ID: 70121
Autoria:
Aline Correia de Sousa Colantuono.
Fonte:
Revista de Administração da Unimep, v. 19, n. 13, p. 1-27, Dezembro, 2022. 27 página(s).
Palavras-chave:
Análise Setorial , Eventos Internacionais , Origem
Tipo de documento: Artigo (Português)
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De forma genérica, eventos são episódios planejados no tempo e no espaço, cujo alcance pode ser local, regional, nacional ou mundial. Os eventos se referem a uma atividade por meio da qual as pessoas se reúnem em dias, horários e locais previamente definidos com os mesmos propósitos. Para viabilizar os eventos, os profissionais do segmento encarregam-se de elaborar sua pesquisa, planejamento, organização, coordenação, controle e implantação, a fim de atender às expectativas de seu público-alvo. Eles ocorrem em formatos diferentes e com finalidades distintas desde a Antiguidade, quando já se realizavam conferências, congressos, feiras, festas e Olimpíadas. Na Idade Média, o poderio da Igreja e a atividade comercial se fortaleceram por meio da promoção e da expansão dos eventos comerciais (feiras comerciais) e religiosos (concílios e representações teatrais). Na Idade Moderna, além da intensificação das feiras comerciais após a Revolução Industrial, diversificaram-se as tipologias de eventos. Na Idade Contemporânea, a tipologia de eventos diversificou-se ainda mais no mundo e no Brasil para atender às necessidades culturais, comerciais, econômicas, políticas, recreativas e religiosas mais complexas. De 1963 a 2012, ocorreram 173.432 eventos internacionais em todo o mundo, que atraíram quase 84,7 milhões de pessoas. O maior número de eventos internacionais (79,6%) e de participantes (71,9%) foi observado entre 1993 e 2012, indicando tratar-se de uma estratégia de marketing mais recente praticada no âmbito da atividade turística. Além disso, observou-se uma dispersão regional dos eventos internacionais motivada tanto pela perda de participação relativa da América do Norte e da Europa, como pelo aumento da participação da América Latina, da Ásia e do Oriente Médio. Nesse cenário, o Brasil se classificou em 11º lugar no ranking mundial e em 3º lugar no continente americano, entre os países que mais promovem eventos internacionais no mudo. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é analisar a importância econômica da atividade de eventos no mercado mundial na idade contemporânea. Para tanto, usou-se da pesquisa explicativa, bibliográfica e qualitativa. Dessa forma, além da introdução e das considerações finais, este trabalho está dividido em duas seções: na segunda, são descritas a definição de eventos e a origem mundial da atividade. Na terceira, é realizada uma análise setorial do ramo de eventos. Como resultado da análise setorial, verificou-se que as principais instalações para a realização dos eventos internacionais são os hotéis, os centros de convenções e exposições e as universidades. Por sua vez, os eventos esporádicos, isto é, aqueles que acontecem trienalmente ou a cada 4, 5, 6 ou mais anos, estão se tornando cada vez menos comuns entre os eventos internacionais, enquanto os eventos anuais ganharam participação relativa.