Efeitos da Volatilidade Idiossincrática na Precificação de Ativos Outros Idiomas

ID:
40631
Resumo:
Este artigo tem por objetivo avaliar os efeitos das componentes da volatilidade agregada de mercado - volatilidade média e correlação média - no apreçamento de portfólios ordenados por volatilidade idiossincrática, utilizando-se dados brasileiros. O estudo investiga se portfólios com altas e baixas volatilidades idiossincráticas - em relação ao modelo de Fama e French (1996) - têm diferentes exposições às inovações na volatilidade média do mercado e, consequentemente, diferentes expectativas de retorno. Os resultados estão em linha com os encontrados para dados norte-americanos, embora retratando a realidade brasileira. A decomposição da volatilidade permite que a componente volatilidade média, sem a perturbação gerada pela componente correlação média, possa precificar melhor os efeitos da piora ou da melhora do cenário de investimentos. Esse resultado também é idêntico ao encontrado para dados norte-americanos. A variância média deveria, então, comandar um prêmio de risco. Para dados norte-americanos, esse prêmio é negativo. O principal motivo citado em Chen e Petkova (2012) para esse sinal negativo é o alto grau de investimento em Pesquisa e Desenvolvimento registrado pelas empresas com alto nível de volatilidade idiossincrática. Como no Brasil esse tipo de investimento é sensivelmente inferior aos níveis norte-americanos, esperava-se encontrar um resultado com sinal inverso, o que de fato ocorreu.
Citação ABNT:
LEITE, A. L.; PINTO, A. C. F.; KLOTZLE, M. C. Efeitos da Volatilidade Idiossincrática na Precificação de Ativos . Revista Contabilidade & Finanças, v. 27, n. 70, p. 98-112, 2016.
Citação APA:
Leite, A. L., Pinto, A. C. F., & Klotzle, M. C. (2016). Efeitos da Volatilidade Idiossincrática na Precificação de Ativos . Revista Contabilidade & Finanças, 27(70), 98-112.
DOI:
10.1590/1808-057x201501940
Link Permanente:
https://www.spell.org.br/documentos/ver/40631/efeitos-da-volatilidade-idiossincratica-na-precificacao-de-ativos-/i/pt-br
Tipo de documento:
Artigo
Idioma:
Português
Referências:
Almeida, C. I.; Gomes, R.; Leite A. L.; Simonsen, A.; Vicente, J. V. (2009). Does Curvature Enhance Forecasting? International Journal of Theoretical and Applied Finance, 12(08), 1171-1196.

Amihud, Y. (2014). The Pricing of the Illiquidity Factor's Systematic Risk. Working Paper, New York University, Stern School of Business. Disponível em http://ssrn.com/abstract=2411856orhttp://dx.doi.org/10.2139/ssrn.2411856

Ang, A.; Hodrick, R. J.; Xing, Y.; Zhang, X. (2006). The CrossSection of Volatility and Expected Returns. The Journal of Finance, 61(1), 259-299.

Avramov, D.; Chordia, T.; Jostova G.; Philipov, A. (2013). Anomalies and Financial Distress. Journal of Financial Economics, 108(1), 139-159.

Bonomo, M.; Agnol, I. D. (2003). Retornos Anormais e Estratégias Contrárias. Revista Brasileira de Finanças, 1(2), 165-215.

Campbell, J. (1996). Understanding Risk and Return. Journal of Political Economy, 104(2), 298-345.

Campbell, J. Y. (1993), Intertemporal Asset Pricing Without Consumption Data. National Bureau of Economic Research. Working Paper No. 3989.

Carhart, M. M. (1997). On persistence in mutual fund performance. The Journal of Finance, 52(1), 57-82.

Chen, J. (2003). Intertemporal CAPM and the Cross-section of Stock Returns. Working Paper, University of California, Davis.

Chen, Z.; Petkova, R. (2012). Does Idiosyncratic Volatility Proxy for Risk Exposure? Review of Financial Studies, 25(9), 2745-2787.

Costa Jr, N. C. A.; Neves, M. B. E. (2000). Variáveis Fundamentalistas e Retorno das Ações. In N. C. A. da Costa Jr.; R. P. C. Leal, & E. F. Lemgruber. Mercados de Capitais: Análise Empírica no Brasil. Atlas, São Paulo.

Diebold, F. X.; Li, C. (2006). Forecasting the term structure of government bond yields. Journal of Econometrics, 130(2), 337-364.

Driessen, J.; Maenhout, P.; Vilkov, G. (2009). The Price of Correlation Risk: Evidence from Equity Options. The Journal of Finance, 64(3), 1377-1406.

Fama, E. F.; French, K. (1996, march). Multifactor Explanations of Asset Pricing Anomalies. The Journal of Finance, 51(1), 55-84.

French, K.; Schwert W.; Stambaugh, R. (1987). Expected Stock Returns and Volatility. Journal of Financial Economics, 19(1), 3-29.

Jensen M. C.; Black, F.; Scholes, M. (1972). The Capital Asset Pricing Model: Some Empirical Tests. Studies in the Theory of Capital Markets. New York: Praeger Publishers, p. 79-121.

Lintner, J. (1965). The valuation of risk assets and the selection of risky investments in stock portfolios and capital budgets. Review of Economics and Statistics, 47(1), 13-37.

Lo, A.W.; MacKinlay, A. C. (2002). A non-random walk down Wall Street. Princeton University Press.

Lucena, P.; Figueiredo, A. C.; P. (2008). Anomalias no Mercado de Ações Brasileiro: uma Modificação no Modelo de Fama e French. RAC-Eletrônica, Curitiba, 2(3), 509-530.

MacKinlay, A. C. (1995). Multifactor Models Do Not Explain Deviations From The CAPM. Journal of Financial Economics, 38(1), 3-28.

MacKinlay, A. C.; Pastor, L. (2000). Asset Pricing Models: Implications for Expected Returns and Portfolio Selection. Review of Financial Studies, 13(4), 883-916.

Markowitz, H. M. (1952). Portfolio Selection. The Journal of Finance, 7(1), 77-91.

Mendonça, F. P.; Klotzle, M. C.; Pinto, A. C. F.; Montezano, R. (2012). The Relationship between Idiosyncratic Risk and Returns in the Brazilian Stock Market. Revista Contabilidade & Finanças, 23(60), 246-257.

Merton, R. (1980). On Estimating the Expected Return on the Market: An Exploratory Investigation. Journal of Financial Economics, 8(4), 323-361.

Merton, R. (1987). A Simple Model of Capital Market Equilibrium with Incomplete Information. The Journal of Finance, 42(3), 483-510.

Mossin, J. (1966). Equilibrium in a Capital Asset Market. Econometrica, 34(4), 768-783.

Nefin – FEA/USP. (n.d.). Brazillian Center for Research in Financial Economics. Núcleo de Estudos em Economia Financeira, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, da Universidade de São Paulo. Disponível em http://nefin.com.br

PCT Yearly Review (2014). World Intellectual Property Organization – WIPO. Disponível em www.wipo.int

Rayes, A. C. R. W.; Araújo, G. S.; Barbedo, C. H. S. (2012). O modelo de 3 Fatores de Fama e French ainda explica os retornos no mercado acionário brasileiro? Revista Alcance – Eletrônica, 19(1), 52-61.

Ross, S. A. (1977). The Capital Asset Pricing Model (CAPM), Shortsale Restrictions and Related Issues. Journal of Finance, 32(1), 177-183.

Shanken, J. (1992). On the Estimation of Beta-pricing Models. Review of Financial Studies, 5(1), 1-34.

Sharpe, W. F. (1964). Capital asset prices: A theory of market equilibrium under conditions of risk. The Journal of Finance, 19(3), 425-442.

Svensson, L. (1994). Monetary Policy with Flexible Exchange Rates and Forward Interest Rates as Indicators. Banque de France, Cahiers Économiques et Monétaires, 43(1), 305-332.

Treynor, J. L. (1961). Market Value, Time, and Risk. Unpublished manuscript. “Rough Draft”, 95-209.

Treynor, J. L. (1962). Toward a Theory of Market Value of Risky Assets. Unpublished manuscript.