Voe alto, mas não acima de mim: um caso de ensino sobre governança corporativa na Smiles Outros Idiomas

ID:
68958
Resumo:
Este caso retrata a relação entre os acionistas minoritários e o majoritário da Smiles. Apresentam-se fatos em que a controladora, a Gol Linhas Aéreas, tomou decisões sobre a controlada, como, por exemplo, alteração na política de proventos, compra antecipada de passagens aéreas e anúncio de não renovação de contratos entre as firmas. Essas decisões resultaram em uma desvalorização dos papéis da empresa de milhagens, não agradaram os acionistas minoritários e trouxeram impactos na relação entre as duas empresas. Destaca-se, ainda, que a Gol, como acionista majoritária, busca a reintegração total da em presa de milhagens para os seus ativos, retirando a sua independência administrativa e jurídica. Nesse sentido, o caso apresenta um dilema principal: A incorporação da Smiles pela Gol deverá ser feita mesmo que os acionistas minoritários sejam prejudicados? Os objetivos pedagógicos do caso envolvem: discutir a existência de conflitos de agência entre as companhias, discutir as implicações dos termos de negociação para os acionistas minoritários e, por fim, analisar como as ações da governança corporativa podem mitigar os possíveis conflitos. A análise do caso pode ser realizada junto aos alunos de graduação e pós-graduação dos cursos de Administração, Economia e Contabilidade. Ainda, este caso potencializa a discussão do uso da governança corporativa como instrumento para alinhar interesses e mitigar conflitos de agência, a partir de uma situação real de duas empresas de grande porte listadas em Bolsa.
Citação ABNT:
BRIO, A. D.; SANTOS, A. S. D.; MOREIRA, C. S. Voe alto, mas não acima de mim: um caso de ensino sobre governança corporativa na Smiles . Administração: Ensino e Pesquisa, v. 23, n. 2, p. 447-470, 2022.
Citação APA:
Brio, A. D., Santos, A. S. D., & Moreira, C. S. (2022). Voe alto, mas não acima de mim: um caso de ensino sobre governança corporativa na Smiles . Administração: Ensino e Pesquisa, 23(2), 447-470.
DOI:
https://doi.org/10.13058/raep.2022.v23n2.2202
Link Permanente:
http://www.spell.org.br/documentos/ver/68958/voe-alto--mas-nao-acima-de-mim--um-caso-de-ensino-sobre-governanca-corporativa-na-smiles-/i/pt-br
Tipo de documento:
Artigo
Idioma:
Português
Referências:
ADAMS, R. B.; HERMALIN, B. E.; WEISBACH, M. S. The role of boards of directors in corporate governance: a conceptual framework and survey. Journal of Economic Literature, v. 48, n. 1, p. 58-107, 2010. DOI: https://doi.org/10.1257/jel.48.1.58

ALUCHNA, M.; Shareholders fight for corporate control: case studies from Poland. Social Responsibility Journal, v. 2, n. 1, p. 50-61, 2006. DOI: https://doi.org/10.1108/eb045822

BENSAADI, I. et al. Can debt mitigate majority-minority shareholders agency problem? Montenegrin Journal of Economics, v. 17, n. 1, p. 121-131, 2021. DOI: https://doi.org/10.14254/1800-5845/2021.17-1.9

BOUBRAKI, N. et al. Incorporation law, ownership structure and firm value: evidence from Canada. Journal of Empirical Legal Studies, v.8, n. 2, p. 358–383, 2011. DOI: https://doi.org/10.1111/j.17401461.2011.01212.x

CHIMENTI, P. C. Reflexões sobre Casos de Ensino Memoráveis. Revista de Administração Contemporânea, v. 24, n. 5, p. 376-379, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1982-7849rac2020200102

COLLARES, M. L. Governança corporativa: fator preponderante no ativismo de acionistas no Brasil. Revista de Administração Contemporânea, v. 24, n. 5, p. 414-431, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1982-7849rac2020190388

CRISÓSTOMO, V. L.; FREIRE, F. D. The influence of ownership concentration on firm resource allocations to employee relations, external social actions, and environmental action. Revista brasileira de gestão de negócios, v. 17, n. 55, p. 987-1006, 2015 DOI: https://doi.org/10.7819/rbgn.v17i55.2026

DIBRA, R.; BODINI, J. Corporate governance in balkan financial institution, case of Albania. Risk Governance and Control: Financial Markets & Institutions, v. 3, n. 2, p. 20-38, 2013. DOI: https://doi.org/10.22495/rgcv3i2art2

DONALDSON, L.; DAVIS, J. H. Stewardship Theory or Agency Theory: CEO governance and shareholder returns. Australian Journal of Management, v. 16, n. 1, p. 49-65, 1991. DOI: https://doi.org/10.1177/031289629101600103

FAMA, E. F. Agency Problems and the Theory of the Firm. Journal of Political Economy, v. 88, n. 2, p. 288-307, 1980.

FAMA, E. F.; JENSEN, M. C. Separation of ownership and control. The Journal of Law Economics, v. 26, n. 2, p. 301-325, 1983.

FREEMAN, R. E.; EVAN, W. M. Corporate governance: a stakeholder interpretation. Journal of Behavioral Economics, v. 19, n. 4, 1990. DOI: https://doi.org/10.1016/0090-5720(90)90022-Y

FRENCH, N.; CROSBY, N.; THORNE, C. Pricing to market: market value–the enigma of misunderstanding. Journal of Property Investment Finance, 2021. DOI: https://doi.org/10.1108/JPIF-05-2021-0041

GROSSMAN, S. J.; HART, O. D. One share-one vote and the market for corporate control. Journal of Financial Economics, v. 20, n. 1, p. 175-202, 1998. DOI: https://doi.org/10.1016/0304-405X(88)90044-X

GROTTA, R. C. et al. Analysis of the affinity of the principles of corporate governance to the ISO 14001 environmental management system standard. Gestão & Produção, v. 27, n. 2, p. 1-19, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-530X4026-20

GUERRERO-VILLEGAS, J. et al. Ownership concentration and firm performance: the moderating effect of the monitoring andprovision of resources board roles. Spanish Journal of Finance and Accounting, p. 1-22, 2018. DOI: https://doi.org/10.1080/02102412.2018.1449722

HARRIS, M.; RAVIV, A. Corporate governance: voting rights and majority rules. Journal of Financial Economics, v. 20, n. 1, p. 203-235, 1988. DOI: https://doi.org/10.1016/0304-405X(88)90045-1

JENSEN, M. C. Agency costs of free cash flow, corporate finance, and takeovers. The American Economic Review, v. 76, n. 2, p. 323-329, 1986.

JENSEN, M. C.; MECKLING, W. H. Theory of the firm: managerial behavior, agency costs and ownership structure. Journal of Financial Economics, v. 3, n. 4, p. 305-360, 1976. DOI: https://doi.org/10.1016/0304-405X(76)90026-X

JIANG, F.; KIM, K. A. Corporate governance in China: a modern perspective. Journal of Corporate Finance, v.32, n. 1, p. 190-216, 2015. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jcorpfin.2014.10.010

JOHNSON, S. G.; SCHNATTERLY, K.; HILL, A. D. Board composition beyond independence: social capital, human capital, and demographics. Journal of Management, v. 39, n. 1, p. 232-262, 2013. DOI: https://doi.org/10.1177/0149206312463938

KOHAR, F. P.; DEWI, Y. K. Abuse of rights by majority shareholdersin indonesian family-owned company: is it likely? Sriwijaya Law Review, v.5, n. 1, p. 29-41, 2021.

PINDADO, J.; REQUEJO, I.; TORRE, C. Family control, expropriation, and investor protection: a panel data analysis of Western European corporations. Journal of Empirical Finance, v. 27, n. 1, p. 58-74, 2014. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jempfin.2013.10.006

SHLEIFER, A.; VISHNY, R. W. A survey of corporate governance. The Journal of Finance, v.52, n. 2, p. 737-783, 1997. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1540-6261.1997.tb04820.x

WANG, B. Ownership, institutions and firm value: cross-provincial evidence from China. Research in International Business and Finance, v. 44, n. 1, p. 547-565, 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ribaf.2017.07.125