ID: 41879
Autoria:
Denise de Almeida Pereira, Fernanda Filgueiras Sauerbronn, Ana Carolina Pimentel Duarte da Fonseca, Marcelo Alvaro da Silva Macedo.
Fonte:
Revista Ibero-Americana de Estratégia, v. 15, n. 2, p. 71-89, Abril-Junho, 2016. 19 página(s).
Palavras-chave:
Área temática: Controladoria e Contabilidade Gerencial , Contabilidade , Faturamento , Gestão Pública , Orçamentação , Prática Estratégica
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Nas organizações públicas da administração direta no Brasil, a disponibilidade de recursos financeiros é baseada nos recursos orçamentários anuais; o processo para uso é definido em legislação e pode ser moroso; e os recursos financeiros não utilizados em um exercício social não são alocados ao exercício subsequente, prejudicando o planejamento e a ação de longo prazo. Esse contexto de restrições à ação torna-se particularmente complexo para organizações que atuam na área de Ciência, Tecnologia & Inovação, como o Centro de Análises de Sistemas Navais - CASNAV, que pertence à Marinha do Brasil e desenvolve projetos de duração continuada. O objetivo da pesquisa foi analisar como são formadas as práticas estratégicas de orçamentação e faturamento do CASNAV, de forma a lidar com as restrições e regras da administração pública, segundo a percepção dos praticantes envolvidos. O estudo baseou-se na perspectiva de estratégia como prática social, com foco no modelo de Whittington (2006). Foi realizado um estudo de caso único, de natureza descritiva, cujos dados foram mediante entrevistas, observação e análise de documentos e tratados pela técnica de análise de conteúdo. Dentre os principais resultados, destacase que: (a) formação das práticas estratégicas está diretamente ligada ao processo de interação com os clientes (b) flexibilidade para lidar com as restrições orçamentárias ou financeiras está em grande parte relacionada às necessidades dos clientes; e (c) prática de orçamentação e faturamento é viabilizada pela formalização das atribuições dos praticantes, pela proatividade e interação com clientes e pelas competências gerenciais desenvolvidas internamente.