ID: 70563
Autoria:
Adriano dos Santos Junior, Davi Sampaio Marques, Tereza Cristina Batista de Lima, Luis Eduardo Brandão Paiva.
Fonte:
Revista Economia & Gestão, v. 22, n. 61, p. 44-63, Janeiro-Abril, 2022. 20 página(s).
Palavras-chave:
Diversidade , Estigma , Inclusão , Mulheres Motoristas
Tipo de documento: Artigo (Português)
Ver Resumo
Esta pesquisa tem como objetivo investigar o processo de inclusão no ambiente de trabalho de mulheres motoristas de transporte público. Foi utilizado como base teórica os paradoxos de Ferdman (2017) que se dividem em três núcleos: expressão de si e identidade, que diz respeito às tensões entre a singularidade e o pertencimento; fronteiras e normas, que tratam de estabilidade e delimitação ou instabilidade e mudança; e por último, a segurança e conforto, que se referem às sensações de conforto ou desconfortos que gerem mudanças no indivíduo e em, nas relações de trabalho. Dessa forma, foi realizada uma pesquisa qualitativa por intermédio de entrevistas semi-estruturadas com 11 motoristas do transporte público em Fortaleza, cujos dados obtidos foram analisados por meio da técnica de análise de conteúdo. Dentre os resultados, percebeu-se que a maior valorização das características semelhantes do que das diferenças, as normas bem definidas, o tratamento igualitário, as oportunidades de crescimento profissional e a aceitação do grupo são fatores determinantes para a inclusão. Entretanto, fatores como o preconceito, jornadas múltiplas, interferências de órgãos externos nas políticas das empresas, poucas ações inclusivas, além dos desafios inerentes à profissão são barreiras que afetam o sentimento de inclusão das motoristas.