ID: 17639
Autoria:
Rodrigo Bandeira de Mello, Rosilene Marcon.
Fonte:
Revista de Administração Contemporânea, v. 9, n. n.spe1, p. 41-64, Junho, 2005. 24 página(s).
Palavras-chave:
ambiente turbulento , decomposição da variância , desempenho das firmas , estratégias políticas , heterogeneidade das firmas
Tipo de documento: Artigo (Inglês)
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Estudos
anteriores sobre a heterogeneidade da performance das firmas não têm
levado em consideração os efeitos de um ambiente turbulento, no qual
firmas devem lidar com um governo fraco e errático, tal como ocorre no
contexto brasileiro. Defende-se, neste artigo que, em tais ambientes, o
alto valor da componente de variância que é usualmente atribuída aos
efeitos das firmas pode ser explicada, não pelos pressupostos das
perspectivas teóricas tradicionais, mas por uma visão mais política
desses efeitos, mais especificamente, pelas diferenças em criar e
manter alianças políticas valiosas. Para modelar essas diferenças, foram
construídas medidas multivariadas da performance das firmas e um novo
fator, denominado efeitos da política, foi adicionado ao modelo. Doações das empresas para as campanhas políticas serviram como proxy
desse fator em uma amostra de 607 observações, de 177 firmas em 15
setores. Os resultados sugerem que a estrutura da variância não é
significantemente influenciada pela presença dos efeitos da política.
Entretanto, diferentemente de estudos anteriores, os efeitos
transientes da indústria apresentam-se com importância maior do que os
efeitos estáveis. Os resultados também indicam que o custo de capital
deve ser considerado em futuras modelagens para ambientes turbulentos.