58359

Luciana Rubini Tambos
Marco Antonio Harms Dias

Reunir: Revista de Administração, Contabilidade e Sustentabilidade

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, cerca de um terço dos alimentos produzidos no mundo é desperdiçado. Índices apontam situações emergenciais, preconizando a necessidade de ações imediatas, para mudanças de cenários a curto prazo. Desperdiçar alimentos é uma prática insustentável, uma vez que compromete trabalho, recursos financeiros, água, terra e o clima do planeta. O presente artigo enseja uma análise sobre o desperdício de alimentos, buscando contextualizar a problemática e identificar possíveis ações de implantação em nível municipal, como forma de política pública sobre a tônica em voga, que agrega elevados custos sociais e ambientais. Para tanto, os estudos partiram de uma investigação conceitual e de dados sobre o desperdício de alimentos e seus impactos. Posteriormente, estudou-se a formulação e o escopo do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12, que impõe assegurar padrões de consumo e produção sustentáveis, com enfoque nas metas de redução do desperdício de alimentos, de modo a compreender e explorar a sistemática de uma agenda brasileira como modalidade de política pública de implantação local. Visando a consecução deste propósito, optou-se por uma pesquisa exploratória com base bibliográfica e abordagem quali-quantitativa. Os resultados da pesquisa revelam a existência de um movimento global voltado à preocupação com o desperdício de alimentos e seu impacto ambiental, porém, ainda pouco articulado a políticas públicas efetivas. Este estudo contribuiu para a centralização de informações sobre o tema, bem como analisou possibilidades de ações práticas para o enfrentamento do problema no Brasil.

Desperdício de alimentos, ODS 12, Políticas Públicas

TAMBOS, L. R.; DIAS, M. A. H. Desperdício de Alimentos: Agendas Globais e Articulação com Movimentos Locais. Reunir: Revista de Administração, Contabilidade e Sustentabilidade, v. 10, n. 2, p. 1-11, 2020.

Tambos, L. R., & Dias, M. A. H. (2020). Desperdício de Alimentos: Agendas Globais e Articulação com Movimentos Locais. Reunir: Revista de Administração, Contabilidade e Sustentabilidade, 10(2), 1-11.

10.18696/reunir.v10i2.767

https://www.spell.org.br/documentos/ver/58359/desperdicio-de-alimentos--agendas-globais-e-articulacao-com-movimentos-locais/i/pt-br

Artigo

Português

Agência 21 Brasil. (2017). Quase 30 projetos sobre combate ao desperdício de alimentos tramitam na Câmara: direitos humanos. http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/201708/politica-nacional-de-combate-ao-desperdicio-dealimentose-tema-de-projetos

Agenda 21 Brasileira. (2004). Ações prioritárias: Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional. 2. ed. Brasília : Ministério do Meio Ambiente.

Agenda 21 Brasileira. (2017). nd. http://www.pucsp.br/ecopolitica/projetos_fluxos/doc_principais_ecopolitica/Agenda21%20Brasil.pdf

Akatu (2017). Consumo consciente para um futuro sustentável. Alimentos produzidos e não consumidos: ONU lança guia visual sobre o desperdício. https://www.akatu.org.br/noticia/alimentosproduzidose-nao-consumidos-onu-lanca-guia-visualsobreo-desperdicio/

Almeida, F. (2007). Os desafios da sustentabilidade: uma ruptura urgente. Rio de Janeiro: Elsevier.

Associação Brasileira de Municípios. (2015). Transformando nosso mundo: a agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável [2015]: Home Agenda 2030. http://abm.org.br/ods/agenda-2030/

Associação Brasileira de Municípios. (2017). Institucional: O projeto. http://abm.org.br/ods/institucional/

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Baumam, Z. (2001). Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

Belik, W. (2017). Políticas Públicas e Segurança Alimentar. UNICAMP – Universidade de Campinas. Mostra Unicamp 50 anos: Eventos. http://www.50anos.unicamp.br/eventos/16/politicas-publicas-e-seguranca-alimentar-prof-walter-belik

Belik, W., Cunha, A. R. A. A., Costa, L. A (2017). Crise dos alimentos e estratégias para a redução do desperdício no contexto de uma política de segurança alimentar e nutricional no Brasil. Planejamento e políticas públicas. n. 38. jan./jun. 2012. p. 107-132. http://www.ipea.gov.br/ppp/index.php/PPP/article/ view/277.

Dias, M.A.H. (2015). Proposta de Modelo para Avaliação do Capital Intelectual na Administração Pública: o caso do PROANTAR. Tese (doutorado). Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de PósGraduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento. Florianópolis.

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. (2014). Perdas e desperdícios de alimentos: sobre o tema. https://www.embrapa.br/temaperdase-desperdicio-de-alimentos/sobre-o-tema

Fachin, P. (2014). O desperdício de alimentos no Brasil: entrevista especial com Walter Belik. http://www.ihu.unisinos.br/159noticias/entrevistas/531110-desperdicio-dealimentosno-brasil-os-resultados-sao-uma-incognitaentrevistaespecial-com-walter-belik-

FAO Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. (2017). Perdas e desperdício de alimentos na América Latina e no Caribe: notícias. http://www.fao.org/americas/noticias/ver/pt/c/239 394/

Franzolin, C. J., & Roque, L. R. (2017) Princípio do desenvolvimento sustentável e os resíduos sólidos. Revista de Direito Ambiental. São Paulo, n. 86, abr./jun.

Grau, E. R. (2008). O Direito Posto e o Direito Pressuposto. São Paulo: Malheiros. 7ª ed.

Instututo Akatu. (2009). Seu consumo transforma o mundo. Odes Perdiçador. http://www.youtube.com/watch?v=npE4QG0xP_I

Latouche, S. (2009). O pequeno tratado do decrescimento sereno. São Paulo: WMF.

Leonard, A. (2007). The Story Of Stuff. Documentário. 2007. https://www.youtube.com/watch?v=3c88_Z0FF4k

Lopes, S.(2017). Cultura do desperdício Ministério da Cultura e Governo Federal. Direção e produção de Sérgio Lopes. São Paulo: Sérgio Lopes, 2017. https://www.youtube.com/watch?v=MqiR93-GQD8

Ministério do Meio Ambiente. (2017). Agenda 2030 - ODS12. http://www.mma.gov.br/informma/item/11396agenda-2030-ods12

Ministério do Meio Ambiente. (2017). Agenda 21 Brasileira: responsabilidade socioambiental. Recuperado em 18 setembro 2017, de http://www.mma.gov.br/responsabilidadesocioambiental/ agenda-21/agenda-21-brasileira

Ministério do Meio Ambiente. (2017). Agenda 21 local – passo a passo. http://www.mma.gov.br/responsabilidadesocioambiental/agenda-21/agenda-21-local/item/724

ONUBR – Nações Unidas do Brasil. (2014). Campanha Comer, Pensar, Conservar: notícias do Brasil. https://nacoesunidas.org/campanha-pensar-comerconservarganha-site-em-portugues/

ONUBR – Nações Unidas do Brasil. (2017). Agenda 2030: Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/

ONUBR – Nações Unidas do Brasil. (2017). Conheça os ODS: Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. https://nacoesunidas.org/conheca-os-novos-17objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel-da-onu/

ONUBR – Nações Unidas do Brasil. (2017). Principais fatos. https://nacoesunidas.org/pos2015/principais-fatos/

ONUBR – Nações Unidas do Brasil. (2017). Sobre a ONU. https://nacoesunidas.org

PNUD Brasil – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. (2015). Home: Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/post-2015.html

Portal Brasil. (2014). Pesquisas da Embrapa buscam formas de evitar o desperdício de alimentos. Ciência e tecnologia. http://www.brasil.gov.br/ciencia-etecnologia/2014/08/pesquisas-da-embrapa-buscamformasde-evitar-o-desperdicio-de-hortalicas-e-frutas

Salm, J. F., & Menegasso, M. E. (2009) Os Modelos de Administração Pública como Estratégias Complementares para a Coprodução do Bem Público. Revista de Ciências da Administração, v.11, n. 25, pp. 97-120.

Save food Brasil (2017). Perda e desperdício de alimentos é nosso problema ambiental mais irracional: relatórios. Recuperado em 28 setembro 2017, de https://www.savefoodbrasil.org/singlepost/2017/06/05/Perda-e-desperd%C3%ADcio-dealimentos-%C3%A9-nosso-problema-ambiental-maisirracional

Secchi, L (2009). Modelos organizacionais e reformas da administração pública. Revista de Administração Pública – RAP. Rio de Janeiro, mar/abr.

Seiffert, M. E. B. (2010) Gestão ambiental: instrumentos, esferas de ação e educação ambiental. 1. ed. São Paulo: Atlas, 310 pp.

Silva, J. G. (2017). Há escolhas a fazer. Valor Econômico, 2015. Recuperado em 19 outubro 2017, de https://nacoesunidas.org/artigo-ha-escolhas-a-fazerjosegraziano-da-silva-diretor-geral-da-organizacaodasnacoes-unidas-para-a-agricultura-alimentacaofao/

Silva, J. G. (2017). Perdas e desperdícios de alimentos: um desafio para o desenvolvimento sustentável. https://museudoamanha.org.br/pt-br/perdas-edesperdiciosde-alimentos-um-desafio-para-odesenvolvimentosustentavel

Souza, C. (2006) Políticas Públicas: uma revisão da literatura. Sociologias, Porto Alegre. Ano 8. N. 16. Jul/dez, pp. 20-45.

The Rise of Lowsumerism. (2015). Recuperado https://www.youtube.com/watch?v=jk5gLBIhJtA

Thinkeatsave. Campanha Comer, Pensar, Conservar: diga não ao desperdício. Sobre a campanha. http://www.thinkeatsave.org/po/index.php/about/about-the-campaign

Triviños, A. N. S. (1987) Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas.