ID: 63312
Autoria:
Kleyton Teixeira Valadão, Mônica de Fátima Bianco.
Fonte:
REAd. Revista Eletrônica de Administração, v. 27, n. 2, p. 462-495, Maio-Agosto, 2021. 34 página(s).
Palavras-chave:
Ergologia , Estudos Organizacionais , História de Vida , Sindicalismo , Trabalho
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Desde os anos 1990 no Brasil, estudiosos revelam haver uma escalada contra os direitos trabalhistas, submetendo os trabalhadores a diferentes formas de precarização. Tais acontecimentos favoreceram a emergência de um sindicalismo neoliberal e, também, a inflexão de Centrais sindicais, às vezes falhando em propor alternativas contrárias ao padrão de desenvolvimento capitalista. O foco desta pesquisa está na atividade do sindicalista, diretor de um sindicato de vigilância privada, e foi adotado o método história de vida. O artigo tem por objetivo compreender as experiências vividas pelo sindicalista entrevistado e os usos do corposi em sua atividade de trabalho. O uso da Ergologia teve o intuito de incitar aqueles que vivem e trabalham a pôr em palavras um ponto de vista sobre a sua atividade. A história de vida de Juvenal evidencia os debates de normas e valores, usos do corpo-si, os tensionamentos entre as três esferas, 1) sindicalismo, 2) mercado e 3) Estado. A história de vida pôde convocar o trabalhador para produzir saberes sobre sua própria existência, inclusive em seu trabalho, além de dar voz a certos grupos socialmente invisíveis. A história de Juvenal representa as histórias de vida de outros brasileiros que lutam pelo direito de viver tendo trabalho digno.