ID: 60238
Autoria:
Maria Geisiane Bezerra, Ana Paula Celso de Miranda, Olga Maria Coutinho Pépece.
Fonte:
Revista ADM.MADE, v. 24, n. 2, p. 40-52, Maio-Agosto, 2020. 13 página(s).
Palavras-chave:
autoconceito , contos de fadas , cultura de consumo , gênero , mito
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O presente estudo tem como finalidade analisar como os valores vigentes na sociedade influenciam na imagem das princesas dos contos de fadas e na sua representação de autoconceito ideal da mulher. Para isso, foi feita, uma análise da personagem Branca de Neve descrita em um dos contos dos Irmãos Grimm (1817-1822), nos filmes produzidos pela Disney Studios - Branca de Neve e os Sete Anões (1937) e também a sua releitura - Branca de Neve e o Caçador - produzido pela Universal Pictures (2012), a fim de refletir sobre as questões relativas à gênero em épocas distintas. Os achados de pesquisa demonstraram como o significado do feminino pode ser negociado a partir de uma mesma construção cultural como a das princesas dos contos de fadas, da relação entre o mito dessa princesa e o espírito do tempo e como as mulheres, nos dias atuais, são influenciadas e influenciam a imagem dessa princesa. O autoconceito ideal, que no presente caso podemos chamá-lo de idealizado, o de ser e levar “uma vida de princesa”, não muda nos sonhos das mulheres, o que mudou foi o ideal do que é “ter uma vida de princesa” que não é mais o de encontrar um príncipe encantado para ser salva e coroada. O ideal de “vida de princesa” tornou-se a independência e o poder de lutar, vencer e ser reconhecida pelos próprios méritos.