Divulgação ESG e sensibilidade da remuneração executiva ao desempenho de mercado Outros Idiomas

ID:
75632
Resumo:
Esta pesquisa tem o objetivo de investigar o efeito moderador da divulgação ESG na sensibilidade da remuneração dos executivos ao desempenho de mercado (pay-performance sensitivity) em empresas brasileiras listadas no índice IBrX-100 da B3. Também investiga os fatores que impactam a PPS, de modo a buscar explicações sobre o efeito da divulgação ESG na pay-performance sensitivity e identificar qual perspectiva teórica (Teoria da Agência, Teoria dos Stakeholders e visão da boa governança) possibilita sustentação dos resultados encontrados para empresas brasileiras. Evidencia a importância de se observar as divulgações ESG no mercado de capitais brasileiro, bem como auxilia a compreender se a divulgação ambiental, social e de governança está contribuindo ou não para extração de renda do acionista pelo executivo, e produz insights para que novas pesquisas sejam realizadas considerando a divulgação ESG. Os resultados apresentam implicações para o entendimento da relação agente-principal e para a compreensão da divulgação ESG na mitigação de conflitos, quando utilizada nas empresas para potencializar a PPS. Foram analisadas 81 empresas entre 2016 e 2021. O método utilizado para as análises principais foi o modelo de regressão por Mínimos Quadrados Ordinários (com erros padrões robustos), enquanto para a análise de robustez foi utilizada a regressão quantílica. Os resultados indicam que a divulgação ESG maximiza a sensibilidade da remuneração dos executivos ao desempenho de mercado. Este trabalho contribui com a literatura ao trazer novas evidências sobre a PPS e ao identificar qual perspectiva teórica dá sustentação aos resultados encontrados no contexto brasileiro. Contribui também para as organizações ao evidenciar que investimentos ESG podem mitigar problemas de agência e ao revelar a importância da implementação de questões ESG para as empresas, diante das evidências de influência positiva na PPS. Contribui com a sociedade ao encorajar as organizações a investirem em aspectos ambientais, sociais e de governança.
Citação ABNT:
GRODT, J. A. D. S.; DEGENHART, L.; MAGRO, C. B. D.; ÁVILA, L. V.; PICCININ, Y. G. Divulgação ESG e sensibilidade da remuneração executiva ao desempenho de mercado. Revista Contabilidade & Finanças, v. 35, n. 94, p. 1-18, 2024.
Citação APA:
Grodt, J. A. D. S., Degenhart, L., Magro, C. B. D., ávila, L. V., & Piccinin, Y. G. (2024). Divulgação ESG e sensibilidade da remuneração executiva ao desempenho de mercado. Revista Contabilidade & Finanças, 35(94), 1-18.
DOI:
https://doi.org/10.1590/1808-057x20231811.en
Link Permanente:
https://www.spell.org.br/documentos/ver/75632/divulgacao-esg-e-sensibilidade-da-remuneracao-executiva-ao-desempenho-de-mercado/i/pt-br
Tipo de documento:
Artigo
Idioma:
Português
Referências:
Aguiar, A. B., & Pimentel, R. C. (2017). Remuneração de executivos e desempenho no mercado brasileiro: relações contemporâneas e defasadas. Revista de Administração Contemporânea, 21(4), 545-568. https://doi.org/10.1590/1982 7849rac2017160228

Alareeni, B. A., & Hamdan, A. (2020). ESG impact on performance of US S&P 500-listed firms. Corporate Governance: The International Journal of Business in Society, 20(7), 1409-1428. https://doi.org/10.1108/CG-06-2020-0258

Alves, P., Couto, E. B., & Francisco, P. M. (2016). Executive pay and performance in Portuguese listed companies. Research in International Business and Finance, 37, 184-195. https://doi. org/10.1016/j.ribaf.2015.11.006

Amzaleg, Y., Azar, O. H., Ben-Zion, U., & Rosenfeld, A. (2014). CEO control, corporate performance and pay-performance sensitivity. Journal of Economic Behavior & Organization, 106. 166-174. https://doi.org/10.1016/j.jebo.2014.07.004

Atan, R., Alam, M. M., Said, J., & Zamri, M. (2018). The impacts of environmental, social and governance factors on firm performance: Panel study of Malaysian companies. Management of Environmental Quality: An International Journal, 29(2), 182-194. https://doi.org/10.1108/MEQ-032017-0033

Bătae, O. M., Dragomir, V. D., & Feleagă, L. (2021). The relationship between environmental, social, and financial performance in the banking sector: A European study. Journal of Cleaner Production, 290, 1-21. https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2021.125791

Bebchuk, L. A., & Fried, J. M. (2003). Executive compensation as an agency problem. Journal of Economic Perspectives, 17(3), 71-92. https://doi.org/10.1257/089533003769204362

Blanes, F., Fuentes, C., & Porcuna, R. (2020). Executive remuneration determinants: New evidence from meta-analysis. Economic research-Ekonomska istraživanja, 33(1), 1-23. https://doi.org/10.1080/1331677X.2019.1678503

Brandão, I. D. F., Vasconcelos, A. C. D., De Luca, M. M. M.,& Crisóstomo, V. L. (2019). Composição do conselho de administração e sensibilidade da remuneração executiva ao desempenho de mercado. Revista Contabilidade & Finanças, 30(79), 28-41. https://doi.org/10.1590/1808-057x201806610

Cai, Y., Jo, H., & Pan, C. (2011). Vice or Virtue? The Impact of Corporate Social Responsibility on Executive Compensation. Journal of Business Ethics, 104(2), 159-173. https://doi.org/10.1007/s10551-011-0909-7

Chang, Y., Chen, T. H., & Shu, M. C. (2018). Corporate social responsibility, corporate performance, and pay-performance sensitivity – evidence from shanghai stock exchange social responsibility index. Emerging Markets Finance and Trade, 54(5), 1183-1203. https://doi.org/10.1080/154049 6X.2016.1273768

Cho, M., & Ibrahim, S. (2021). Non-financial performance measures and pay-performance sensitivity. Journal of Financial Reporting and Accounting, 1-30. https://doi. org/10.1108/JFRA-01-2021-0018

Clement, A., Robinot, E., & Trespeuch, L. (2023). The use of ESG scores in academic literature: A systematic literature review. Journal of Enterprising Communities: People and Places in the Global Economy, Ahead-of-Print. https://doi.org/10.1108/JEC10-2022-0147

Deng, X., Kang, J. K., & Low, B. S. (2013). Corporate social responsibility and stakeholder value maximization: Evidence from mergers. Journal of Financial Economics, 110(1), 87-109. https://doi.org/10.1016/j.jfineco.2013.04.014

Duarte, F. C. L., Girão, L. F. A. P., & Paulo, E. (2017). Avaliando modelos lineares de value relevance: Eles captam o que deveriam captar? Revista de Administração Contemporânea, 21, 110-134. https://doi.org/10.1590/1982-7849rac2017160202

Duque-Grisales, E., & Aguilera-Caracuel, J. (2021). Environmental, social and governance (ESG) scores and financial performance of Multilatinas: moderating effects of geographic international diversification and financial slack. Journal of Business Ethics, 168, 315-334. https://doi. org/10.1007/s10551-019-04177-w

Fatemi, A., Glaum, M., & Kaiser, S. (2018). ESG performance and firm value: The moderating role of disclosure. Global Finance Journal, 38, 45-64. https://doi.org/10.1016/j.gfj.2017.03.001

Fávero, L. P., Belfiore, P., Silva, F. L., & Chan, B. L. (2009). Análise de dados: modelagem multivariada para tomada de decisões (2a ed.). Rio de Janeiro: Elsevier.

Ferrell, A., Hao, L., & Renneboog, L. (2016). Socially responsible firms. Journal of Financial Economics, 122(3), 585-606. https:// doi.org/10.1016/j.jfineco.2015.12.003

Freeman, R. E. (1984). Strategic Management: A Stakeholder Approach. London: Pitman.

Ghrab, M., Gana, M., & Dakhlaoui, M. (2021). Pay-performance sensitivity and corporate governance mechanisms: evidence from Tunisia. Journal of Financial Reporting and Accounting, 1-20. https://doi.org/10.1108/JFRA-06-2020-0152

Gillan, S., Hartzell, J. C., Koch, A., & Starks, L. T. (2010). Firms’ environmental, social and governance choices, performance and managerial motivation. Working Paper, 1-45. Recuperado de: https://sites.pitt.edu/~awkoch/ESG%20Nov%202010.pdf

Gillan, S. L., Koch, A., & Starks, L. T. (2021). Firms and social responsibility: A review of ESG and CSR research in corporate finance. Journal of Corporate Finance, 66, 1-16. https://doi. org/10.1016/j.jcorpfin.2021.101889

Hair, J. F., Black, W. C., Babin, B. J., Anderson, R. E., & Tatham, R. L. (2009). Análise Multivariada de Dados (6a ed.). Bookman.

Holmström, B. (1979). Moral hazard and observability. Journal of Economics, 10(1), 74-91. https://doi.org/10.2307/3003320

Iglesias, T. M. G., Silva, T. D., Jesuka, D., & Peixoto, F. M. (2022). Reflexos da Governança Corporativa sobre a Pay-Performance Sensitivity: uma nova perspectiva. Revista de Administração Mackenzie, 23(1), 1-27. https://doi.org/10.1590/1678-6971/ eRAMF220088

Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. (2021). Monitoramento de Desempenho Empresarial, 1-115.Recuperado de: https://conhecimento.ibgc.org.br/Paginas/ Publicacao.aspx?PubId=24515

Iyengar, R. J., & Sundararajan, M. (2021). CEO pay sensitivities in innovative firms. Benchmarking: An International Journal, 28(8), 2365-2381. https://doi.org/10.1108/BIJ-09-2020-0491

Jensen, M. C., & Meckling, W. (1976). Theory of the firm: managerial behavior, agency costs and ownership structure. Journal of Financial Economics, 3(4), 305-360. https://doi. org/10.1016/0304-405X(76)90026-X

Jensen, M. C., & Murphy, K. J. (1990). Performance pay and topmanagement incentives. Journal of Political Economy, 98(2), 225-264. https://doi.org/10.1086/261677

Jian, M., & Lee, K. W. (2015). CEO compensation and corporate social responsibility. Journal of Multinational Financial Management, 29, 46-65. https://doi.org/10.1016/j. mulfin.2014.11.004

Karim, K., Lee, E., & Suh, S. (2018). Corporate social responsibility and CEO compensation structure. Advances in Accounting, 40, 27-41. https://doi.org/10.1016/j. adiac.2017.11.002

Kim, H., Kim, H., & Lee, P. M. (2008). Ownership structure and the relationship between financial slack and R&D investments: Evidence from Korean firms. Organization Science, 19(3), 404-418. https://doi.org/10.1287/ orsc.1080.0360

Kim, S., & Li, Z. F. (2021). Understanding the impact of ESG practices in corporate finance. Sustainability, 13(7), 1-15. https://doi.org/10.3390/su13073746

Lei, Q., Lu, R., & Ren, L. (2019). Non-CEO top managers’ monitoring power and CEO pay-performance sensitivity in state-owned enterprises: Evidence from Chinese state-owned listed firms. China Journal of Accounting Research, 12(4), 411-430. https://doi.org/10.1016/j.cjar.2019.10.001

Lin, W. L., Ho, J. A., Ng, S. I., & Lee, C. (2020). Does corporate social responsibility lead to improved firm performance? The hidden role of financial slack. Social Responsibility Journal, 16(7), 957-982. 2020. https://doi.org/10.1108/SRJ-10-20180259

Li, T., Wang, K., Sueyoshi, T., & Wang, D. D. (2021). ESG: Research Progress and Future Prospects. Sustainability, 13(21), 1-28. https://doi.org/10.3390/su132111663

Li, Y., Gong, M., Zhang, X.-Y., & Koh, L. (2018). The impact of environmental, social and governance disclosure on firm value: The role of CEO power. The British Accounting Review, 50(1), 60-75. https://doi.org/10.1016/j.bar.2017.09.007

Monteiro, G. F. A., Miranda, B. V., Rodrigues, V. P., & Saes, M. S. M. (2021). ESG: disentangling the governance pillar. RAUSP Management Journal, 56(4), 482-487. https://doi.org/10.1108/ RAUSP-06-2021-0121

Nekhili, M., Nagati, H., Chtioui, T., & Rebolledo, C. (2017). Corporate social responsibility disclosure and market value: Family versus nonfamily firms. Journal of Business Research, 77, 41-52. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2017.04.001

Ouyang, C., Xiong, J., & Fan, L. (2019). Do insiders share pledging affect executive pay-for-performance sensitivity? International Review of Economics & Finance, 63, 226-239. https://doi.org/10.1016/j.iref.2018.10.019

Pedersen, L. H., Fitzgibbons, S., & Pomorski, L. (2021). Responsible investing: The ESG-efficient frontier. Journal of Financial Economics, 142(2), 572-597. https://doi. org/10.1016/j.jfineco.2020.11.001

Raithatha, M., & Komera, S. (2016). Executive compensation and firm performance: Evidence from Indian firms. IIMB Management Review, 28(3), 160-169. https://doi. org/10.1016/j.iimb.2016.07.002

Rath, C., Kurniasari, F., & Deo, M. (2020). CEO Compensation and Firm Performance: The Role of ESG Transparency. Indonesian Journal of Sustainability Accounting and Management, 4(2), 278-293. http://dx.doi.org/10.28992/ijsam.v4i2.225

Refinitiv Eikon. (2022). Environmental, Social and Governance scores from Refinitiv. Recuperado de: https://www.refinitiv.com/content/dam/marketing/en_us/documents/ methodology/refinitiv-esg-scores-methodology.pdf

Tirole, J. (2006). The Theory of Corporate Finance. Princeton University press.

Yang, H. Y., Yao, D., & Qu, X. (2021). How does independent directors’ reputation influence pay‐for‐performance? Evidence from China. Accounting & Finance, 62(1), 959-1007. https://doi.org/10.1111/acfi.12815

Zhou, F., Fan, Y., An, Y., & Zhong, L. (2017). Independent directors, non-controlling directors, and executive pay-for-performance sensitivity: Evidence from Chinese non-state owned enterprises. Pacific-Basin Finance Journal, 43, 55-71. https://doi.org/10.1016/j.pacfin.2017.02.003