Inovação e Marcas: A Perspectiva dos Gestores em Estudo de Casos Múltiplos no Triângulo Mineiro

ID:
60942
Resumo:
O artigo tem como objetivo geral identificar o que é uma marca inovadora na perspectiva dos gestores de empresas do Triângulo Mineiro e descrever como eles administram as marcas inovadoras. Realizou-se um estudo de casos múltiplos com cinco empresas inovadoras de quatro setores econômicos: telecomunicações, tecnologia da informação, produtos químicos e eletricidade. As entrevistas com esses gestores foram submetidas à análise de conteúdo, sendo estabelecidas dezesseis categorias, entre elas: definição de inovação; características de marca inovadora; motivos para inovar; relação entre marcas e inovação; área responsável pela inovação; disseminação da inovação; cultura organizacional de novas ideias; tipos de inovação; redução de tempo, custos e riscos à inovação; relação da empresa com o mercado; estratégias de marca; personalidade de marcas; integração do consumidor final na inovação; recompensas para o consumidor; e herança de marca. Ao final, são apresentadas contribuições teóricas e gerenciais que podem ser aplicadas ou adaptadas a outras organizações no seu processo de inovação e gestão de marcas. Neste sentido, importante destacar que, nos casos estudados, a inovação incremental é dominante; há prevalência do estágio em que as inovações de sucesso melhoram a percepção de marca, a atitude e o uso dos consumidores; e as empresas estudadas puderam ser distribuídas em duas das possibilidades de inovação propostas por Brexendorf et al. (2015): follower brands e craft-designer led brands.
Palavras-chave:
Citação ABNT:
BEVILACQUA, R.; FREITAS, V.; PAULA, V. A. F. Inovação e Marcas: A Perspectiva dos Gestores em Estudo de Casos Múltiplos no Triângulo Mineiro. Brazilian Business Review, v. 17, n. 6, p. 686-705, 2020.
Citação APA:
Bevilacqua, R., Freitas, V., & Paula, V. A. F. (2020). Inovação e Marcas: A Perspectiva dos Gestores em Estudo de Casos Múltiplos no Triângulo Mineiro. Brazilian Business Review, 17(6), 686-705.
DOI:
http://dx.doi.org/10.15728/bbr.2020.17.6.5
Link Permanente:
https://www.spell.org.br/documentos/ver/60942/inovacao-e-marcas--a-perspectiva-dos-gestores-em-estudo-de-casos-multiplos-no-triangulo-mineiro/i/pt-br
Tipo de documento:
Artigo
Idioma:
Português
Referências:
Aaker, D. A. (2004). Leveraging the corporate brand. California management review, 46(3), 6-18.

Alves, F. O.; Barbosa, D. D. G. (2017). A força do Triângulo Mineiro. http://www.indi.mg.gov.br/a-forca-do-triangulo-mineiro/

Bagga, C. K.; Noseworthyb, T. J.; Dawar, N. (2016). Asymmetric consequences of radical innovations on category representations of competing brands. Journal of Consumer Psychology, 26(1), 29-39.

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. (Rev. Ed.). São Paulo: Edições 70.

Bauer, M. W. (2002). Análise de conteúdo clássica: uma revisão. In: M. W. Bauer & G. Gaskell. (Eds.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes.

Bauer, M. W.; Gaskell, G.; Allum, N. C. (2002). Qualidade, quantidade e interesses do conhecimento: evitando confusões. In: M. W. Bauer & G. Gaskell. (Eds.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes.

Bers, J. A.; Dismukes, J. P.; Miller, L. K.; Dubrovensky, A. (2009). Accelerated radical innovation: Theory and application. Technological Forecasting and Social Change, 76(1), 165-177.

Beverland, M. B. (2005). Managing the design innovation–brand marketing interface: Resolving the tension between artistic creation and commercial imperatives. Journal of Product Innovation Management, 22(2), 193-207.

Beverland, M. B.; Napoli, J.; Farrelly, F. (2010). Can all brands innovate in the same way? A typology of brand position and innovation effort. Journal of Product Innovation Management, 27(1), 33-48.

Bhat, B.; Bowonder, B. (2001). Innovation as an enhancer of brand personality: Globalization experience of titan industries. Creativity and Innovation management, 10(1), 26-39.

Birkinshaw, J.; Hamel, G.; Mol, M. J. (2008). Management innovation. Academy of management Review, 33(4), 825-845.

Brexendorf, T. O.; Bayus, B.; Keller, K. L. (2015). Understanding the interplay between brand and innovation management: findings and future research directions. Journal of the Academy of Marketing Science, 43(5), 548-557.

Campos, B.; Ruiz, A. U. (2009). Padrões setoriais de inovação na indústria brasileira. Revista Brasileira de Inovação, 8(1), 167-210.

Creswell, J. W. (2007). Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto 2 ed.). Porto Alegre: Artmed.

Damanpour, F.; Gopalakrishnan, S. (2001). The dynamics of the adoption of product and process innovations in organizations. Journal of management studies, 38(1), 45-65.

FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos. (2005). Manual de Oslo. http://www.finep.gov.br/images/apoio-e-financiamento/manualoslo.pdf

Füller, J.; Matzler, K.; Hoppe, M. (2008). Brand community members as a source of innovation. Journal of Product Innovation Management, 25(6), 608-619.

Galbraith, J. R. (1999). Designing the innovation organization.[CEO Publication G 99-7 (366)]. Center for effective organizations (CEO), Los Angeles, CA-USA: CEO.

Gaskell, G. (2002). Entrevistas individuais e grupais. In: M. W. Bauer & G. Gaskell (Eds.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes.

Gatignon, H.; Tushman, M. L.; Smith, W.; Anderson, P. (2002). A structural approach to assessing innovation: Construct development of innovation locus, type, and characteristics. Management science, 48(9), 1103-1122.

Gehlhar, M. J.; Regmi, A.; Stefanou, S. E.; Zoumas, B. L. (2009). Brand leadership and product innovation as firm strategies in global food markets. Journal of Product & Brand Management, 18(2), 115-126.

Goodman, L. A. (1961). Snowball sampling. The annals of mathematical statistics, 148-170.

Grębosz, M. (2017). The Character of Brands Positioning Messages of Selected Innovative Companies. Handel Wewnętrzny, 5 (370), 180-189.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2016). Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC). Recuperado em Fevereiro, 2017, de http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/pintec/2014/default.shtm

Lin, Y. H. (2015). Innovative brand experience’s influence on brand equity and brand satisfaction. Journal of Business Research, 68, 2254-2259.

Lüdke, M.; André, M. E. D. A. (1986). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU.

Mack, T.; Landau, C. (2015). Winners, losers, and deniers: Self-selection in crowd innovation contests and the roles of motivation, creativity, and skills. Journal of Engineering and Technology Management, 37, 52-64.

Macrae, C.; Uncles, M. D. (1997). Rethinking brand management: the role of 'brand chartering'. Journal of Product & Brand Management, 6(1), 64-77.

Mahr, D.; Lievens, A.; Blazevic, V. (2014). The value of customer cocreated knowledge during the innovation process. Journal of Product Innovation Management, 31(3), 599-615.

Maldonado-Guzman, G.; Pinzon-Castro, S. Y.; Popoca-Zamarripa, J. L. (2019). Brand Equity and Service Innovation in Mexican Small Firms. Journal of Economics and Business, 2(4), 1176-1184.

Moch, M. K.; Morse, E. V. (1977). Size, centralization and organizational adoption of innovations. American sociological review, 716-725.

Mohr, L. B. (1969). Determinants of innovation in organizations. American political science review, 63(1), 111-126.

Morgan, G. (2007). Paradigmas, metáforas e resolução de quebra-cabeças na teoria das organizações. In M. P. Caldas & C. O. Bertero. (Coords.). Teoria das organizações São Paulo: Atlas.

Muniz, K. M.; Marchetti, R. Z. (2012). Brand personality dimensions in the Brazilian context. BAR Brazilian Administration Review, 9(2), 168-188.

Nguyen, B.; Yu, X.; Melewar, T. C.; Chen, J. (2015). Brand innovation and social media: Knowledge acquisition from social media, market orientation, and the moderating role of social media strategic capability. Industrial Marketing Management, 51, 11-25.

Pappu, R.; Quester, P. G. (2016). How does brand innovativeness affect brand loyalty? European Journal of Marketing, 50(1/2), 2-28.

Parolin, S. R. H. (2013). Estudo multicasos sobre atividades inovativas. Revista de Administração RAUSP, 48(3), 608-620.

Pellizzoni, E.; Buganza, T.; Colombo, G. (2015). Motivation orientations in innovation contests: Why people participate. International Journal of Innovation Management, 19(04), 1550033.

Pihlajamaa, M. (2017). Going the extra mile: Managing individual motivation in radical innovation development. Journal of Engineering and Technology Management, 43, 48-66.

Rao, V. R.; Agarwal, M. K.; Dahlhoff, D. (2004). How is manifest branding strategy related to the intangible value of a corporation?. Journal of Marketing, 68(4), 126-141.

Rimoli, C. A.; Noronha, L. E. P.; Serralvo, F. A. (2013). Aspectos de inovação e de redes que afetam a imagem da marca: o caso Harley-Davidson e Buell. REAd-Revista Eletrônica de Administração, 19(2), 401-432

Sanchez, R. (2004). Conceptual analysis of brand architecture and relationships within product categories. Journal of Brand Management, 11(3), 233-247.

Schaarschmidt, M.; Kilian, T. (2014). Impediments to customer integration into the innovation process: A case study in the telecommunications industry. European Management Journal, 32(2), 350-361.

Schmidt, R. C. (2013). Price competition and innovation in markets with brand loyalty. Journal of Economics, 109(2), 147-173.

Schumpeter, J. A. (1939). Business Cycles: a theoretical, historical, a statistical analisys of the capitalist process. New York: McGraw-Hill.

Sharma, P.; Davcik, N. S.; Pillai, K. G. (2016). Product innovation as a mediator in the impact of R&D expenditure and brand equity on marketing performance. Journal of Business Research, 69, 5662–5669.

Silva, C. H. P. da.; Paula, V. M. F.; Paula, V. A. F. (2017). Marcas inovadoras: como os consumidores percebem a inovação. Revista Brasileira de Marketing, 16(1), 83-97.

Teh, C. C.; Marx, R. (2012). A relação entre competências organizacionais e os resultados dos processos de inovação. Revista Brasileira de Estratégia, 5(2), 157-163.

Testa, M. G.; Luciano, E. M.; Jaeger Neto, J. I. (2013). Identificando o Potencial de Inovação das organizações por meio da análise do portfólio de projetos de Tecnologia da Informação. Gestão & Produção, 23(3), 495-510.

Tironi, L. F.; Cruz, B. D. O. (2008). Inovação incremental ou radical: há motivos para diferenciar?Uma abordagem com dados da PINTEC.

Triviños, A. N. S. (1987). Introdução à pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas.

Urde, M. (2003). Core value-based corporate brand building. European Journal of marketing, 37(7/8), 1017-1040.

Utterback, J. M.; Abernathy, W. J. (1975). A dynamic model of process and product innovation. Omega, 3(6), 639-656.

Van de Ven, A. H. (1986). Central problems in the management of innovation. Management science, 32(5), 590-607.

Weerawardena, J.; O’Cass, A.; Julian, C. (2006). Does industry matter?Examining the role of industry structure and organizational learning in innovation and brand performance. Journal of business research, 59(1), 37-45.

Yin, R. K. (2010). Estudo de caso: planejamento e métodos. 4 ed. Porto Alegre: Bookman.