ID: 9337
Autoria:
Rodrigo José Guerra Leone, Thiago Cavalcanti Guimarães.
Fonte:
Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ (Online), v. 17, n. 3, p. 119-140, Setembro-Dezembro, 2012. 22 página(s).
Palavras-chave:
Finanças Comportamentais , Teoria do Prospecto , Vieses cognitivos
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Os estudos em Finanças Comportamentais têm como principal objetivo identificar e compreender as ilusões cognitivas responsáveis pelos erros sistemáticos de avaliação dos investidores, de forma a adaptar os modelos econômico-financeiros atuais e, assim, orientar e capacitar os agentes econômicos a tomar suas decisões de maneira mais apropriada. Por falta de oportunidade talvez, não há na literatura pesquisa comparando os atalhos mentais em períodos de crise financeira com os mesmos atalhos em períodos de otimismo do Mercado. O trabalho mais próximo desse tema é o de Johnsson et al (2002), em que os autores avaliaram os efeitos da bolha especulativa do final dos anos 90 no comportamento do investidor. Tentando suprir essa lacuna, o presente trabalho buscou descrever o comportamento financeiro dos agentes econômicos em cenários de crise e de otimismo, sob a ótica da Teoria dos Prospectos. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de campo quantitativa, aplicando-se o questionário proposto na pesquisa seminal de Kahneman e Tversky (1979) para duas amostras por conveniência dos alunos do curso de graduação em Administração da Universidade Potiguar – RN: uma totalizando 234 alunos, ao final de 2008, e outra, 213, ao final de 2009. Os resultados obtidos confirmam os achados da pesquisa seminal e das pesquisas de mesmo enfoque no Brasil. Entretanto apenas em algumas questões relativas ao efeito certeza, os indivíduos pesquisados demonstraram preferências estatisticamente diferentes para os dois cenários econômicos. Assim sendo, a ausência geral de diferenças significativas entre os posicionamentos nos dois anos não permite inferir a interferência das heurísticas da disponibilidade, da representatividade, nem da ancoragem nos indivíduos do primeiro para o segundo ano pesquisado.