Título Inglês:
Environmental Regulations and Competitiveness: A Comparative Study between Brazil and France
Resumo:
Este estudo objetivou verificar se existe algum tipo de associação entre o rigor das regulamentações ambientais e a competitividade dos países Brasil e França, entre 2005 e 2015, com base nos resultados dos indicadores de rigor das regulamentações ambientais (Environ mental Policy Stringency Index, OECD) e competitividade (Global Competitiveness Index, WEF). Ademais, buscou-se analisar a evolução do rigor das regulamentações ambientais e da competitividade, e um comparativo quanto à associação entre o rigor das regulamentações ambientais e a competitividade desses países. Trata-se de uma pes quisa quali-quantitativa, analisando descritivamente as variáveis em estudo e utilizando-se do teste estatístico correlação linear de Pearson. Os resultados demonstraram que a França apresentou um rigor maior em suas políticas ambientais que o Brasil, e demonstrou um maior grau de competitividade. Além disso, as regulamentações ambientais no Brasil estavam correlacionadas negativamente somente com três pila res da competitividade, enquanto a França apresentou correlação com oito pilares da competitividade. O trabalho contribui com a literatura demonstrando a importância do rigor das regulamentações ambien tais para a melhoria no desempenho da produção industrial verde que promove o desenvolvimento econômico sustentável e melhora a competitividade a longo prazo tanto em economias emergentes como em economias desenvolvidas.
Resumo Inglês:
This study aimed to verify if there is any kind of association between the rigor of environmental regulations and the competitiveness of the countries Brazil and France, between 2005 and 2015, based on the results of the environmental policy stringency indicators (Environ mental Policy Stringency Index, OECD) and competitiveness (Global Competitiveness Index, WEF). In addition, we sought to analyze the evolution of the rigor of environmental regulations and competiti veness, and a comparison as to the association between the rigor of environmental regulations and the competitiveness of these countries. It is a qualitative and quantitative research, descriptively analyzing the variables under study and using Pearson’s linear correlation statistical test. The results showed that France presented greater rigor in its en vironmental policies than Brazil and demonstrated a greater degree of competitiveness. In addition, environmental regulations in Brazil were negatively correlated with only three pillars of competitiveness, while France showed a correlation with eight pillars of competitiveness. The work contributes to the literature demonstrating the importance of strict environmental regulations for improving the performance of green industrial production that promotes sustainable economic deve lopment and improves long-term competitiveness in both emerging and developed economies.
Citação ABNT:
BORSATTO, J. M. L. S.; BAZANI, C. L. Regulamentações Ambientais e Competitividade: Um Estudo Comparativo entre Brasil e França. Revista de Ciências da Administração, v. 23, n. 60, p. 41-52, 2021.
Citação APA:
Borsatto, J. M. L. S., & Bazani, C. L. (2021). Regulamentações Ambientais e Competitividade: Um Estudo Comparativo entre Brasil e França. Revista de Ciências da Administração, 23(60), 41-52.
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8077.2021.e61944
Link Permanente:
http://www.spell.org.br/documentos/ver/63753/regulamentacoes-ambientais-e-competitividade--um-estudo-comparativo-entre-brasil-e-franca/i/pt-br
Referências:
AIGINGER, K. T. Competitiveness: From a Dangerous Obsession to a Welfare Creating Ability with Positive Externalities. Journal of Industry, Competition and Trade, v. 6, n. 2, p. 161-177, jun. 2006.
ANSOFF, H. I. Corporate strategy.Harmondsworth: Penguin. 1965.
APAK, Sudi; ATAY, Erhan. Global competitiveness in the EU through green innovation technologies and knowledge production. Procedia-Social and Behavioral Sciences, v. 181, p. 207-217, 2015.
BALKYTE, A.; TVARONAVICIENE, M. Perception of competitiveness in the context of sustainable development: Facets of sustainable competitiveness. Journal of Business Economics and Management, v. 11, n. 2, p. 341-365, jun. 2011.
BORSATTO, Jaluza Maria Lima Silva; AMUI, Lara Bartocci Liboni. Green innovation: Unfolding the relation with environmental regulations and competitiveness. Resources, Conservation and Recycling, v. 149, p. 445-454, 2019.
BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. O Brasil no G-20. 2018. Disponível em:
. Acesso em: 25 out. 2018.
CLEFF, T.; RENNINGS, K. Determinants of environmental product and process innovation. European environment, v. 9, n. 5, p. 191-201, 1999.
CONSTANTINI, V.; MAZZANTI, M. On the green and innovative side of trade competitiveness? The impact of environmental policies and innovation on EU exports. Research Policy, v. 41, n.1, p. 132-153, fev. 2012.
COSTA, R. S.; MARION, J. C. A Uniformidade na Evidenciação das Informações Ambientais. Revista Contabilidade & Finanças, n. 43, p. 20-33, jan./abr. 2007.
DONAIRE, D. Gestão Ambiental na empresa. São Paulo: Atlas, 1995.
DRAPER, N. R.; SMITH, H. Applied regression analysis. 3. ed. New York: John Wiley e Sons, 1998.
FÁVERO, Luiz Paulo; BELFIORE, Patrícia. Manual de análise de dados: estatística e modelagem multivariada com Excel®, SPSS® e Stata®. Elsevier Brasil, 2017.
FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL – FEM. The Global Competitiveness Report. 2018. Disponível em: . Acesso em: 03 nov. 2018.
FRONDEL, M.; HORBACH, J.; RENNINGS, K. End of pipe or cleaner production? An empirical comparison of environmental innovation decisions across OECD countries. Business strategy and the environment, v. 16, n. 8, p. 571-584, 2007.
HERCIU, M.; OGREAN, C. An Overview on European Union Sustainable Competitiveness. Procedia Economics and Finance, v. 16, p. 651–656, 2014
IAMAGUCHI, T. E.; MARTINS DE SOUZA, M. C. França: A construção do direito ambiental em um país desenvolvido. Revista Tópos. v. 5, n. 2, p. 47-66, 2011.
JAFFE, A. B.; NEWELL, R. G.; STAVINS, R. N. A tale of two market failures: technology and environmental policy. Ecological Economics, v. 54, n. 2-3, p. 164-174, ago. 2005.
KEMP, R.; PONTOGLIO, S. The innovation effects of environmental policy instruments A typical case of the blind men and the elephant? Ecological Economics, v. 72, p. 28-36, dez. 2011.
LIMA, M. L. B.; FROTA, J. A.; ARAÚJO, F. S. M.; FONTENELE, R. E. S. Desenvolvimento sustentável e competitividade nas nações: uma análise multivariada. Reuna, v. 22, n. 1, p. 41-62, 2017.
LIU, Lijun et al. Are Environmental Regulations Holding Back Industrial Growth? Evidence from China. Journal of Cleaner Production, p. 127007, 2021.
LUSTOSA, MARIA CECÍLIA JUNQUEIRA. Inovação e tecnologia para uma economia verde: questões fundamentais. Política Ambiental, v. 8, p. 111-122, 2011.
MARGULIS, S. A regulamentação ambiental: instrumentos e implementação (Texto para discussão, N° 437). Brasília, DF: IPEA, 1998.
NAÇÕES UNIDAS. Adoção do Acordo de Paris. 2015. Disponível em: . Acesso em: nov. 2018.
PORTER, M. E. America’s Green strategy. Scientific American, v. 264, n. 4, p. 168, abr. 1991.
PORTER, M. E. A vantagem competitiva das nações. Rio de Janeiro: Campus, 1989.
PORTER, M. E. Competitive advantage: creating and sustaining superior performance. New York: The Free Press, 1985.
PORTER, M. E.; VAN DER LINDE, C. Toward a New Conception of the Environment-Competitiveness Relationship. Journal of Economic Perspectives, v. 9, n. 4, p. 97-118, 1995.
REILLY, John M. Green growth and the efficient use of natural resources. Energy Economics, v. 34, p. S85-S93, 2012.
REN, S., LI, X., YUAN, B., LI, D. & CHEN, X. The effects of three types of environmental regulation on ecoefficiency: A cross-region analysis in China. Journal of Cleaner Production, v. 173, p. 245-255, fev. 2018.
RUBASHKINA, Y.; GALEOTTI, M.; VERDOLINI, E. Environmental regulation and competitiveness: Empirical evidence on the Porter Hypothesis from European manufacturing sectors. Energy Policy, v. 83, p. 288-300, ago. 2015.
SCOONES, Ian; LEACH, Melissa; NEWELL, Peter (Ed.). The politics of green transformations. Routledge, 2015.
SILVEIRA, Juliane Dias Coelho de Araújo; OLIVEIRA, Murilo Alvarenga. Inovação e desempenho organizacional: um estudo com empresas brasileiras inovadoras. Sociedade, Contabilidade e Gestão, v. 8, n. 2, 2013.
STAVINS, R. N. Correlated uncertainty and policy instrument choice. Journal of Environmental Economics and Management, v. 30, n. 2, p. 218-232, mar. 1996.
SUCHEK, Nathalia; FERNANDES, Paula; N A S C I M E N T O , T h i a g o C a v a l c a n t e . Empreendedorismo e competitividade: Aplicação de uma análise de cluster. In: XXX Jornadas LusoEspanholas de Gestão Científica: cooperação transfronteiriça: desenvolvimento e coesão territorial: livro de resumos. Instituto Politécnico de Bragança, 2020. p. 125.
YU, Binbin; SHEN, Chen. Environmental regulation and industrial capacity utilization: An empirical study of China. Journal of Cleaner Production, v. 246, p. 118986, 2020.
ZHANG, Ming; SUN, Xinran; WANG, Wenwen. Study on the effect of environmental regulations and industrial structure on haze pollution in China from the dual perspective of independence and linkage. Journal of Cleaner Production, v. 256, p. 120748, 2020.
ZHANG, Yixiang et al. Environmental regulation, capital output and energy efficiency in China: An empirical research based on integrated energy prices. Energy Policy, v. 146, p. 111826, 2020.
ZHAO, X.; YIN, H.; ZHAO, Y. Impact of environmental regulations on the efficiency and CO2 emissions of power plants in China. Applied Energy, v. 149, p. 238-247, jul. 2015.
