ID: 69189
Autoria:
Elizandra Severgnini, Valter Afonso Vieira, Ananda Silva Singh, Raquel Adriano Momm Maciel de Camargo, Nayara Pereira Duarte.
Fonte:
Caderno de Administração, v. 30, n. 2, p. 76-98, Julho-Dezembro, 2022. 23 página(s).
Palavras-chave:
Disfunção Burocrática , Gestão Escolar , Relacionamento Interpessoal , Sobrecarga de Trabalho
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Este estudo propõe um modelo conceitual elencando e relacionando aspectos de disfunção burocrática identificados na gestão de uma escola pública de referência da rede estadual do Paraná, avaliada com o maior IDEB do seu núcleo regional de educação. A Teoria da Burocracia e, especialmente, as críticas dirigidas a ela, são a lente teórica utilizada para respaldar os aspectos de disfunção burocrática que despontam do estudo de caso único. Este estudo de campo de natureza qualitativa contou com três fontes de evidências distintas (entrevistas semi-estruturadas, observações e análise documental), investigadas por meio do software Atlas T.I. Com base nos procedimentos metodológicos de Yin (2011) e Bardin (2006), foram estabelecidas cinco categorias de análise: controle, administração financeira, sobrecarga de trabalho, autonomia e relacionamento interpessoal. Infere-se que os aspectos de disfunção burocrática geram um aumento da carga de trabalho (que se torna sobrecarga), o que, consequentemente, prejudica o relacionamento interpessoal entre a equipe escolar e vice-versa. Estas informações sustentam o modelo conceitual proposto, no qual a gestão escolar é influenciada pelos aspectos de disfunção burocrática identificados no estudo de caso. Os resultados oferecem novas ideias sobre como três aspectos relevantes de disfunção burocrática (administração financeira, autonomia e controle) impactam na carga de trabalho e nos relacionamentos interpessoais na gestão de uma escola pública. As descobertas ressaltam, ainda, como aspectos de disfunção burocrática impactam na gestão escolar.