ID: 38444
Autoria:
Diogo Henrique Helal, Valéria Aparecida Antunes Freitas Vargens.
Fonte:
Revista Ciências Administrativas, v. 18, n. 1, p. 158-188, Janeiro-Junho, 2012. 31 página(s).
Palavras-chave:
Brasil , Estudo Bibliométrico , Produção Científica em Administração , Reforma do Estado
Tipo de documento: Artigo (Português)
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A Reforma do Estado é objeto de estudo da Academia, em diversas áreas, e em particular nas Ciências Sociais Aplicadas. Especificamente, este artigo busca analisar como a área da Administração tem se dedicado a estudar a Reforma do Estado no Brasil. Para tanto, tomando como base os trabalhos publicados eletronicamente nos eventos da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (ANPAD), no período de 1997 a 2008, este estudo realizou uma análise bibliométrica, com o propósito de analisar o estudo sobre a reforma do estado no país. Utilizando como palavra-chave da pesquisa o termo “Reforma do Estado”, foram identificados 113 (cento e treze) artigos. Após triagem, na qual se buscou analisar os artigos que estudaram a Reforma do Estado no contexto central do tema, restaram 87 (oitenta e sete) artigos. Os principais resultados foram os seguintes: os anos de 1997, 1998 e 1999 foram os que mais tiveram estudos sobre a Reforma do Estado e o evento onde ocorreu a publicação destes trabalhos com maior frequência foi o EnANPAD; os estudos teóricos/empíricos predominaram nos artigos analisados; os estudos de caso qualitativos predominaram; a maior parte dos artigos analisados foi escrito por 1 (um) e 2 (dois) autores; o estado da Bahia apresentou, isoladamente, maior produção de artigos; os temas mais abordados foram nova gestão pública, gestão de pessoas e organização social, e agência reguladora. A dimensão institucional legal apresentou menor predominância nos estudos, apesar de servir como referência para várias pesquisas sobre a reforma administrativa. Ressalte-se que o fato de Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais serem os estados que se destacam na produção científica sobre o tema, reflete – geograficamente – a existência de programas de pós-graduação em Administração Pública (AP) (ou em Administração com linha de pesquisa em Adm. Pública). UFBA, EBAPE e EAESP são – historicamente – pólos irradiadores do ensino e pesquisa em administração pública no Brasil). Em Minas Gerais, a presença da Fundação João Pinheiro (uma escola de governo) e de linha de pesquisa em Administração Pública na UFMG explicam tal número. Igualmente, a UNB tem uma linha de pesquisa em Administração Pública em seu mestrado em Administração. A pesquisa mostra que existem algumas áreas temáticas sobre o assunto que necessitam de maior investimento e cooperação entre as instituições e especialidades para serem melhor exploradas.