ID: 41452
Autoria:
Renata Rouquayrol Assunção, Márcia Martins Mendes De Luca, Alessandra Carvalho de Vasconcelos, Sílvia Maria Dias Pedro Rebouças.
Fonte:
Revista Enfoque: Reflexão Contábil, v. 33, n. 1, p. 105-122, Janeiro-Abril, 2014. 18 página(s).
Palavras-chave:
Complexidade organizacional , Governança corporativa , Maiores companhias
Tipo de documento: Artigo (Português)
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A complexidade das organizações é vista como o ponto de partida para a separação das atividades de propriedade e controle, enquanto que a governança corporativa, que promove o alinhamento de interesses entre o principal e o agente, pode ser compreendida como um meio de aperfeiçoar os mecanismos de controle das empresas. Nesse contexto, o presente estudo tem por objetivo investigar a relação entre a complexidade organizacional e a governança corporativa nas 100 maiores empresas de capital aberto do Brasil, por valor de mercado, segundo o ranking da revista Exame Melhores e Maiores, edição 2012. Trata-se de pesquisa descritiva, de natureza quantitativa, reunindo uma amostra de 95 empresas. Para a avaliação estatística da relação entre a complexidade organizacional e a governança corporativa foram aplicadas a análise fatorial e a análise de correspondência. Os resultados dos testes aplicados indicam que as companhias abertas de maior complexidade organizacional, apesar de requererem a adoção de melhores práticas de gestão, possuem menor nível de governança corporativa, ao sugerir que os mecanismos de controle inerentes à governança corporativa podem ser limitados pelo nível de complexidade organizacional. Conclui-se, portanto, que apesar da separação das atividades do principal e do agente ter ocorrido em razão da complexidade organizacional, não foi observada relação direta entre o nível de complexidade e de governança, que corresponde, nesse estudo, à participação das empresas nos segmentos especiais de listagem da BM&FBovespa.