Dinamização da Inovação de Micro e Pequenas Empresas: Fundamentos Teóricos sobre os Impactos do Capital de Relacionamento Outros Idiomas

ID:
48587
Resumo:
Este estudo tem como motivação central o apoio às Micro e Pequenas Empresas (MPE) no que tange à inovação, para que elas possam desenvolver vantagens competitivas sustentáveis frente aos desafios dos mercados atuais. Sabendo que o processo inovativo deste segmento tem maior dependência da articulação e integração com outras organizações do ecossistema, dinamizar a inovação envolve a dinamização do ecossistema. Assim, tem-se como objetivo contribuir com fundamentações teóricas para a dinamização da inovação em MPE por meio de estratégias de relacionamento cooperativo. Tal fundamentação enfatiza o capital intelectual como um fator de produção que pode proporcionar os meios necessários para o alcance de vantagens competitivas sustentáveis. Em síntese, considera-se que dinamizar a inovação em MPE inclui a articulação de recursos intangíveis que contemplem, sobretudo, o fator humano. Afinal, dele provém o potencial parar gerar, transmitir e aplicar o conhecimento, o principal subsídio da prática inovadora. Assim, teorizando elementos de relevância para os estudos de C&T e para o desenvolvimento socioeconômico do país, o estudo provê fundamentos teóricos que contextualizam, propiciam e sustentam a dinamização da inovação das MPE, servindo de subsídio conceitual para pesquisas empíricas e projetos em apoio à inovação do segmento.
Citação ABNT:
SILVEIRA, M. A.; GARRIDO, G. Dinamização da Inovação de Micro e Pequenas Empresas: Fundamentos Teóricos sobre os Impactos do Capital de Relacionamento . Revista Economia & Gestão, v. 17, n. 47, p. 144-163, 2017.
Citação APA:
Silveira, M. A., & Garrido, G. (2017). Dinamização da Inovação de Micro e Pequenas Empresas: Fundamentos Teóricos sobre os Impactos do Capital de Relacionamento . Revista Economia & Gestão, 17(47), 144-163.
DOI:
http://dx.doi.org/10.5752/P.1984-6606.2017v17n47p144
Link Permanente:
http://www.spell.org.br/documentos/ver/48587/dinamizacao-da-inovacao-de-micro-e-pequenas-empresas--fundamentos-teoricos-sobre-os-impactos-do-capital-de-relacionamento--/i/pt-br
Tipo de documento:
Artigo
Idioma:
Português
Referências:
ADEODATO, S. Revolução silenciosa. Página 22, São Paulo, n. 94, p. 42-47, 2015.

ADNER, R.; KAPOOR, R. Value creation in innovation ecosystems: how the structure of technological interdependence affects firm performance in new technology generations. Strategic Management Journal, v. 31, p. 306-333, 2010.

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DAS EMPRESAS INOVADORAS - ANPEI. Mapa do Sistema Brasileiro de Inovação, 2014.

AZEVEDO, A. M. M. Gestão de arranjos multiorganizacionais para a inovação: a contribuição do conceito de ecossistemas organizacionais. In: AZEVEDO, A.M.M.; SILVEIRA, M.A. Gestão da sustentabilidade organizacional: inovação, aprendizagem e capital humano. Campinas (SP): Cedet, 2012. p. 53-78.

BENEDETTI, M. H.; GHOBRIL, A. N.; ALBARELLO, E. B. Possíveis Interações entre Conhecimentos Externos e Internos nos Processos de Inovações de Micro e Pequenas Empresas. Revista Capital Científico - Eletrônica, v. 15, n. 3, p. 90-110, 2017.

BERSIN, J. et al. Introduction. In: Global Human Capital Trends - Rewriting the rules for the digital age. Deloitte University Press, 2017, p. 2-15. . Acesso em 31 out. 2017.

BITZER, V.; BIJMAN, J. From innovation to co-innovation?An exploration of African agrifood chains. British Food Journal, v. 117, n. 8, p. 2182-2199, 2015.

CARLOS FILHO, F. A. et al. Importância e contribuição do ativo intangível: percepção dos empreendedores de micro e pequenas empresas sobre o capital intelectual. Revista Organizações em Contexto, v. 10, n. 20, p. 1-27, 2014.

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DO POLO DE ALTA TECNOLOGIA DE CAMPINAS - CIATEC. Relatório de Atividades. Campinas, 2015. 70p.

CORONEL, D. A. O modelo italiano de desenvolvimento: algumas proposições para a metade sul do Rio Grande do Sul. Revista da FAE, v. 10, n. 2, p. 17-27, 2007.

DAVID, P.A.; FORAY, D. Accessing and expanding the science and technology knowledge base. STI Review, n. 16, 1995.

DAY, G. S.; REIBSTEIN, D. J. A dinâmica da estratégia competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

DE LA FE, T. G. El modelo de triple hélice de relaciones universidad, industria y gobierno: un análisis crítico. ARBOR XXXV, n. 738, p. 739-755, 2009.

DOSI, G. The nature of the innovative process. In: DOSI, G. et al (Eds.). Technical change and economic theory. London: Pinter, 1988, p. 221-238.

EDVINSSON, L.; MALONE, M.S. Capital intelectual. São Paulo: Makron, 1998.

ETZKOWITZ, H. Hélice Tríplice: universidade-indústria-governo: inovação em movimento. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2009.

ETZKOWITZ, H. Innovation in innovation: the Triple Helix of university-industry-government relations. Social Science Information, v. 42, n. 3, p. 293-337, 2003.

ETZKOWITZ, H. Silicon valley-the sustainability of an innovative region. Social Science Information, v. 52, n. 4, p. 516-538, 2013.

ETZKOWITZ, H.; VIALE, R. Polyvalent Knowledge and the Entrepreneurial University: A Third Academic Revolution? Critical Sociology, v. 36, n. 4, p. 595-609, 2010.

FERREIRA, I R da S.; FALVO, J. F. Parque científico da UNICAMP: papel estratégico no desenvolvimento do sistema local de inovação de Campinas. In: AZEVEDO, A. M. M.; SILVEIRA, M. A. (orgs.). Gestão da sustentabilidade organizacional: desenvolvimento de ecossistemas colaborativos. Campinas, SP: Cedet. 2011. p. 115-129.

FLEURY, A. C. C.; FLEURY, M. T. L. Estratégias competitivas e competências essenciais: Perspectivas para internacionalização da indústria no Brasil. Gestão & Produção, v. 10, n. 2, p. 129-144, 2003. .

GARDIM, N.; CARTONI, D. M.; CABALLERO, S. O. A disseminação do conhecimento no apoio à inovação e sustentabilidade organizacional: a importância dos portais corporativos. In: ADALBERTO M. M. AZEVEDO; SILVEIRA, M.A. (Org.). Gestão da Sustentabilidade Organizacional: Desenvolvimento de Ecossistemas Colaborativos. 1 ed. Campinas: Cedet, 2011. p. 81-100.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.

HASEGAWA, M. A criação, circulação e transformação do conhecimento em redes de Inovação: O programa de melhoramento genético da cana-de-açúcar do IAC. 2001. Dissertação (Mestrado em Política Científica e Tecnológica) - Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, Campinas.

HOTA, J.; GHOSH, D. Workforce Analytics approach: an emerging trend of workforce management. AIMS International Journal of Management, v. 7, n. 3, pp. 167-179, 2013.

KAY, J. J. et al. An ecosystem approach for sustainability: addressing the challenge of complexity. Futures, v. 31, n. 7, p. 721-742, 1999.

KLINE, S. J.; ROSENBERG, N. An overview of innovation. In: LANDAU, R.; ROSENBERG, N. (eds.). The Positive Sum Strategy: Harnessing Technology for Economic Growth. Washington, D.C.: National Academy Press, 1986.

LEE, S. M.; OLSON, D. L.; TRIMI, S. Co-innovation: convergenomics, collaboration, and cocreation for organizational values. Management Decision, v. 50, n. 5, p. 817-831, 2012.

LEMOS, P.A.B. As Universidades de Pesquisa e a Gestão Estratégica do Empreendedorismo: uma proposta de metodologia de análise de ecossistemas. 2011.Tese (Doutorado em Política Científica e Tecnológica) - Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, Campinas.

LETAIFA, S. B. The uneasy transition from supply chains to ecosystems - The valuecreation/value-capture dilemma. Management Decision, v. 52, n. 2, p. 278-295, 2014.

LEYDESDORFF, L. Knowledge-based Innovation Systems and the Model of a Triple Helix of University-Industry-Government Relations, 2001. .

LEYDESDORFF, L. The Triple Helix Model and the study of knowledge-based innovations systems. International Journal of Contemporary Sociology, v. 42, n. 1, 2005.

MACHADO, R. E. Influência do Capital Intelectual na Capacidade Absortiva e na Inovação. 2014. 124 f. Tese (Doutorado em Administração) - Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

MASIERO, G. Principais aspectos da administração japonesa. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 35, n. 5, p. 6-12, 1995. .

MINTZBERG, H. et al. O Processo da estratégia: conceitos, contextos e casos selecionados. Porto Alegre: Bookman, 2006.

MOMIM, W. Y. M.; MISHRA, K. HR Analytics as a strategic workforce planning. International Journal of Applied Research, v. 1, n. 4, pp. 258-260, 2015.

MOORE, J. F. Business ecosystems and the view from the firm. The Antitrust Bulletin, v. 51, n. 1, 2006.

MURINBIKA, M.; URBAN, B. Strategic innovation at the firm level: the impact of strategic management practices on entrepreneurial orientation. International Journal of Innovation Management, v. 18, n. 2, 2014.

NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. A empresa criadora do conhecimento. In: Harvard Business Review. Aprendizagem Organizacional: os melhores artigos de Harvard Business Review. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa: como as empresas japonesas geram a dinâmica de inovação. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

OCDE. Manual de Oslo: proposta de diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação tecnológica. 2 ed. Brasil: Finep, 2004.

PORTER, M. E.; STERN, S. Innovation: location matters. MIT Sloan Management Review, 2001.

PRAHALAD, C. K.; HAMEL G. The core competence of the corporation. Harvard Business Review, p. 79-91, 1990.

SAMBIASE, M. F.; FRANKLIN, M. A.; TEIXEIRA, J. A. Inovação para o desenvolvimento sustentável como fator de competitividade para as organizações: Um estudo de caso Duratex. Revista de Administração e Inovação, v. 10, n. 2, p. 144-168, 2013.

SANTOS, A. L. dos; KREIN, J. D.; CALIXTRE, A. B. Micro e pequenas empresas: mercado de trabalho e implicação. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, 2012.

SANTOS, L L da S.; ALVES, R. C.; ALMEIDA, K. N. T de. Formação de estratégia nas micro e pequenas empresas: um estudo no centro-oeste mineiro. Revista de Administração de Empresas, v. 47, n. 4, p. 59-73, 2007.

SENGE, P. The leader’s mew work: building learning organizations. Sloan Management Review, v. 32, n. 1, p. 7-23, 1990.

SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS - SEBRAE. Análise do CAGED, 2015. 60 p. . Acesso em 31 out. 2015.

SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS - SEBRAE. Participação das micro e pequenas empresas na economia brasileira, 2014. 108 p.

SILVEIRA, M. A. et al. Inovação e aprendizagem organizacional: abordagem TCD para desenvolvimento de competências em empresa do setor eletrônico. In: CONGRESSO LATINO-IBEROAMERICANO DE GESTÃO DE TECNOLOGIA, 16.; 2015, Porto Alegre. Anais ALTEC. Porto Alegre: ALTEC, 2015.

SILVEIRA, M. A. Gestão estratégica para a sustentabilidade organizacional: Capital humano e os processos de inovação e aprendizagem. In: SILVEIRA, M.A. Gestão da sustentabilidade organizacional: inovação, aprendizagem e capital humano. Campinas (SP): Cedet, 2012. p. 21-46.

SILVEIRA, M. A. Introdução à Sustentabilidade Organizacional: integrando o capital humano aos ecossistemas organizacionais. In: AZEVEDO, A.M.M.; SILVEIRA, MA. Gestão da sustentabilidade organizacional: desenvolvimento de ecossistemas colaborativos. Campinas (SP): Cedet. 2011. p. 23-52.

SILVEIRA, M. A. Strategic Management of Innovation Towards Sustainable Development of Brazilian Electronics Industry. Journal of Technology Management & Innovation, v. 8, p. 174-183, 2013.

SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHSTON, R. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 2007.

SPERAFICO, J. H.; ENGELMAN, R.; GONÇALVES, M. A. Capital intelectual organizacional e inovação em Micro e Pequenas Empresas de base tecnológica. Revista Raunp, v. 9, n. 1, p. 5161, 2016.

SPEZAMIGLIO, B dos S.; GALINA, S. V. R.; CALIA, R. C. Competitividade, inovação e sustentabilidade: uma inter-relação por meio da sistematização da literatura. Revista Eletrônica de Administração, Porto Alegre, v. 84, n. 2, p. 363-393, 2016.

STEENKAMP, N.; KASHYAP, V. Importance and contribution of intangible assets: SME managers’ perceptions. Journal of Intellectual Capital, v. 11, n. 3, p. 368-390, 2010.

SVEIBY, K. E. A nova riqueza das organizações: gerenciando e avaliando patrimônios do conhecimento. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

SVEIBY, K. E. What is knowledge management? Sveiby Knowledge Associates, 2005.

TIDD, J.; BESSANT, J.; PAVITT, K. Managing innovation: Integrating technological, market and organizational change. Chichester: Wiley & Sons, 1997.

TORKOMIAN, A. L. V. Transferência de tecnologia, inovação tecnológica e desenvolvimento. In: AZEVEDO, A.M.M.; SILVEIRA, M.A. (orgs.). Gestão da sustentabilidade organizacional: desenvolvimento de ecossistemas colaborativos. Campinas (SP): Cedet, 2011. p. 101-114.

TRAUTMANN, K.; ENKEL, E. Success factors for strategic communication of corporate innovativeness for financial analysts. International Journal of Innovation Management, v. 18, n. 1, 2014.

VARELLA, L.; GONÇALVES, M. B. Information technology as the main competence in the design of the strategic planning of logistics platforms. Journal of Technology Management & Innovation, v. 8, n. 3, p. 160-172, 2013.

VELOSO, E. F. R.; SILVA, R. C. da; DUTRA, J. S. Diferentes gerações e percepções sobre carreiras inteligentes e crescimento profissional nas organizações. Revista Brasileira de Orientação Profissional, v. 13, n. 2, p. 197-208, 2012. .

VIEIRA, G.; QUADROS, R. Organização para inovação: Integrando estratégia, estrutura e processos de gestão. Desafio Online, v. 5, n. 2, 2017.

WILL, M.; MERTINS, K. Strategy development based on intangibles in SMEs: An integrated approach. Knowledge Management Research & Practice, v. 11, n. 2, p. 175-183, 2013.