ID: 75067
Autoria:
Alice Carolina Ames, Nelson Hein.
Fonte:
BASE - Revista de Administração e Contabilidade da UNISINOS, v. 20, n. 4, p. 0-0, Outubro-Dezembro, 2023. 1 página(s).
Palavras-chave:
Ciclo de Vida , Custo de Capital , Governança Corporativa
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Este estudo analisa a influência do ciclo de vida na relação entre a governança corporativa e o custo de capital. Para tanto, realizou-se uma pesquisa descritiva, archival e quantitativa. A população do estudo compreendeu todas as empresas brasileiras listadas na Brasil, Bolsa, Balcão [B]3, do período de 2015 a 2018. Os resultados da pesquisa apontaram que há uma relação entre o estágio do ciclo de vida da organização e o custo de capital implícito. Desta forma, empresas que estão em seus estágios iniciais investem mais em mecanismos de governança corporativa, e por estarem buscando um lugar no mercado, incorrem em maiores gastos e o custo de capital é mais elevado. Entretanto, foi evidenciado que o investimento em governança corporativa tende a ser atenuado no estágio de maturidade, esse fator pode estar atrelado a justificativa de que, por as empresas estarem mais equilibradas financeiramente e quanto as condutas internas, tenha-se um menor investimento adicional em governança corporativa. Por outro lado, questões do cenário econômico também podem afetar o custo de capital das empresas, dadas as oscilações do país analisado. Estas evidências contribuem para a literatura que se refere a governança corporativa e ao entendimento da distinção entre níveis de governança corporativa dependendo do estágio do ciclo de vida. Ademais, apenas no estágio de introdução que foi evidenciada uma relação positiva com o custo de capital implícito, ou seja, nesse estágio as organizações tendem a potencializar investimentos em governança e exige um aumento no custo do capital. Assim, alinhado com estudos anteriores, foi verificado que os regimes de governança podem mudar com o decorrer do tempo.