Competitividade Internacional do Brasil à Luz da Fragmentação da Produção e das Cadeias Globais de Valor Outros Idiomas

ID:
50885
Resumo:
Este artigo desenvolve uma análise pioneira da competitividade das exportações brasileiras no período 1995-2011, ao considerar o fenômeno das cadeias globais de valor (CGV). Calcularam-se os índices de competitividade market share e vantagem comparativa revelada (VCR) pelas vias tradicionais e por meio de medidas de valor adicionado, assim como índices de participação e posicionamento nas CGV. Para tanto, utilizou-se uma nova metodologia de decomposição matemática das exportações (KOOPMAN et al., 2014) e indicadores estimados por meio da matriz de insumo-produto global World Input Output Tables (WIOT). As análises demonstram que os índices tradicionais tendem a subestimar o desempenho de países localizados a montante nas CGV, como o Brasil, mas nas categorias “produtos primários” e “manufaturas de baixa-tecnologia” percebem-se uma superestimação dos índices tradicionais e uma queda das vantagens comparativas reveladas do país.
Citação ABNT:
HERMIDA, C. C.; XAVIER, C. L. Competitividade Internacional do Brasil à Luz da Fragmentação da Produção e das Cadeias Globais de Valor. Revista Brasileira de Inovação, v. 17, n. 2, p. 345-376, 2018.
Citação APA:
Hermida, C. C., & Xavier, C. L. (2018). Competitividade Internacional do Brasil à Luz da Fragmentação da Produção e das Cadeias Globais de Valor. Revista Brasileira de Inovação, 17(2), 345-376.
DOI:
http://dx.doi.org/10.20=396/rbi.v17i2.8649881
Link Permanente:
https://www.spell.org.br/documentos/ver/50885/competitividade-internacional-do-brasil-a-luz-da-fragmentacao-da-producao-e-das-cadeias-globais-de-valor/i/pt-br
Tipo de documento:
Artigo
Idioma:
Português
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