As características do conselho de administração mudam conforme os estágios do ciclo de vida da empresa? Outros Idiomas

ID:
67828
Resumo:
Pela perspectiva da Teoria de Dependência de Recursos, o conselho de administração reflete o ambiente da empresa, buscando a maximização de recursos, uma vez que cada membro contribui com diferentes competências, experiências e vínculos. A literatura sugere que as empresas adaptam suas estruturas conforme evoluem nos estágios do ciclo de vida, afetando de maneira distinta as estruturas de governança das empresas e a estrutura de propriedade. O objetivo da pesquisa consiste em identificar o efeito dos estágios do ciclo de vida nas características do conselho de administração. A amostra é constituída pelas empresas listadas na B3, no período de 2012 a 2018. As variáveis dos constructos referentes ao conselho de administração englobam características de tamanho, gênero, independência, expertise (em gestão, em áreas de suporte e em áreas operacionais), grau de interlocking (com o setor financeiro e no setor de atuação) e cooptação. Para o ciclo de vida foram criadas variáveis dummy com base no modelo desenvolvido por Dickinson (2011), utilizando a composição da Demonstração do Fluxo de Caixa. Concluiu-se que empresas classificadas no estágio de maturidade têm uma redução no número de membros do conselho de administração e na cooptação de membros com expertise na área de gestão. Por outro lado, nas empresas pertencentes ao estágio de crescimento, observou-se um incremento na cooptação de membros com tal expertise. De modo geral, averiguou-se que os estágios do ciclo de vida organizacional (maturidade e crescimento) apresentam efeitos distintos nas mudanças do conselho de administração.
Citação ABNT:
KREUZBERG, F.; VICENTE, E. F. R. As características do conselho de administração mudam conforme os estágios do ciclo de vida da empresa? . Revista Universo Contábil, v. 17, n. 1, p. 109-129, 2021.
Citação APA:
Kreuzberg, F., & Vicente, E. F. R. (2021). As características do conselho de administração mudam conforme os estágios do ciclo de vida da empresa? . Revista Universo Contábil, 17(1), 109-129.
DOI:
10.4270/ruc.2021106
Link Permanente:
https://www.spell.org.br/documentos/ver/67828/as-caracteristicas-do-conselho-de-administracao-mudam-conforme-os-estagios-do-ciclo-de-vida-da-empresa--/i/pt-br
Tipo de documento:
Artigo
Idioma:
Português
Referências:
Aldrich, H. E., & Pfeffer, J. (1976). Environments of organizations. Annual Review of Sociology, 2(1), 79-105. https://doi.org/10.1108/IJAIM-02-2019-0027

Ames, D., Coyne, J., & Kim, K. (2020). The impact of life cycle stage on firm acquisitions. International Journal of Accounting & Information Management, 28(2), 223-241. https://doi.org/10.1108/IJAIM-02-2019-0027

Anthony, J. H., & Ramesh, K. (1992). Association between accounting performance measures and stock prices: A test of the life cycle hypothesis. Journal of Accounting and Economics, 15(2-3), 203-227. https://doi.org/10.1016/0165-4101(92)90018-W

Balogh, A. (2016). Does life-cycle influence board composition? Working paper. Available at SSRN 2851327, University of Sydney. https://dx.doi.org/10.2139/ssrn.2851327

Baltagi, B. (2008). Econometric analysis of panel data. John Wiley & Sons.

Bonacich, P. (1987). Power and centrality: A family of measures. American Journal of Sociology, 92(5), 1170-1182. https://doi.org/10.1086/228631

Bonn, I., & Pettigrew, A. (2009). Towards a dynamic theory of boards: An organizational life cycle approach. Journal of Management & Organization, 15(1), 2-16. https://doi.org/10.5172/jmo.837.15.1.2

Boyd, B. (1990). Corporate linkages and organizational environment: A test of the resource dependence model. Strategic Management Journal, 11(6), 419-430. https://doi.org/10.1002/smj.4250110602

Cameron, K. S., Kim, M. U., & Whetten, D. A. (1987). Organizational effects of decline and turbulence. Administrative Science Quarterly, 32 (2), 222-240. https://doi.org/10.2307/2393127

Carter, D. A., Simkins, B. J., & Simpson, W. G. (2003). Corporate governance, board diversity, and firm value. The Financial Review, 38(1), 33-53. https://doi.org/10.1111/1540-6288.00034

Chen, H. L. (2014). Board capital, CEO power and R&D investment in electronics firms. Corporate Governance: An International Review, 22(5), 422-436. https://doi.org/10.1111/corg.12076

Coles, J. L., Daniel, N. D., & Naveen, L. (2008). Boards: Does one size fit all? Journal of Financial Economics, 87(2), 329-356. https://doi.org/10.1016/j.jfineco.2006.08.008

Coles, J. L., Daniel, N. D., & Naveen, L. (2014). Co-opted boards. The Review of Financial Studies, 27(6), 1751-1796. https://doi.org/10.1093/rfs/hhu011

Costa, W. B. da, Macedo, M. A. da S., Yokoyama, K. Y., & Almeida, J. E. F. de. (2017). The determinants of the life cycle stages of Brazilian public companies: A study based on financial accounting variables. Brazilian Business Review, 14(3), 304–320. https://doi.org/10.15728/bbr.2017.14.3.3

Daily, C. M. (1995). The relationship between board composition and leadership structure and bankruptcy reorganization outcomes. Journal of Management, 21(6), 1041-1056. https://doi.org/10.1177/014920639502100602

Daily, C. M., & Dalton, D. R. (1994). Bankruptcy and corporate governance: The impact of board composition and structure. Academy of Management Journal, 37(6), 1603-1617. https://doi.org/10.5465/256801

Daily, C. M., McDougall, P. P., Covin, J. G., & Dalton, D. R. (2002). Governance and strategic leadership in entrepreneurial firms. Journal of Management, 28(3), 387-412. https://doi.org/10.1016/S01492063(02)00133-2

Dalziel, T., Gentry, R. J., & Bowerman, M. (2011). An integrated agency–resource dependence view of the influence of directors' human and relational capital on firms' R&D spending. Journal of Management Studies, 48(6), 1217-1242. https://doi.org/10.1016/j.jfineco.2005.07.005

DeAngelo, H., DeAngelo, L., & Stulz, R. M. (2006). Dividend policy and the earned/ contributed capital mix: A test of the life-cycle theory. Journal of Financial Economics, 81(2), 227-254. https://doi.org/10.1016/j.jfineco.2005.07.005

Dickinson, V. (2011). Cash flow patterns as a proxy for firm life cycle. The Accounting Review, 86(6), 1969-1994. https://doi.org/10.2308/accr-10130

Faff, R., Kwok, W. C., Podolski, E. J., & Wong, G. (2016). Do corporate policies follow a life-cycle?. Journal of Banking & Finance, 69, 95–107. https://doi.org/10.1016/j.jbankfin.2016.04.009

Fávero, L. P., & Belfiore, P. (2016). Análise de dados: Modelos de regressão com Excel®, Stata® e SPSS®. Elsevier Brasil.

Filatotchev, I., Toms, S., & Wright, M. (2006). The firm's strategic dynamics and corporate governance life‐ cycle. International Journal of Managerial Finance, 2(4), 256-279. https://doi.org/10.1108/17439130610705481

Gonçalves, F. F., Almeida, J. E. F., Bortolon, P. M., & Pündrich, G. P. (2019). O ciclo de vida das firmas e as características do conselho de administração. Anais do X Congresso Nacional de Administração e Contabilidade-AdCont 2019. IAG| PUC-Rio.

Habib, A., & Hasan, M. M. (2019). Corporate life cycle research in accounting, finance and corporate governance: A survey, and directions for future research. International Review of Financial Analysis, 61, 188-201. https://doi.org/10.1016/j.irfa.2018.12.004

Haynes, K. T., & Hillman, A. (2010). The effect of board capital and CEO power on strategic change. Strategic Management Journal, 31(11), 1145-1163. https://doi.org/10.1002/smj.859

Hillman, A. J., Cannella, A. A., & Paetzold, R. L. (2000). The resource dependence role of corporate directors: Strategic adaptation of board composition in response to environmental change. Journal of Management Studies, 37(2), 235-256. https://doi.org/10.1111/1467-6486.00179

Hillman, A. J., & Dalziel, T. (2003). Boards of directors and firm performance: Integrating agency and resource dependence perspectives. Academy of Management Review, 28(3), 383-396. https://doi.org/10.5465/amr.2003.10196729

Hillman, A. J., Shropshire, C., & Cannella Jr, A. A. (2007). Organizational predictors of women on corporate boards. Academy of Management Journal, 50(4), 941-952. https://doi.org/10.5465/amj.2007.26279222

Hillman, A. J., Withers, M. C., & Collins, B. J. (2009). Resource dependence theory: a review. Journal of Management, 35(6), 1404-1427. https://doi.org/10.1177/0149206309343469

Jawahar, I. M., & McLaughlin, G. L. (2001). Toward a descriptive stakeholder theory: An organizational life cycle approach. Academy of Management Review, 26(3), 397-414. https://doi.org/10.5465/amr.2001.4845803

Lynall, M. D., Golden, B. R., & Hillman, A. J. (2003). Board composition from adolescence to maturity: a multitheoretic view. Academy of Management Review, 28(3), 416-431. https://doi.org/10.5465/amr.2003.10196743

Novaes, P. V., & Almeida, J. E. (2020). The role of firms’ life cycle stages on voluntary disclosure and cost of equity capital in Brazilian public companies. Brazilian Business Review, 17, 601-620. https://doi.org/10.15728/bbr.2020.17.6.1

O’Connor, T. & Byrne, J. (2015). Governance and corporate life-cycle. International Journal of Managerial Finance, 11 (1), 23-43. https://doi.org/10.1108/IJMF-03-2013-0033

Oliveira, A. S. de, & Girão, L. F. de A. P. (2018). Acurácia na previsão de lucros e os estágios do ciclo de vida organizacional: Evidências no mercado brasileiro de capitais. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade, 12(1), 121-144. https://doi.org/10.17524/repec.v12i1.1530

Ortiz‐de‐Mandojana, N., Aragón‐Correa, J. A., Delgado‐Ceballos, J., & Ferrón‐Vílchez, V. (2012). The effect of director interlocks on firms' adoption of proactive environmental strategies. Corporate Governance: An International Review, 20(2), 164-178. http://dx.doi.org/10.1111/j.1467-8683.2011.00893.x

Perrault, E., & McHugh, P. (2015). Toward a life cycle theory of board evolution: Considering firm legitimacy. Journal of Management & Organization, 21(5), 627-649. https://doi.org/10.1017/jmo.2014.92

Pfeffer, J. (1972). Size and composition of corporate boards of directors: The organization and its environment. Administrative Science Quarterly, 17(2), 218-228. https://doi.org/10.2307/2393956

Pfeffer, J., & Salancik, G. R. (1978). The external control of organizations: A resource dependence perspective. New York: Harper & Row.

Sánchez, L. P. C., Guerrero-Villegas, J., & González, J. M. H. (2017). The influence of organizational factors on board roles. Management Decision, 55(5), 842-871. https://doi.org/10.1108/MD-12-2015-0566

Shen, W., & Cannella Jr, A. A. (2002). Revisiting the performance consequences of CEO succession: The impacts of successor type, postsuccession senior executive turnover, and departing CEO tenure. Academy of Management Journal, 45(4), 717-733. https://doi.org/10.5465/3069306

Wernerfelt, B. (1985). The dynamics of prices and market shares over the product life cycle. Management Science, 31(8), 928-939. https://doi.org/10.1287/mnsc.31.8.928

Wooldridge, J. M. (2010). Econometric analysis of cross section and panel data. MIT Press.

Zahra, S. A., & Pearce, J. A. (1989). Boards of directors and corporate financial performance: A review and integrative model. Journal of Management, 15(2), 291-334. https://doi.org/10.1177/014920638901500208