A Relação entre Board Interlocking e as Práticas de Suavização de Resultados Outros Idiomas

ID:
40593
Resumo:
Este estudo tem como objetivo investigar a influência do board interlocking nas práticas de suavização de resultados em companhias de capital aberto com ações negociadas na BM&FBOVESPA. Para isso, adotou-se uma amostra que compreendeu 58 empresas brasileiras componentes do índice Bovespa. O estudo classificado como empírico-analítico utiliza como proxy para a suavização de resultados a métrica denominada fator de suavização (FS), obtida por meio da técnica de Análise Fatorial a partir das métricas EM1 e EM3 de Leuz, Nanda e Wysocki (2003). Como variáveis independentes, adotaram-se indicadores de Análise de Redes Sociais. Sob o ponto de vista teórico o estudo é relevante e inova ao fazer a conexão da teoria da dependência de recursos com a teoria da agência e board interlocking. Em termos práticos, o estudo mostra o efeito dos elementos constitutivos das redes sociais corporativas decorrente da estrutura do board interlocking nas práticas de suavização de resultados contábeis. A regressão com Dados em Painéis utilizando efeitos fixos mostrou que os elementos constitutivos das redes sociais corporativas tendem a influenciar a prática de suavização da amostra pesquisada. Assim, os resultados da pesquisa denotam que empresas que compartilham conselheiros com outras organizações que suavizam seus resultados tendem a adotar mais facilmente tal prática organizacional, que pode ser explicada em função de a empresa: (i) provocar variações no desempenho decorrentes de decisões operacionais ou escolhas na divulgação de informações financeiras; e (ii) fazer uso de práticas discricionárias por parte dos gestores na divulgação dos lucros.
Citação ABNT:
RIBEIRO, F.; COLAUTO, R. D. A Relação entre Board Interlocking e as Práticas de Suavização de Resultados. Revista Contabilidade & Finanças, v. 27, n. 70, p. 55-66, 2016.
Citação APA:
Ribeiro, F., & Colauto, R. D. (2016). A Relação entre Board Interlocking e as Práticas de Suavização de Resultados. Revista Contabilidade & Finanças, 27(70), 55-66.
DOI:
10.1590/1808-057x201501320
Link Permanente:
https://www.spell.org.br/documentos/ver/40593/a-relacao-entre-board-interlocking-e-as-praticas-de-suavizacao-de-resultados/i/pt-br
Tipo de documento:
Artigo
Idioma:
Português
Referências:
Adkins, L. C. (2010). Using Gretl for principles of econometrics. Recuperado em 01 de abril, 2013, de http://www.learneconometrics.com/gretl/ebook.pdf.

Almeida, J. E. F.; Sarlo Neto, A.; Bastianello, R. F.; Adoneque, E.Z. (2012). Alguns aspectos das práticas de suavização de resultados no conservadorismo das companhias abertas listadas na BM&FBOVESPA. Revista Contabilidade & Finanças, 23(58), 65-75.

Au, K.; Peng, M.W.; Wang, D. (2000). Interlocking directorates, firm strategies and performance in Hong Kong: towards a research agenda. Asia Pacific Journal of Management, v. 17, p. 29-47.

Battiston, S.; Weisbuch, G.; Bonabeau, E. (2003). Decision spread in the corporate board network. Advances in Complex Systems, 6(4), 631-644.

Beidleman, C. R. (1973). Income smoothing: the role of management. The Accounting Review, 98(4), 653-667.

Belkaoui, A. R. (2003). Accounting: by principle or design? London: Praeger.

Burt, R. S. (1983). Cooptive corporate actor networks: a reconsideration of interlocking directorates involving American manufacturing. Administrative Science Quarterly, v. 25, p. 557-581.

Castro, M. A. R.; Martinez, A. L. (2009). Income smoothing, custo de capital de terceiros e estrutura de capital no Brasil. Revista de Administração Mackenzie, 10(6), 25-46.

Chiu, P. C.; Teoh, S. H.; Tian, F. (2013). Board interlocks and earning management contagion. The Accounting Review, 88(3), 915-944.

Connelly, B. L.; Slyke, E. J. V. (2012). The power and peril of board interlocks. Organizational Performance, v. 55, p. 403-408.

Cox, B. A.; Rogerson, C. M. (1985). The corporate power elite in South Africa: interlocking directorships among large enterprises. Political Geography Quarterly, 4(3), 219-234.

Davis, G.F. (1991). Agents without principles? The spread of the poison pill through the intercorporate network. Administrative Science Quarterly, v. 36, p. 583-613.

Dooley, P.C. (1969). The interlocking directorate. American Economic Review, 59, 314-323.

Eckel, N. (1981). The income smoothing hypothesis revisited. Abacus, 17(1), 28-40.

Eisenhardt, K. M. (1989). Agency theory: an assessment and review. The Academy of Management Review, 14(1), 57-74.

Fama, E.; Jensen, M. (1983). Separation of ownership and control. Journal of Law and Economics, v. 26, p. 301-325.

Fich, E. M.; White, L. J. (2005). Why do CEOs reciprocally sit on each other’s boards? Journal of Corporate Finance, v. 11, p. 175-195.

Fontes Filho, J. R.; Leal, R. P. C. (2012). Governança corporativa: discussões sobre os conselhos em empresas no Brasil. São Paulo: Saint Paul.

Forbes, D. P.; Milliken, F. J. (1999).Cognition and corporate governance: understanding boards of directors as strategic decision-making groups. Academy of Management Review, 24(3), 489-505.

Freeman, L.C. (1979). Centrality in social networks: conceptual clarification. Social Network, 1(3), 215-239.

Fudenberg, D.; Tirole, J. (1995). A theory of income and dividend Smoothing based on incumbency rents. Journal of Political Economy, 103(1), 75-93.

Gales, L.; Kesner, I. (1994). An analysis of board of director size and composition in bankrupt organizations. Journal of Business Research, 30(3), 271-282.

Gujarati, D. (2006). Econometria básica. 4 ed. São Paulo: Elsevier.

Gu, Z.; Lee, C. W. J.; Rosset, J. G. (2005). What determines the variability of accounting accruals? Review of Quantitative Finance and Accounting, v. 24, p. 313-334.

Hanneman, R. A.; Riddle, M. (2005). Introduction to social network methods. Riverside: University of California.

Haunschild, P. R. (1993). Interorganizational imitation: the impact of interlocks on corporate acquisition activity. Administrative Science Quarterly, v. 38, p. 564-592.

Haunschild, P. R.; Beckman, C. M. (1998). When do interlocks matter? Alternate sources of information and interlock influence. Administrative Science Quarterly, v. 43, p. 815-844.

Hillman, A.; Cannella, A.; Paetzold, R. (2000).The resource dependence role of corporate directors: strategic adaptation of board composition in response to environmental change. Journal of Management Studies, v. 37, p. 235-256.

Hillman, A.; Cannella, A.; Paetzold, R. (2000).The resource dependence role of corporate directors: strategic adaptation of board composition in response to environmental change. Journal of Management Studies, v. 37, p. 235-256.

Hillman, A. J.; Dalziel, T. (2003). Boards of directors and firm performance: integrating agency and resource dependence perspectives. Academy of Management Review, 28(3), 383-396.

Hung, H. (1998). A typology of the theories of the roles of governing boards. Corporate governance, 6(2), 101-111.

Iudicibus, S.; Lopes, A. B. (2004). Teoria Avançada da Contabilidade. São Paulo: Atlas.

Johnson, J.; Daily, C.; Ellstrand, A. (1996). Boards of directors: a review and research agenda. Journal of Management, v. 22, p. 409-438.

Kim, Y. (2005). Board network characteristics and firm performance in Korea. Corporative Governance, 13(6), 800-808.

Knowles, J.C. (1973). The Rockefeller financial group. Andover Mass: Warner Modular Publications.

Kosnik, R.D. (1987). Greenmail: a study of board performance in corporate governance. Administrative Science Quarterly, 32(2), 163-185.

Leuz, C.; Nanda, D.; Wysocki, P.D. (2003). Investor protection and earning management: an international comparison. Journal of Financial Economics, 69(3), 505-527.

Libby, R.; Bloomfield, R.; Nelson, M.W. (2002). Experimental Research in Financial Accounting. Accounting, Organizations and Society, 27(8), 775–810.

Lopes, A. B.; Tukamoto, Y. S. (2007). Contribuição ao estudo do “gerenciamento” de resultado: uma comparação entre as companhias abertas brasileiras emissoras de ADRs e nãoemissoras de ADRs. Revista de Administração, 42(1), 86-96.

Luiz, I. V.; Nascimento, M.; Pereira, L. C. S. (2008). Impacto do gerenciamento de resultados no retorno anormal: estudo empírico dos resultados das empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa. Anais do Congresso USP Controladoria e Contabilidade, São Paulo, SP, Brasil, 8.

Lyra, I. X. M.; Moreira, R. L. (2011). Alisamento de resultados nas empresas listadas nos níveis de governança corporativa da Bovespa. Revista Contabilidade e Controladoria, 3(2), 78-93.

Martinez, A. L. (2001). Gerenciamento dos resultados contábeis: estudo empírico das companhias abertas brasileiras. Tese de Doutorado, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Martinez, A. L.; Castro, M. A. O. (2008). Income smoothing e o valor da firma. Anais do Congresso da Associação Nacional de Programas de Pós-graduação em Ciências Contábeis, Salvador, BA, Brasil, 2.

Martinez, A. L.; Castro, M. A. O. (2009). Ratings, custo de capital de terceiros e alisamento de resultados no Brasil. Anais do Encontro Brasileiro de Finanças, São Leopoldo, RS, Brasil, 9.

Mendes-da-Silva, W. (2010). Board Interlocking, desempenho financeiro e valor das empresas brasileiras listadas na Bovespa: análise sob a ótica da teoria dos grafos e de redes sociais. Tese de Doutorado, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Michelson, S. E.; Jordan-Wagner, J.; Wootton, C. W. (1995). A market based analysis of income smoothing. Journal of Business Finance & Accounting, 22(8), 1179-1193.

Mindzak, J. (2013). Interlocked Boards of Directors, Voluntary Disclosures and Earnings Quality. Proceedings of the Canadian Academic Accounting Association Annual Conference, Montreal, Quebec, Canada, 37.

Mizruchi, M. S. (1996). What do interlocks do?An analysis, critique, and assessment of research on interlocking directorates. Annual Review of Sociology, v. 22, p. 271-298.

Ornstein, M. D. (1982). Interlocking directorates in Canada: evidence from replacement patterns. Social Networks, v. 4, p. 3-25.

Pfeffer, J. (1972). Size and composition of corporate boards of directors: The organization and its environment. Administrative Science Quarterly, v. 17, p. 218-228.

Pfeffer, J.; Salancik, G. R. (1978). The external control of organizations: a resource dependence perspective. New York: Harper & Row.

Pitts, F. R. (1979). The medieval river trade network of Russia revisited. Social Networks, v. 1, p. 285-292.

Ronen, J.; Tzur, J.; Yaari, V. (2007). Legal insider trading, CEO´s incentive, and quality of earnings. Corporate Governance and Control, v. 4, p. 210-219.

Scott, W.R. (2012). Financial accounting theory. 6 ed. Toronto: Pearson Canada.

Silveira, A. M.; Barros, L. A. B. C.; Famá, R. (2003). Estrutura de governança e valor das companhias abertas brasileiras. Revista de Administração de Empresas, 43(3), 50-64.

Stearns, L.; Mizruchi, M. (1996). Board composition and corporate financing: the impact of financial institution representation on borrowing. Academy of Management Journal, v. 36, p. 603-618.

Stephenson, K.; Zelen, M. (1989). Rethinking centrality: methods and examples and applications. Social Networks, 11(1), 1-37.

Tonin, J. M. F. (2012). Relação entre Income Smoothing e Ratings em companhias brasileiras de capital aberto. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.

Wasserman, S.; Faust, K. (1994). Social Network Analysis: Methods and Applications. Cambridge, Cambridge University Press.

Williamson, O. E. (1984).The economic institutions of capitalism: firms, markets, relational contracting. New York: Free Press.

Zajac, E. J. (1988). Interlocking directorates as an interorganizational strategy: a test of critical assumptions. The Academy of Management Journal, 31(2), 428-438.

Zald, M. (1969). The power and functions of boards of directors: a theoretical synthesis. American Journal of Sociology, v. 75, p. 97-111.