Título Inglês:
The difficulties of software companies access to credit: bank bureaucracy or culture of self-financing?
Título Espanhol:
Las dificultades de las empresas de software en el acceso al crédito: ¿Burocracia bancaria o cultura de autofinanciación?
Resumo:
Este trabalho busca entender, através de um processo de análise comparativa de dois clusters de produção de software no Nordeste do Brasil, as razões pelas quais a atividade é pouco beneficiada pelos instrumentos de financiamento. As dificuldades da indústria nordestina de software para obter financiamento no Brasil estão associadas, geralmente, à própria singularidade do setor, caracterizado por produtos intangíveis, limitando sua capacidade de responder às exigências de garantias tradicionais. Além disso, as alternativas que vem sendo buscadas para apoiar o desenvolvimento de empresas de software, como a participação de capital de risco tem como obstáculo a natureza conservadora dos investidores nacionais, principalmente o mercado pouco desenvolvido de capitais; por isto, se estabelecem dificuldades para o estabelecimento de mecanismos de saída para os investidores, ao contrário de países tecnologicamente mais desenvolvidos, como os Estados Unidos, onde uma grande porcentagem de capital de risco destina-se à tecnologia da informação e das comunicações. As dificuldades de acesso aos desarinstrumentos de crédito por que passa a indústria da informática, sobretudo, para as pequenas e médias empresas de software, não incluem, em uma primeira análise, a falta de programas de financiamento, ou recursos financeiros para a atividade, mas a discrepância entre os requisitos tradicionais de financiamento de subsídios com base em garantias reais e os altos índices de incerteza inerentes ao desenvolvimento de produtos de software, aliada à característica dessas empresas para colocar a maior parte dos seus ativos em capital intelectual. A hipótese principal deste trabalho coloca a responsabilidade pela discrepância entre a indústria e instituições financeiras não somente na burocracia bancária, ou no formato dos instrumentos de crédito, mas também em variáveis de natureza cultural.
Resumo Inglês:
This work intends to understand through a process of comparative analysis of two clusters of software production in the Northeast of Brazil, the reasons why the activity has little benefit for financial instruments. The difficulties of the software industry in Brazil are associated, generally, the uniqueness of the sector, characterized by intangible products, limiting their ability to respond to the traditional demands. In addition, alternatives that are being done to support the development of software companies, such as the participation of venture capital is an obstacle to the conservative nature of domestic investors especially the undeveloped capital market, therefore, difficult to the establishment of exit mechanisms for investors, unlike most technologically developed countries like the United States, where a large percentage of venture capital is for information technology and communications. The difficulties of access to credit to the computer industry, especially for small and medium-sized software companies, do not include in a first analysis, the lack of funding programs, or financial resources for the activity, but the discrepancy between the traditional requirements of grant funding based and the high levels of uncertainty inherent in the development of software products, associated with the characteristic of these companies to put most of its assets in intellectual capital. The main hypothesis of this work places the responsibility for the discrepancy between the industry and financial institutions not only bank in the bureaucracy, or in the form of credit instruments, but also in cultural variables.
Resumo Espanhol:
Este trabajo busca comprender, por medio de un proceso de análisis
comparativo de dos clusters de producción de software en el Nordeste del
Brasil, las razones por las cuales la actividad es poco beneficiada por
los instrumentos de financiación. Las dificultades de la industria
nordestina de software para obtener financiaciones son asociadas, en el
Brasil, en general a las propias singularidades del sector,
caracterizado por productos intangibles, limitando su capacidad de
atender a las exigencias de garantías reales tradicionales. Además de
eso, las alternativas que vienen siendo encontradas para apoyar el
desarrollo de las empresas de software, como la participación de
inversores de riesgo, tienen como obstáculo la naturaleza conservadora
de los inversores nacionales, y principalmente el poco desarrollado
mercado de capitales; por eso, se generan dificultades de establecer
mecanismos de salida para los inversores, al contrario de países
tecnológicamente más desarrollados, como los Estados Unidos, en que un
gran porcentual de capital de oportunidad es destinado a las tecnologías
de la información y de las comunicaciones. En un primer análisis, las
dificultades de acceso a los instrumentos de crédito por lo que pasa la
industria de informática, sobre todo las pequeñas y medianas empresas de
software, no incluyen la carencia de programas de financiación, tampoco
de recursos financieros para la actividad, sino la discrepancia entre
los requisitos tradicionales para concesión de financiaciones, basados
en garantías reales, y las altas tasas de incertidumbre inherentes al
desarrollo del producto software, aliadas a la característica de estas
empresas de situar la mayor parte de sus activos en el capital
intelectual. La hipótesis principal de este trabajo atribuye la
responsabilidad por la discrepancia entre la industria y las
instituciones financieras, no sólo a la burocracia bancaria o al formato
de los instrumentos de crédito, pero también a variables de naturaleza
cultural.
Citação ABNT:
BRANCO, E. C.; FERREIRA, L. M.; OLIVEIRA, F. C. Las dificultades de las empresas de software en el acceso al crédito: ¿Burocracia bancaria o cultura de autofinanciación?. RAUnP - Revista Eletrônica do Mestrado Profissional em Administração da Universidade Potiguar, v. 3, n. 1, art. 4, p. 41-51, 2010.
Citação APA:
Branco, E. C., Ferreira, L. M., & Oliveira, F. C. (2010). Las dificultades de las empresas de software en el acceso al crédito: ¿Burocracia bancaria o cultura de autofinanciación?. RAUnP - Revista Eletrônica do Mestrado Profissional em Administração da Universidade Potiguar, 3(1), 41-51.
Link Permanente:
http://www.spell.org.br/documentos/ver/1181/as-dificuldades-das-empresas-de-software-de-acesso-ao-credito--burocracia-bancaria-ou-cultura-de-auto-financiamento-/i/pt-br
Referências:
CASSIOLATO, J. E.; BRITTO, J. N. P; GUIMARÃES, V.; STALLIVIERI, F. Sectoral system of innovation and local productive systems in the Brazilian software industry: a focus on competence building processes. Catch up Milano Meeting. Esboço preliminar. [Citado em 01/03/2008]. Disponível em:
.
CASTELLS, M. A Sociedade em rede. São Paulo-SP: Paz e Terra, 2003.
DOSI, G. et alli. Technical change and economic theory. London: Printer Publishers, 1998.
EDQUIST, C. Systems of innovation: Technologies, institutions and organizations. Herndon: EUA:Cassell, 1997.
FERREIRA, L. M.; OLIVEIRA, F. C. Responding to the global challenge: the experience of technological incubators and industrial districts in Ceara, Northeast of Brazil. Clusters, Industrial Districts and Firms: the Challenge of Globalization, Itália: Modena, 2003.
FREEMAN, C. The ‘national system of innovation’ in historical perspective. Cambridge Journal of Economics, 19, p.5-24. Academic Press Limited, 2005. LA ROVERE, R. L. Perspectivas das micro, pequenas e médias empresas no Brasil. In: Revista de Economia Contemporânea. Rio de Janeiro. Vol. 5. Edição Especial, 2001.
LA ROVERE, R. L. Perspectivas das micro, pequenas e médias empresas no Brasil. In: Revista de Economia Contemporânea. Rio de Janeiro. Vol. 5. Edição Especial, 2001.
LASTRES, H. M. M.; CASSIOLATO, J. E.; LEMOS, C. Globalização e inovação localizada. Nota técnica 01/98. Rio de Janeiro: IE/UFRJ, 1998.
LUNDVALL, B. A. Políticas de inovação na economia do aprendizado. Parcerias Estratégicas. Mar. 2001. Brasília-DF:UNB, 2001.
LUNDVALL, B. A.; BORRAS S. Science, technology and innovation police. In: The Oxford Handbook of Innovation. Londres: Okford University Press, 2005.
NELSON, R.; WINTER, S. Uma teoria evolucionária da mudança econômica. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2005.
POSSAS, M. Concorrência Schumpeteriana. In: KUPFER, D.; HASENCLEVER, L. Economia Industrial: fundamentos teóricos e práticas no Brasil. P. 415-447. Rio de Janeiro-RJ: Campus, 2002.
SCHUMPETER, J. A. Capitalismo, socialismo e democracia. Rio de Janeiro: Editora Fundo de Cultura, 1961.
TIGRE, P. B.; et alli. Propriedade intelectual em software: o que podemos aprender da experiência internacional? Revista Brasileira de Inovação, Rio de Janeiro, p. 51-53, jan./jun. 2007.
TREVIÑO, L. C.; HERNANDES, R. Innovación tecnológica y medio ambiente. Producto de los trabajos realizados en el Primer Seminario Internacional Tecnología-Industria-Territorio bajo la temática Innovación, Cambio Institucional y Medio Ambiente. ISBN 9688568325. Querétaro, México: Plaza y Valdes, 1999.