ID: 73482
Autoria:
Jane Elly Nunes da Costa Lima, Márcia Martins Mendes De Luca, Gerlando Augusto Sampaio Franco de Lima, Alessandra Carvalho de Vasconcelos.
Fonte:
Revista Enfoque: Reflexão Contábil, v. 42, n. 2, p. 89-105, Maio-Agosto, 2023. 17 página(s).
Palavras-chave:
Honorários de auditoria , Narcisismo , Teoria do Alto Escalão
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Os traços de personalidade narcisista do CEO podem acarretar implicações negativas e positivas nas organizações. Acredita-se que aspectos como o controle interno, o risco do cliente e a sua complexidade podem ser influenciados por gestores narcisistas e, por conseguinte, a determinação dos honorários de auditoria. Dessa forma, à luz da Teoria do Alto Escalão, e no sentido de alcançar o objetivo de analisar a relação entre a personalidade narcisista do CEO e os honorários de auditoria, realizou-se uma pesquisa descritiva, com base em dados secundários de 181 empresas listadas na B3 S/A –Brasil, Bolsa, Balcão –, referentes ao período 2015-2018. Durante o tratamento dos dados, utilizaram-se o teste de diferenças entre médias, a regressão linear múltipla e a análise de mediação, a fim de se confirmar ou refutar a relação entre CEO narcisista e honorários de auditoria. Os resultados mostram que o CEO narcisista influencia positivamente os honorários de auditoria. Quanto à análise de mediação, verificou-se que o CEO narcisista influencia a variável controle interno, representada pelo comitê de auditoria, refletindo-se, assim, positivamente nos honorários de auditoria. Desse modo, não foi rejeitada a hipótese de que o CEO narcisista influencia os honorários de auditoria, mas foram rejeitadas as hipóteses relacionadas a fraqueza material e deficiências significativas do controle interno, o risco do cliente e a sua complexidade, como variáveis mediadoras da relação entre a personalidade narcisista do CEO e os honorários de auditoria.