ID: 17035
Autoria:
Carlos Machado Santos, Manuel José da Rocha Armada.
Fonte:
Revista de Administração Contemporânea, v. 1, n. 1, p. 121-143, Janeiro-Abril, 1997. 23 página(s).
Palavras-chave:
performance de carteiras de investimentos , performance de gestores de investimentos
Tipo de documento: Artigo (Português)
Ver Resumo
A maioria dos estudos sobre a avaliação da performance das carteiras de investimentos surgidos desde a década de sessenta, quer os que abordam apenas a performance global, quer os que isolam, pelo menos teoricamente, as suas componentes de timing
e selectividade, baseiam-se apenas em séries temporais de retornos. Em
alternativa, recentemente, alguns (poucos) autores propuseram novas
abordagens no sentido de se obterem medidas isoladas de performance global, timing
e selectividade, recorrendo a informação contida na composição das
carteiras de investimento. Neste contexto, e com base numa amostra de
seis fundos de investimento mobiliário para o mercado português,
procedemos a um estudo onde testamos a metodologia de Elton e Gruber
[1991] no sentido de avaliar a performance dos gestores destes fundos, através da obtenção de medidas de retorno global, timing e selectividade. Os resultados indicam que os fundos obtiveram retornos globais positivos. Por outro lado, as estimativas de timing
e selectividade evidenciam que estes gestores parecem ter,
predominantemente, capacidade de prever os movimentos do mercado, mas
não de identificar correctamente títulos subavaliados. Para os
subperíodos estudados, a evidência empírica parece indicar que os
gestores têm uma melhor performance em épocas de baixa do mercado, o mesmo não se verificando para épocas de alta, em que as capacidades de timing se mostram, na generalidade, significativamente negativas, ajudando a explicar a fraca performance obtida.