ID: 19609
Autoria:
Silvia Generali da Costa, Cláudio Pinho Mazzilli.
Fonte:
REAd. Revista Eletrônica de Administração, v. 10, n. 4, p. 1-19, Julho-Agosto, 2004. 19 página(s).
Palavras-chave:
Flow , Programa de Demissões Voluntárias , Satisfação no Trabalho , Serviço Público
Tipo de documento: Artigo (Inglês)
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Este artigo propõe-se a demonstrar que a qualidade de vida no trabalho e a capacidade de atingir o Flow, ou Experiência Máxima, têm relação, entre outros aspectos, com as capacidades de harmonizar os desafios da tarefa com capacidades individuais, perceber os aspectos mais áridos do ambiente organizacional de um modo realista; e encarar limitações pessoais de maneira construtiva. Com esta finalidade, desenvolveu-se uma pesquisa junto a uma amostra de funcionários públicos estaduais, aos quais foi possibilitada a adesão a um programa de Demissão Voluntária. Os dados obtidos foram submetidos à Análise de Conteúdo proposta por Bardin (1997). O conceito de Flow origina-se do trabalho de Mihay Csikszentmihalyi (1197, 1996, 1992, 1991). Os resultados mostraram que um grupo de pessoas que não aderiu ao Programa de Demissão Voluntária demonstrou uma capacidade notável de evitar o estresse e obter satisfação no trabalho, apesar da estrutura burocrática e mecanicista da organização onde trabalham. Por outro lado, um grupo que optou por aderir ao Programa fez uma auto-análise deficiente e acabou por aceitar desafios que não eram compatíveis com suas capacidades e talentos, com resultados desastrosos para suas vidas pessoais e profissionais. Os resultados confirmam os pressupostos teóricos de Csikszentmihalyi e sugerem a necessidade de reformular os pressupostos dos Programas de Demissões Voluntárias desenvolvidos no Estado até o momento.