ID: 39377
Autoria:
Murilo Carrazedo Marques da Costa Filho, Paulo Cesar de Mendonca Motta.
Fonte:
Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, v. 9, n. 4, p. 111-127, Outubro-Dezembro, 2015. 17 página(s).
Palavras-chave:
Compras de supermercado , Consumidor de baixa renda , Consumidor emergente , Nova classe média , Orçamento familiar
Tipo de documento: Artigo (Português)
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A última década presenciou um aumento significativo do poder de compras das classes de rendas mais baixas do Brasil. Esses consumidores, que durante muito tempo permaneceram negligenciados, passaram a ter relevância crescente para os pesquisadores e profissionais de marketing. Os estudos realizados na última década no Brasil mostram que esses consumidores estão dispostos a pagar um prêmio por marcas que satisfaçam seus anseios de inclusão social e diferenciação junto a seus pares. O orçamento familiar limitado, porém, os obriga a fazer um verdadeiro malabarismo para otimizar os recursos da família. A presença desses dois vetores em sentidos opostos sugere que o processo decisório desses consumidores assume contornos específicos e complexos. O presente estudo, de caráter exploratório, buscou identificar as táticas utilizadas por consumidores emergentes, da chamada “nova classe média”, na busca de um equilíbrio entre suas aspirações por marcas de valor e as restrições impostos por seus orçamentos limitados. Por meio de entrevistas em profundidade com dezesseis consumidores, identificou-se que as principais táticas de gestão do orçamento familiar são: (1) frequência de gastos com compras, (2) seleção meticulosa de loja, (3) controle de gastos durante a compra, (4) busca de informações, (5) alternância de marcas e uso situacional, e (6) eleição de categorias para fazer “média para baixo”.