ID: 42441
Autoria:
Júlio Pereira de Araújo, Marcos Roberto Gois de Oliveira.
Fonte:
Revista de Finanças Aplicadas, v. 1, n. 1, p. 1-30, Janeiro-Março, 2015. 30 página(s).
Palavras-chave:
Private Equity , Retorno Anormal Acumulado , Venture Capital
Tipo de documento: Artigo (Português)
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OBJETIVO
Esta pesquisa teve por objetivo comparar o retorno das ações das empresas que foram investidas por gestores de private equity e/ou venture capital em relação às que não receberam esse tipo de investimento.
METODOLOGIA
A base de dados utilizada foi os preços e os retornos diários das ações das empresas que realizaram IPO no período de fevereiro/2006 a novembro/2010, bem como do índice Ibovespa. A análise compreendeu períodos de 21, 126, 252, 504 e 756 dias após o IPO por meio das metodologias do Retorno Anormal Acumulado (RAA) e de modelos de regressão múltipla que tentaram explicar o comportamento dos RAA’s através de seis variáveis: valor de mercado, índice book to market, volume de oferta, parcela primária, presença de organizações gestoras de PE/VC e nível de governança corporativa.
RESULTADOS E CONCLUSÕES
Os resultados mostraram que as empresas com PE/VC apresentaram maiores RAA’s em relação às empresas sem PE/VC em todos os períodos, considerando a amostra analisada. Na análise das regressões chegou-se à conclusão de que além da presença de um fundo de PE/VC, o nível de governança corporativa e o volume de oferta influenciam nos valores dos RAA’s dessas empresas. Assim, concluiu-se que as empresas com PE/VC possuem maiores níveis de retorno em relação às sem PE/VC, considerando as empresas que conseguiram abrir capital na bolsa de valores.
IMPLICAÇÕES PRÁTICAS
Os resultados mostram a importância das organizações gestoras de PE/VC para as empresas investidas, seja pela implementação de novas ferramentas de gestão e da formulação de estratégias, pela composição da equipe e dos conselhos, por causa da oferta de recursos financeiros ou até mesmo pelo uso da inovação em suas práticas e produtos, fazendo com que, em tese, as mesmas apresentem-se mais bem preparadas para entrar no mercado de capitais em relação às demais empresas.