ID: 67713
Autoria:
Karoline Bonatto Merlo, Maria Lúcia Granja Coutinho, Claudio Marcos Vigna.
Fonte:
Revista de Administração da Unimep, v. 19, n. 7, p. 120-138, Janeiro-Maio, 2022. 19 página(s).
Palavras-chave:
conhecimento , cronograma , fundação , gerenciamento , PMI , risco
Tipo de documento: Artigo (Português)
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A ascensão do setor da construção civil nos últimos anos em confronto com o início do recuo das atividades do setor, fez com que empresas buscassem novas técnicas e ferramentas para permanecerem competitivas e atuantes no mercado. Uma dessas ferramentas foi o gerenciamento de riscos, a fim de reduzir o número de incertezas. Sendo a infraestrutura de uma edificação parte do caminho crítico do cronograma e levando em consideração o crescimento da execução de fundações profundas, este artigo apresenta, de maneira objetiva, o gerenciamento de riscos, direcionado pelo modelo de gestão de projetos do Project Management Institute (PMI), e realiza o levantamento dos riscos mais recorrentes durante a execução da operação de estaca hélice-contínua. Para alcançar os objetivos do presente artigo foi adotado como metodologia, o estudo de caso exploratório, com revisão da literatura, elaboração de questionário de questões fechadas, e posterior estudo de campo com questões abertas. Para o levantamento do conceito de riscos, realizou-se, inicialmente uma pesquisa bibliográfica para levantar as melhoras práticas em gestão de riscos, e como resultado dessa etapa da pesquisa, foi adotado as práticas de gerenciamento do PMBOK. Posteriormente foi elaborado um questionário, com questões fechadas e objetivas, que foi transmitida via formulários do google e compartilhada através de redes de relacionamento com diversos profissionais da engenharia civil. Com as respostas obtidas foi identificado um risco geral de eventos negativos de 39% e eventos positivos de 26% para os projetos que preveem a realização de fundação tipo hélice-contínua. De acordo com a amostra analisada, 71% dos entrevistados já trabalharam ou trabalham com gerenciamento de riscos e 54% compreendem a diferença entre risco positivo e negativo. Com essas respostas, foi elaborado um questionário com questões abertas para verificar se o entendimento dos respondentes às questões fechadas respondidas estavam corretas, e chegou-se à conclusão que 100% dos pesquisados que disseram ter conhecimento da diferença, associaram pelo menos um risco à vantagem e desvantagem do tipo de fundação, e não relacionaram esse risco aos riscos de execução da atividade. Na conclusão confirmamos que existe carência de conhecimento na área de gestão de riscos e, consequentemente, existem atrasos e acidentes provenientes desta lacuna de conhecimento na gestão de obras de engenharia civil. Como sugestão de estudo futuro recomenda-se uma análise do impacto financeiro dessa falta de eficácia na gestão de riscos, buscando, conscientizar o meio empresarial de engenharia civil, que gerir o risco traz oportunidades econômicas para o projeto e a empresa.