Análise da relação entre percepção da corrupção e felicidade autorreportada na américa latina Outros Idiomas

ID:
78499
Resumo:
O nível de bem-estar da população é parâmetro fundamental para que seja possível qualificar o processo de desenvolvimento econômico de determinado país. Por se tratar de um fator subjetivo e de difícil mensuração, empiricamente, o nível de bem-estar tem como proxy usual a felicidade autorreportada pelos indivíduos. Nesse sentido, a Economia da Felicidade vem ganhando espaço como uma corrente que procura relacionar fatores socioeconômicos ao nível de bem-estar autorreportado. Destarte, no presente estudo, buscou-se analisar a relação entre percepção das práticas de corrupção, relacionadas tanto ao setor público quanto privado e à sociedade em geral, dos indivíduos latino-americanos sobre sua felicidade autorreportada, por meio da estimação de um modelo econométrico Probit Ordenado, empregando-se dados obtidos na 7ª Onda da World Values Survey (WVS), realizada entre os anos de 2017 e 2022. Como resultados, foi possível verificar que a percepção da corrupção não é capaz de exercer influência significativa sobre a felicidade autorreportada.
Citação ABNT:
FRANCHINI, M. D. G.; TEIXEIRA, E. C.; SOARES, L. S. A. Análise da relação entre percepção da corrupção e felicidade autorreportada na américa latina. Revista de Administração, Contabilidade e Economia da FUNDACE, v. 15, n. 3, p. 0-0, 2024.
Citação APA:
Franchini, M. D. G., Teixeira, E. C., & Soares, L. S. A. (2024). Análise da relação entre percepção da corrupção e felicidade autorreportada na américa latina. Revista de Administração, Contabilidade e Economia da FUNDACE, 15(3), 0-0.
DOI:
10.13059/racef.v15i3.1223
Link Permanente:
https://www.spell.org.br/documentos/ver/78499/analise-da-relacao-entre-percepcao-da-corrupcao-e-felicidade-autorreportada-na-america-latina/i/pt-br
Tipo de documento:
Artigo
Idioma:
Português
Referências:
AKKAYA, B. The Mediator Role of Economic Freedom in the Effect of Corruption Perception on National Happiness: A Case of World Countries. Izmir Journal of Economics, v. 37, p. 760-777, 2022.

ALTINDAG, D. T.; XU, J. Life Satisfaction and Preferences over Economic Growth and Institutional Quality. Journal of Labor Research, v. 38, n. 1, p. 100-121, 2016.

ARVIN, M.; LEW, B. Does income matter in the happiness-corruption relationship? Journal of Economic Studies, 41, ed. 3, p. 469-490, 2014.

AYDOS, L. R.; FIGUEIREDO NETO, L. F.; TEIXEIRA, W. M. Análise dos determinantes do nível de felicidade subjetiva: uma abordagem local. Interações, v. 18, p. 137-150, 2016.

BELLO E VILLARINO, J. M. Measuring Corruption: A Critical Analysis of the Existing Datasets and Their Suitability for Diachronic Transnational Research. Social Indicators Research, v. 157, n. 2, p. 709–747, 2021.

BLANCHFLOWER, D. G., OSWALD, A. J. Hypertension and happiness across nations. Journal of Health Economics, v. 27, n. 2, p. 218–233, 2008.

BOTA-AVRAM, C. The Impact of Corruption on Human Well-Being Within an Economic Framework: Evidence from a Cross-National Study. In: ACHIM, M. V. Economic and Financial Crime, Sustainability and Good Governance. [S. l.: s. n.], 2023. cap. 6, p. 127-150. E-book (406 p.), 2023.

CAMPBELL, A.; CONVERSE, P. E.; RODGERS, W. L. (1976). The Quality of American Life: Perceptions, Evaluations, and Satisfactions. Russell Sage Foundation.

CAMPETTI, P. H. M.; ALVES, T. W. Economia da Felicidade: Estudo empírico sobre os determinantes da felicidade em países selecionados da América Latina. Revista Pesquisa e Debate, v. 26, n. 1, p. 99-123, 2015.

CHARRON, N. Do corruption measures have a perception problem? Assessing the relationship between experiences and perceptions of corruption among citizens and experts. European Political Science Review, v. 1, n. 1, p. 1–25, 2015.

CORBI, R. B.; MENEZES-FILHO, N. A. Os determinantes empíricos da felicidade no Brasil. Revista de Economia Política, v. 26, n. 4, p. 518-536, 2006.

demography. Journal of Economic Psychology, v. 27, n. 4, p. 463-482, 2006.

DIENER, E.; SUH, E. M.; LUCAS, R. E.; SMITH, H. L. Subjective Weil-Being: Three Decades of Progress. American Psychological Association, v. 125, n. 2, p. 276-302, 1999.

DIENER, E.; SUH, E. M.; OISHI, S. Recent Findings on Subjective Well-Being. Indian Journal of Clinical Psychology, v. 24, n. 1, p. 25-41, 1997.

EASTERLIN, R. Does economic growth improve the human lot? Some empirical evidence. Social Indicators Research, v. 8, n. 2, p. 199-221, 1980.

FREY, B. S. Happiness Research in Economics – A Revolution? Cambridge: The MIT Press, 2008.

GOLDSTEIN, D. M.; DRYBREAD, K. The social life of corruption in Latin America. Culture, Theory and Critique, v. 59, p. 299-311, 2018.

GRAHAM, C. Adaptation amidst Prosperity and Adversity: Insights from Happiness Studies from around the World. The World Bank Research Observer, v. 26, n. 1, p. 105–137, 2010.

GRAHAM, C.; FELTON, A. Inequality and happiness: Insights from Latin America. Journal of Economic Inequality, v. 4, n. 1, p. 107-122, 2006.

HAYASHI, F. E. H. O impacto da corrupção sobre o desenvolvimento dos países. In XXI Congresso Nacional do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Direito – CONPEDI, 2010.

HELLIWELL, J. F.; PUTNAM, R. D. The social context of well–being. The Royal Society, v. 359, n. 1449, p. 1435–1446, 2004.

HELLIWELL, J.; LAYARD, R.; SACHS, J. (Eds.). World Happiness Report. New York: The Earth Institute, 2012.

HÖLLINGER, F.; HALLER, M. Kinship and social networks in modern societies: a cross-cultural comparison among seven nations. European Sociological Review, v. 6, n. 2, p. 103-124, 1990.

ISLAM, G.; WILLS-HERRERA, E.; HAMILTON, M. Objective and subjective indicators of happiness in Brazil: the mediating role of social class. Journal of Social Psychology, v. 149, n. 2, p. 267-272, 2009.

LIMA, S.V. Economia e Felicidade: um estudo empírico dos determinantes da felicidade no Brasil. 2007. 93f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2007.

LI, Q.; AN, L. Corruption Takes Away Happiness: Evidence from a Cross-National Study. Journal of Happiness Studies, v. 21, p. 485–504, 2019.

LOPES, L. S.; TOYOSHIMA, S. H. Evidências do impacto da corrupção sobre a eficiência das políticas de saúde e educação nos estados brasileiros. Planejamento e Políticas Públicas, n. 41, p. 199-228, 2013.

LYUBOMIRSKY, S.; TKACH, C.; DIMATTEO, M. What are the differences between happiness and selfesteem? Social Indicators Research, v. 78, p. 363-404, 2006.

MORRIS, S. D. Corruption in Latin America. The Latin Americanist, v. 49, n. 2, p. 5-16, 2008.

NERY, P. F. Economia da Felicidade: Implicações para Políticas Públicas. Brasília: Núcleo de Estudos e Pesquisas/CONLEG/Senado, 2014 (Texto para Discussão nº 156). Disponível em: .

RIBEIRO, C. A. C. Renda, Relações Sociais e Felicidade no Brasil. Dados, v. 58, n. 1, p. 37-78, 2015.

RODRIGUES, A.; SILVA, J. A. da. O papel das características sociodemográficas na felicidade. Psico-USF, v. 15, n. 1, p. 113-123, 2010.

ROJAS, M. Corruption and Weak Institutions. In: ESTE, R. J.; SIRGY, M. J. (Eds.). Human Well-Being and Policy Making. Springer, cap. 11, p. 155-164, 2020.

SANTOS, A. S. Capítulo I: Revisão bibliográfica. In: SANTOS, A. S. Economia da felicidade: determinantes da felicidade e a influência das dimensões socioculturais. Um estudo multicultural. 2015. Tese (Doutorado em Economia) Universidade Autónoma de Lisboa, p. 353, 2015.

SANTOS, E. R.; NETO, H. A.; PASE, H. L.; SILVA, F. H. M. Democracia e corrupção na América Latina. Revista de Políticas Públicas, v. 26, n. 2, p. 582-597, 2022.

SATROVIC, E.; CETINER, O.; MUSLIJA, A. Whether control of corruption matters for happiness: evidence from panel data analysis. PressAcademia, v. 7, n. 1, p. 381-387, 2018.

STUTZER, A.; FREY, B. S. Reported Subjective Well-Being: A Challenge for Economic Theory and Economic Policy. Schmollers Jahrbuch, v. 124, n. 2, p. 191-231, 2004.

SULEMANA, I. Do Perceptions about Public Corruption Influence Subjective Well-being? Evidence from Africa. In: ADKINS, V. (Ed.). Subjective Well-Being Psychological Predictors, Social Influence and Economical Aspects. United Kingdom: Nova Science Publishers, 2015.

TANZI, V.; Corruption, Governmental Activities, and Markets. The Economics of Organized Crime, e Economia da Fundace. v. 15, n. 3, p. 171-191, 2024. Cambridge: Cambridge University Press, 1995.

UNODC. (2013). United Nations Office on Drugs and Crime. Countering Corruption. Disponível em: .

YAN, B.; WEN, B. Income inequality, corruption and subjective wellbeing. Applied Economics, v. 52, p. 1311-1326, 2019.