ID: 46372
Autoria:
Ranylson de Sá Barreto Neto.
Fonte:
Revista Mineira de Contabilidade, v. 1, n. 13, p. 6-11, Janeiro-Março, 2004. 6 página(s).
Tipo de documento: Artigo (Português)
Ver Resumo
Vivemos um momento de inegáveis mudanças e transformações, de muitas instabilidades, mas também de muitas oportunidades. Em momentos de crise, ressaltam-se as deficiências de todas as ordens, sobretudo as facultadas ao homem. Contudo os ditos "deficientes" cada vez mais estão ocupando (oureocupando) o lugar que lhes pertence por direito: a "normalidade" social. Para essa constatação, não é preciso ir muito longe, basta lançar um olhar sobre a literatura, música, esportes, ciências e demais campos de atuação cultural e científica da humanidade para depararmos com muitos dos ditos "deficientes", em evidência, apesar de excluídos socialmente. Nas últimas Olimpíadas, nossos atletas paraolímpicos ganharam mais medalhas, de ouro e prata, do que os atletas "normais". Então me pergunto : O que é a normalidade? Como todo processo social, a educação também acontece de forma gradativa. Sendo assim, para que a tão sonhada "inclusão socioeducacional" aconteça, é necessário paciência e ação. Uma vez que a inclusão dos "portadores de necessidades especiais" ocorre nos vários espaços de socialização do homem (teatros, cinemas, restaurantes), é hora de os "bancos escolares" se permitirem cumprir o dever social de tornar a educação acessível a todos. Lanço, então, algumas reflexões sobre o ensino (sobretudo o superior) da Contabilidade no cenário dos ditos "deficientes", istoé , dos indivíduos "portadores de necessidades especiais". Este trabalho não pretende revolucionar o ensino, mas tem o compromisso de ser um instrumento de "fazer pensar" sobre um novo enfoque da Contabilidade : A "Contabilidade inclusiva". Nessas reflexões, aponto diretrizes para fomentar o ensino superior de Contabilidade de forma didaticamente eficiente, soberanamente imprescindível e socialmente justa e responsável.