Gestão cultural em negócios familiares

ID:
7815
Resumo:
O principal objetivo deste artigo é analisar como a evolução da cultura organizacional pode influenciar no desempenho comercial. Uma estrutura teórica foi desenvolvida com base em uma análise crítica da literatura relacionada à cultura organizacional e modelos de gestão de sucessão em negócios familiares. Uma única metodologia de estudo de caso foi adotada com base em dados primários e secundários obtidos através de uma pesquisa documental, observação e entrevistas no Guapo Loco, uma rede brasileira de restaurantes / bares temáticos mexicanos, que é uma empresa familiar fundada no Rio de Janeiro em 1996. Nos concentramos em sua trajetória de liderança e suas implicações no ciclo de vida dos negócios familiares, o sonho e a visão do fundador, sucessão e dificuldades de gestão cultural. Concluímos que é possível uma organização ficar aprisionada pela sua formação cultural. Observaremos que, conforme esta atinge a maturidade, as dimensões organizacionais, familiares e acionárias precisam se adaptar de modo semelhante. Nesta etapa, a cultura organizacional pode deixar de ser funcional, arriscando a sobrevivência da organização.
Citação ABNT:
TOMEI, P. A.; FERRARI, P. J. Gestão cultural em negócios familiares. Brazilian Business Review, v. 7, n. 3, p. 24-46, 2010.
Citação APA:
Tomei, P. A., & Ferrari, P. J. (2010). Gestão cultural em negócios familiares. Brazilian Business Review, 7(3), 24-46.
Link Permanente:
https://www.spell.org.br/documentos/ver/7815/gestao-cultural-em-negocios-familiares/i/pt-br
Tipo de documento:
Artigo
Idioma:
Português
Referências:
ADIZES, L. Organizational passages:diagnosing and treating life cycle problems in organizations. Organizational Dynamics, v.8, n. 1, 1979.

ANDREWS, William A.;DOWLING, Michael J. Explaning performance changes in newly privatized firms. Journal of Management Studies, Sep.1998.

ARRIGHI, Giovanni. O Longo século XX: dinheiro, poder e as origens de nosso tempo. Rio de Janeiro: Contraponto,1996.

BARROS, B. T. de; PRATES, M.A. S. O Estilo brasileiro de administrar. São Paulo: Atlas, 1996.

CANCLINI, N. G. A Globalização imaginada.São Paulo: Editora Iluminuras, 2003.

CRUZ NETO, Otávio. O Trabalho de campo como descoberta e criação. In: SEIFFERT, Peter Quadros. Modelo de gestão humana para empresas intensivas emcapital intelectual: um ensaio na Embraer S.A. 2002. Tese. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, 2002.

DAFT, R. Organizações, teorias e projetos.São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2008.

DAVIS, J. et al. Generation to generation: life cycle of family business. HBS Press Book, 1997.

DEAL, T.; KENNEDY, A. Corporate culture.Massachusetts: Addison-Wesley, 1982.

DENISON, Daniel R.; MISHRA, Aneil K. Toward a theory of organizational culture and effectiveness. Organization Science, v. 6, n. 2, mar./apr. p. 204-223, 1995.

DESSLER, G. Winning commitment.New York: McGraw Hill, 1993.

DONNELLY, R. The Interrelationship of planning withcorporate culture on the creation of shared values. Managerial Planning, v. 32, may./jun. 1984.

ENRIQUEZ, Eugene. L´individu pris au piège de l’entreprise stratégique. Revue Conexions, Paris, v. 54, 1989.

FREITAS, M. E. Cultura organizacional: formação, tipologias e impacto. São Paulo: Ed. Makron Books, 1991.

GOFFEE, Rob; JONES, Gareth. What holds the modern company together? Harvard Business Review, nov./dec., p. 133-148, 1996.

GREINER, L. E. Evolution and revolution as organizations grow. Harvard Business Review, v. 50, n. 3, 1972.

HAMEL, G.; PRAHALAD, C. K. Do You really have a global strategy? In: OHMAE, K. The Evolving global economy. Harvard Business Review Book. Jul/ago. 1985.

HANDY, C. Deuses da administração:como enfrentar as constantes mudanças da cultura empresarial. São Paulo: Saraiva, 1979.

HARVEY, David. Condição pós-moderna. São Paulo: Edições Loyola, 1992.

HOFSTEDE, G. Culturas e organizações:compreender a nossa programação mental. Lisboa: Edições Silabo, 1991.

HSM Management. Empresas Familiares – O Desafio da Continuidade. Nov-Dez. 2003.

JENSEN, M. Agency costs of free cash flow, corporate finance, and takeovers. American Economic Review, 76, p. 323-329, 1986.

KOTABE, M.; HELSEN, K. Administração de marketing global.São Paulo: Atlas, 2000.

KOTLER, P. Marketing para o século XXI:como criar, conquistar e dominar mercados. São Paulo: Futura, 1999.

LANSBERG, I. The Succession conspiracy. Family Business Review, v. 1, n. 2, p. 119-143, Summer 1988.

LIPTON, M. Guiding growth: how vision keeps companies on course. Boston, Massachusetts: Harvard Business School Press, 2003.

MARCOULIDES, George E.; HECK, Ronald H. Organizational culture and performance: proposing and testing a model. Organizational Science, v. 4, n. 2, maio. 1993.

PETTIGREW, A. M. On Studying organizational cultures. Administrative Science Quarterly, v. 24, n. 4, p. 570-81, 1979.

QUINN, James Brian. Strategic change: logical incrementalism. Management Review, 1998.

QUINN, R. E.; CAMERON, K. S. Diagnosing and changing organizational culture:based on the competing values framework. San Francisco: Jossey-Bass, 2006.

QUINN, R. E.; ROHRBAUGH, J. A Spatial model of effectiveness criteria: towards a competing values approach to organizational analysis. Management Science, v. 29, n. 3, p. 363-377, 1983.

SAFFOLD, Guy S. Culture traits, strength, and organizational performance: moving beyond “strong” culture. The Academy of Management Review, v. 13. n. 4, p. 546-558, oct. 1988.

SCHEIN, E. H. Coming to a new awareness of organizationalculture. Sloan Management Review, v. 25, n. 2, p. 3-16, 1984.

SCHEIN, E. H. How culture forms, develops, and changes. In: KILMANN. et al. Gaining control of the corporate culture. São Francisco: Jossey-Bass, 1985.

SCHEIN, E. H. Legitimating clinical research in the studyof organizational culture. Journal of Counseling & Development,v. 71, n. 6, p. 703, jul./aug. 1993.

SCHEIN, E. H. Organizational culture and leadership.São Francisco: Jossey-Bass, 1985.

SCHEIN, E. H. Organizational culture. The American Phychologist, v. 45, n. 2, p. 109-119, 1990.

SCHEIN, E. H. The Role of the founder in creating organizational culture. Organizational Dynamics, p. 13-28, summer. 1983.

SCHEIN, E. H. What You need to know about organizational culture. Training & Development Journal,v. 40, n. 1, p. 30, jan. 1986.

SCHWARTZ, S. H. A Theory of cultural values and some implications for work. Applied Psychology: an International Review, v. 48, n. 1, p. 23-47, 1999.

SEIFFERT, Peter Quadros. Modelo de gestão humana para empresas intensivas em capital intelectual:um ensaio na Embraer S.A. 2002. Tese. UniversidadeFederal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, 2002.

SETHIA, N.; VON GLINOW, M. A. Arriving at four cultures by managing the reward system. In: KILMANN et al. Gaining Control of the Corporate Culture.San Francisco: Jossey Bass, 1985.

TOMEI, P. A. Cultura organizacional e mudança organizacional. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio, 2008.

TOMEI, P.; ADELSON, A. Sedução dos modismos. Rio de Janeiro: Makron Books, 1997.

TOMEI, P. A.; HILAL, A. Seductive leadership and culture of the ephemeral: case sutdy the devil wears Prada . In: GLOBAL BUSINESS AND TECHNOLOGY ASSOCIATION 2006 INTERNATIONAL CONFERENCE, 2006, Russia. Anais…Russia: ANSIA GBATA READINGS BOOK.

TOMEI, P. A.; RUSSO G.; ANTONACCIO, C. Cultura empreendedora.Rio de Janeiro: Ed. Office Book, 2008

TROMPENAARS, F. Nas Ondas da cultura:como entender a diversidade cultural nos negócios. São Paulo: Educator, 1994.

VAKALOULIS, M. Le Capitalisme post-moderne:elements pour une critique sociologique. Paris: Presses Universitaires de France, 2001.

VIDIGAL, A. C. Viva a empresa familiar! Rio de Janeiro: Rocco, 1996.

ZAGO, C. C. Modelo de arquitetura da cultura organizacional.2000. Dissertação. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, 2000.