A Contribuição do Empreendedorismo para o Crescimento Econômico dos Estados Brasileiros Outros Idiomas

ID:
48373
Resumo:
Devido às evidentes desigualdades interestaduais e inter-regionais relativas ao desempenho econômico dos estados brasileiros, objetivou-se com este estudo compreender os efeitos do empreendedorismo sobre o crescimento econômico do Brasil e verificar se tais efeitos se diferem entre os estados. Para este fim, estimou-se um modelo por dados em painel dinâmico com o Método dos Momentos Generalizados (GMM) e efeitos fixos com as variáveis “PIB per capita, número de trabalhadores por conta própria, volume de comércio internacional, população, despesas governamentais, analfabetismo e despesas de capital”, dos 26 estados do Brasil mais o Distrito Federal. O período foi de 2001 a 2011, devido à disponibilidade de dados para todas as variáveis. Constatou-se que, seja por inovação ou por promoção de novos negócios, o empreendedorismo é um fator de crescimento econômico, além de ser complementar aos outros fatores determinantes; tem papel semelhante para todos os estados, independente se o estado tem maior ou menor tamanho econômico; e que seus efeitos sobre o crescimento das Unidades da Federação são, no geral, homogêneos e positivos. Assim, conclui-se que no caso dos estados do Brasil, mesmo para os mais pobres, o empreendedorismo mostrou-se favorável ao crescimento econômico.
Citação ABNT:
ALMEIDA, F. M.; VALADARES, J. L.; SEDIYAMA, G. A. S. A Contribuição do Empreendedorismo para o Crescimento Econômico dos Estados Brasileiros . REGEPE Entrepreneurship and Small Business, v. 6, n. 3, p. 466-494, 2017.
Citação APA:
Almeida, F. M., Valadares, J. L., & Sediyama, G. A. S. (2017). A Contribuição do Empreendedorismo para o Crescimento Econômico dos Estados Brasileiros . REGEPE Entrepreneurship and Small Business, 6(3), 466-494.
DOI:
10.14211/regepe.v6i3.552
Link Permanente:
http://www.spell.org.br/documentos/ver/48373/a-contribuicao-do-empreendedorismo-para-o-crescimento-economico-dos-estados-brasileiros-/i/pt-br
Tipo de documento:
Artigo
Idioma:
Português
Referências:
Acs, Z. J. (2006). How is Entrepreneurship Good for Economic Growth? Innovations, 1(1), 97-107.

Acs, Z. J. P.; Arenius, M. H.; Minniti, M. (2004). Global Entrepreneurship Monitor: 2004 Executive Report, Babson College and London Business School.

Arellano, M.; Bond, S. (1991). Some tests of specification for panel data: Monte Carlo evidence and application to employment equations. The Review of Economic Studies, 58(2), 277-297.

Arellano, M.; Bover, O. (1995). Another Look at the Instrumental-Variable Estimation of Error-Components Model. Journal of Econometrics, 68(1), 29-52.

Baltagi, B. H. (2005). Econometric Analysis of Panel Data (3th Edition). Wiley. 293p.

Barbosa, E. & Alvim, A. M. (2007). Exportações estaduais e crescimento econômico no Brasil – 1996 a 2005. (Dissertação de Mestrado em Economia do Desenvolvimento). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil.

Barros, A. A.; Pereira, C. M. M. A. (2008). Empreendedorismo e crescimento econômico: uma análise empírica. RAC, 12(4), 975-993.

Bittar, F. S. O.; Bastos, L. T.; Moreira, V. L. (2014). Reflexões sobre o empreendedorismo: uma análise crítica na perspectiva da economia das organizações. Revista de Administração da Universidade Federal de Santa Maria, v. 7, n. 1, pp. 65-80, mar.

Blundell, R.; Bond, S. (1998). Initial Conditions and Moment Restrictions in Dynamic Panel Data Model. Journal of Econometrics. 87(1), 115-143.

Boava, D. L. T.; Macedo, F. M. F. (2011). Empreendedorismo explicitado à maneira dos filósofos. In: Encontro de Estudos em Estratégia da Associação Nacional de Pesquisa e Pós Graduação em Administração, 5.; 2011, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: ANPAD, pp. 1-18.

Bula, H. O. (2012). Evolution and theories of entrepreneurship: a critical review on the Kenyan perspective. International Journal of Business and Commerce, v. 1, n. 11, pp. 81-96.

Campelli, M. G. R.; Filho, N. C.; Barbejat, M. E. R. P.; Moritz, G. O. (2011). Empreendedorismo no Brasil: situação e tendências. Revista de Ciências da Administração, v. 13, n. 29, pp. 112-132, 2011.

Diefenbach, F. E. (2011). Entrepreneurship in the public sector: when middle managers create public value. Saint Gallen: Gabler Verlag Wiesbaden, p. 230.

Dufrénot, G.; Mignon, V.; Tsangarides, C. (2010). The trade-growth nexus in the developing countries: A quantile regression approach. Review of World Economics, v. 146, n. 4, p.731-761.

Faia, V da S.; Rosa, M. A. G.; Machado, H. P. V. (2014). Alerta empreendedor e as abordagens causation e effectuation sobre empreendedorismo. Revista de Administração Contemporânea, v. 18, n. 2, pp. 196-216.

Filion, L. J. (1999). Diferenças Entre Sistemas Gerenciais De Empreendedores E Operadores De Pequenos Negócios. RAE - Revista de Administração de Empresas, v. 39, n. 4, Out./Dez.

GEM. Global Entrepreneurship Monitor. (2016). Global entrepreneurship monitor. Empreendedorismo no Brasil (Relatório Nacional). Curitiba: Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade, Paraná.

Greene, W. (2008). Econometric analysis. 6 ed. New Jersey: Prentice Hall, 1232p.

Grosman, G.; Helpman, E. (1990). Comparative advantage and long-run growth. American Economic Review. 80(4), 796-815.

Hart, D. M. (2003). The Emergence of Entrepreneurship Policy: Governance, Startups, and Growth in the US Knowledge Economy. Cambridge, Cambridge University Press.

Holcombe, R. G. (1998). Entrepreneurship and economic growth. The Quarterly Journal of Austrian Economics, 1(2), 45-62.

Hsiao, C. (2002). Analysis of Panel Data: Econometric Society Monographs. (2a ed.). Cambridge University Press.

IBGE.Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2016). Estatísticas. .

IPEA.Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. (2016). Ipeadata. .

Kirzner, I. M. (1973). Competition and Entrepreneurship. Chicago, University of Chicago Press.

Kirzner, I. M. (1979). Perception, opportunity, and profit: studies in the theory of entrepreneurship. Chicago: The University of Chicago Press.

Knight, F. H. (1921). Risk, uncertainty and profit. New York: A. M. Kelley.

Landström H. (1999). Entreprenörskapets rötter. Student litterateur, Lund.

Leyden, D. P.; Link, A. N. (2015). Public Sector Entrepreneurship: U.S. Technology and Innovation Policy. Oxford University Press, 250p.

Listake, M. (2003). Comércio externo e interno do Brasil e das suas macrorregiões: um teste do teorema de Heckscher-Ohlin. (Tese Doutorado em Economia Aplicada). Universidade de São Paulo, Piracicaba, Brasil.

Machado, H. V. (2008). Introdução. Revista de Administração Mackenzie, v. 9, n. 8, pp. 10-14.

Marques, L. D.; (2000). Modelos Dinâmicos com Dados em Painel: Revisão de Literatura. [working paper]. Centro de Estudos Macroeconômicos e Previsão, Faculdade de Economia do Porto.

Martes, A. C. B. (2010). Weber e Schumpeter: a ação econômica do empreendedor. Revista de Economia Política, v. 30, n. 2, pp. 254-270.

MDIC. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Estatísticas. (2016). Nd. .

Mingoti, S. A. (2005). Análise de dados através de métodos de estatística multivariada: uma abordagem aplicada. Editora UFMG: Belo Horizonte, MG.

Ministério da Fazenda.Tesouro Nacional. Estatísticas. . Acesso em: 15 jul.2016.

Nogami, V. K. C.; Medeiros, J.; Faia, V. S. (2014). Análise da evolução da atividade empreendedora no brasil de acordo com o global entrepreneurship monitor (gem) entre os anos de 2000 e 2013. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, v. 3, n. 3, pp. 31-76.

Rodriguez, C.; Gimenez, M. (2005). Emprenderismo, acción gubernamental y academia: revisión de la literatura. Innovar, Revista de Ciências Administrativas y Sociales, v. 15, n. 26, pp. 73-89.

Romer, P. M. (1994). The origins of Endogenous Growth. Journal of Economic Perspectives, 8(1), 3-22.

Sadler, R. J. (2000). Corporate entrepreneurship in the public sector: the dance of the chameleon. Australian Journal of Public Administration, v. 59, n. 2, pp. 25-43.

Santiago, E. G. (2009). Vertentes teóricas sobre empreendedorismo em Shumpeter, Weber e Mcclelland: novas referências para a sociologia do trabalho. Revista de Ciências Sociais, v. 40, n. 2, pp. 87-103.

Schumpeter, J. A. (1934). The Theory of Economic Development: An Inquiry into Profits, Capital, Credit, Interest and the Business Cycle. Cambridge, MA: Harvard University Press.

Schumpeter, J. A. (1984). Capitalismo, socialismo e democracia. Rio de Janeiro, Zahar. (Obra original publicada em 1942).

Solow, R. M. (1956). A contribution to the Theory of Economic Growth. Quarterly Journal of Economics. 70(1), 65-94.

Souza, N. J. (2005). Desenvolvimento Econômico. (5a ed.). São Paulo: Atlas.

Swedberg, R. (2000). The social view of entrepreneurship: introduction and theorical applications. In: Swedberg, R. Entrepreneurship: the social science view. Oxford: Oxford University Press. pp. 7-44.

Tang, J.; Kacmar, K. M.; Busenitz, L. (2012). Entrepreneurial alertness in the pursuit of new opportunities. Journal of Business Venturing, v. 27, n. 1, pp. 77-94.

Teixeira, A. M.; Borges, C. (2012). Empreendedorismo e Crescimento Econômico: Evidências Empíricas para o Estado de Goiás. In: XXXVI Encontro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração, 2012, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD. Anais do EnANPAD. Rio de Janeiro-RJ.

Van Stel, A.; Carree, M.; Thurik, R. (2005). The Effect of Entrepreneurial Activity on National Economic Growth. Small Business Economics, 24(3), 311-321.

Acs, Z. J.; Armington, C. (2006). Entrepreneurship, Geography and American Economic Growth. Cambridge, Cambridge University Press.

Arellano, M. (2003). Panel Data Econometrics: Advanced Texts in Econometrics. Oxford University Press, New York.

Audretsch, D. B.; Keilbach, M. C.; Lehmann, E. E. (2006). Entrepreneurship and Economic Growth. Oxford University Press, New York.

Carree, M. A.; Thurik, A. R. (2010). Handbook of Entrepreneurship Research, International Handbook Series on Entrepreneurship 5, Editores: Acs, Z. J.; Audretsch, D. B. Springer Science+Business Media, LLC.

Hébert, R.; Link, A. (1989). In search of the meaning of entrepreneurship. Small Business Economics, Dordrecht, 1, pp. 39-44.

Lucas, R. E. (1988). On the mechanics of economic development. Journal of Monetary Economics, 22(1), 3-42.

Romer, P. M. (1990). Endogenous Technological Change. Journal of Political Economy, 98(1), 71-102.