentes na decisão de investimento em empreendedores e gestores, à luz das finanças comportamentais. Marco teórico: Considerando que aspectos não financeiros influenciam a tomada de decisão de investimentos em ativos reais, a presente pesquisa se concentra em como as características individuais, notadamente os vieses comportamentais, podem afetar essas decisões de investimento, sob a perspectiva das Finanças Comportamentais. Método: desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa. Foram realizadas entrevistas com oito gestores ou empreendedores que costumam tomar decisões de investimento em ativos reais dentro de suas organizações. As entrevistas foram transcritas e a análise de conteúdo foi utilizada para analisar os dados. Resultados: os resultados sugerem a presença de vieses comportamentais na tomada de decisão apresentados pelos entrevistados, especificamente otimismo e excesso de confiança, aversão à perda, autoatribuição, sunk cost, efeito dotação, arrependimento, conservadorismo e efeito agente externo. Otimismo, excesso de confiança e aversão à perda estiveram presentes em todas as falas dos entrevistados. O arrependimento e o efeito do agente externo emergiram no discurso dos empresários, enquanto o preconceito do conservadorismo emergiu no discurso dos gestores. Conclusões: empreendedores e gestores apresentaram indistintamente vieses comportamentais no processo decisório, mas os gatilhos para esses vieses são diversos. Quando se trata de insegurança para decidir, o empreendedor se permite questionar sua própria capacidade de decisão, seja por arrependimento, seja por consulta a um agente externo, enquanto os gestores se mantêm em decisões conservadoras.