Boticas e o “Vinho dos Mortos”: Reforçar a Identidade Cultural do Território na Experiência de Enoturismo Outros Idiomas

ID:
45920
Resumo:
Propósito justificado do tema: - O território de Boticas (Norte Portugal), embora de baixa densidade populacional é visto como um espaço de valorização do património cultural, ao integrar de forma harmoniosa o seu ecossistema de enoturismo através de várias dinâmicas potenciadoras dos recursos endógenos, resultando num reforço da identidade e singularidade culturais. Objetivo: - O objectivo deste trabalho é mostrar o “vinho dos mortos” como uma tradição vitivinícola peculiar e um símbolo da astúcia e sobrevivência do povo de Boticas, tendo surgido no período da 2ª Invasão Francesa (1808). O seu nome resultou do facto do vinho ter sido enterrado no chão das adegas, no saibro, debaixo das pipas e dos lagares para salvaguardar o património do saque dos soldados franceses. Design/Metodologia e abordagem: - No estudo foram utilizadas duas metodologias qualitativas: MatrizPCI (Matriz Património Cultural Imaterial) para inventariação dos recursos endógenos, seguindo as orientações da UNESCO quanto à “Salvaguarda de Património Cultural” e o modelo dos 6 A’s de Buhalis para o reconhecimento dos atributos do destino turístico e sustentar a propostas de criação de valor na experiência de Enoturismo. Resultados: - Os resultados mostram Boticas como um espaço geográfico multifuncional onde as suas características/atributos endógenos asseguram um posicionamento privilegiado e competitivo no quadro do turismo de vinho. Originalidade do documento: Este trabalho é original quanto ao tema e enquadramento.
Citação ABNT:
SALVADO, J. O.Boticas e o “Vinho dos Mortos”: Reforçar a Identidade Cultural do Território na Experiência de Enoturismo . Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, v. 11, n. 2, p. 294-319, 2017.
Citação APA:
Salvado, J. O.(2017). Boticas e o “Vinho dos Mortos”: Reforçar a Identidade Cultural do Território na Experiência de Enoturismo . Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, 11(2), 294-319.
DOI:
http://dx.doi.org/10.7784/rbtur.v11i2.1304
Link Permanente:
https://www.spell.org.br/documentos/ver/45920/boticas-e-o----vinho-dos-mortos-----reforcar-a-identidade-cultural-do-territorio-na-experiencia-de-enoturismo--/i/pt-br
Tipo de documento:
Artigo
Idioma:
Português
Referências:
Asero, V. & Patti, S. (2009). From Wine Production to Wine Tourism Experience: the Case of Italy. American Association of Wine Economists, Disponible in: http://www.wine-economics.org/workingpapers/AAWE_WP52.pdf.

Bengtsson, M.; Kock, S. (1999). Cooperation and Competition in relationships between competitors in business networks. The Journal of Business & Industrial Marketing, 14(3), 178-196.

Bradenburger, A. M.; Nalebuff, B. J. (1996). Coopetition. New York: Doubleday.

Brunet, R. (1990). Le territoire dans les turbulences. Paris: Reclus. p. 224.

Buhalis, D. (2003). eTourism: information technology for strategic tourism management. Pearson (Financial Times/Prentice Hall), London. ISBN 0582357403

Carlan, C. (2012). Vinho: Comércio e Poder no Mundo Antigo. In: Candido, Maria Regina (Org.)

Chuck Y. (1997). International Tourism: a Global Perspective. World Tourism Organization (WTO) Publications, Madrid.

Cole, S. T.; Chancellor, H. C. (2009). Examining the festival attributes that impact visitor experience, satisfaction and revisit intention. Journal of Vacation Marketing, v. 15, pp. 323-333.

Cooper, C.; Hall, C.; M. (2008). Contemporary Tourism. Routledge Taylor & Francis Group.

Costa, A. (2007). O Enoturismo em Portugal: o caso das Rotas do Vinho. Revista da Ciência da Administração, v. 1, jan./jun. Universidade de Pernambuco: versão electrónica.

Deloitte Vintur Project. (2005). European Enotourism Handbook. Project: “VINTUR”.

Demangeon, Albert. (1982). Uma definição da Geografia Humana. In: Christofoletti, Antonio. (Org.). Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel. European Charter on Oenotourism. (2006). http://www.recevin.net/userfiles/file/VINTUR/Charte_EN.pdf. accessed in 2-10-2015.

Eusébio, C.; Kastenholz, E.; Breda, Z. (2016). Tourism and Sustainable Development of Rural Destinations. In: Kastenholz, E.; Carneiro, M. J.; Eusébio, C. & Figueiredo, E. (Ed). 2016. Meeting Challenges for Rural Tourism through Co-Creation of Sustainable Tourist Experiences. Cambridge Scholars Publishing

Getz, D. (2000). Explore Wine Tourism: management, development & destinations. Cognizant Communication Corp.

Goeldner, R.; Ritchie, B. (2006). Tourism: Principles, Practices, Philosophies. Hoboken (NJ): John Wiley & Sons. 10 ed.

Hill, M.; Hill, A. (2000). Investigação por Questionário. Lisboa: Edições Sílabo Lda.

Hobsbawn, E. (1977). A era das revoluções. Ed. Paz e Terra. pp. 71-95.

Hobsbawn, E. (1996). A revolução francesa. Ed. Paz e Terra.

Howley, M. & Westering, J. (2008). Developing wine tourism: A case study of the attitude of English wine producers to wine tourism. Journal of Vacation Marketing, 14(1), 87-95.

Inácio, A. (2008). O Enoturismo em Portugal: da “Cultura” do vinho ao vinho como cultura. Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras. Departamento Geografia. Tese doutoramento.

INE, I. P.; (2015). Anuário Estatístico da Região Norte. Statistical Yearbook of Norte Region 2015. Statistics Portugal.

Jollivet, M. & Pavé, A. (2000). O meio ambiente: questões e perspectivas para a pesquisa. In: Vieira, P. F. & Weber, J. (orgs). Gestão de recursos naturais renováveis e desenvolvimento. Novos desafios para a pesquisa ambiental. São Paulo: Cortez. p. 115-146. 2000.

Kastenholz, E.; Eusébio, C.; Figueiredo, E.; Lima, j. (2014). Reinventar o turismo rural em Portugal - cocriação de experiências turísticas sustentáveis. UA Editora - Universidade de Aveiro, Serviços de Biblioteca, Informação Documental e Museologia.

Kuper, A. (1999). Culture: the anthropologist’s account. Cambridge: Harvard University Press.

Lado, A. A.; Boyd, N. G.; Hanlon, S. C. (1997). Competition, Cooperation, and the Search for Economic Rents: a syncretic model. Academy of Management Review, n. 1, pp.110-141.

Lefebvre, Henri. (1976). Espacio y Política. Barcelona: Peninsula.

Mason, R.; Torre, M. (2000). Valores e conservação do património nas sociedades em processo de globalização. Informe Mundial sobre a Cultura 2000, Brasil. São Paulo: UNESCO/Editora Moderna Lda. pp. 170-186.

Matos, M.; (2013). Governança e Políticas Públicas em Territórios de Baixa Densidade. Dissertação de Mestrado. Lisboa: ISCTE-IUL. Acessível em https://repositorio.iscte-iul.pt/bitstream/10071/7357/1/Dissertacao%20Concei%C3%A7aoMatos%20-%20Governan%C3%A7a%20e%20PP%20em%20TBD %20%20Sem%20CV.pdf.

Montanari, M. (2008). Sistemas Alimentares e Modelos de Civilização. In Flandrin, J.; Montanari, M. História da alimentação: dos primórdios à Idade Média. 2. ed. Lisboa: Terramar, pp. 91-101.

Moreira, Ruy (1982). Repensando a Geografia. In: SANTOS, Milton (Org.). Novos rumos da Geografia brasileira. São Paulo: Hucitec.

Moutinho, R. & Manso, J. (2015). Políticas Públicas para os territórios de baixa densidade no contexto da agenda 2020. In: P. Neto & M. M. Serrano (Ed.), Políticas Públicas, Economia e Sociedade. pp. 313-347. Alcochete: Smartbook.

Nd. (2016). CAOP - Carta Administrativa Oficial de Portugal. Disponible: http://www.dgterritorio.pt/cartografia_e_geodesia/cartografia/carta_administrativa_oficial_de_portugal__caop_/caop_em_vigor/. Acesso 23-12-2016.

Oliveira, A.; Rodrigues, A.; Cantanhede, F. (2005). História e Geografia de Portugal 6º ano, v. 2, Lisboa, Texto Editora,p. 33.

Oliveira Jorge, V. (2005). Espaço, meio, paisagem, território, região e lugar na experiência de um arqueólogo: alguns contributos reflexivos. Trabalhos de Antropologia e Etnologia. v. 45, 159-172.

Pecqueur, B. (2000). Qualite et développement-L’hypothese du panier de biens. In: Symposium sur le développement regional. INRA-DADP. Montpellier.

Saayman, M.; van der Merwe, A. (2014). Factors determining visitors' memorable winetasting experience at wineries. Anatolia: An International Journal of Tourism and Hospitality Research, 26(3), 372-383.

Sabourin E. (2002). In: Sabourin Eric (ed.), Teixeira Olivio Alberto (ed.). Planejamento e desenvolvimento dos territorios rurais : Conceitos, controvérsias e experiências. Petrolina: EMBRAPA. p. 21-37.

Salvado, J. O. M. G. (2016). Enotourism ecosystem: stakeholders´coopetition model proposal. Tourism and Hospitality International Journal, 6(2), 77-93. http://www.isce-turismo.com/static/files/5d707f90-THIJ-vol-6-n-2.pdf.

Santos, Milton. (1999). A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 3 ed. São Paulo: Hucitec.

Santos, N.; Cunha, L. (2008). Novas oportunidades para o espaço rural. Análise exploratória no Centro de Portugal. In: N. Santos e A. Gama. Lazer. Da libertação do tempo à conquista das práticas. Coimbra: Imprensa da Universidade. pp. 209-225.

Silva, A.; Lima, F. & Chamusca, P.; (2010). Estratégias de eficiência colectiva em territórios de baixa densidade: reflexões a propósito do MinhoLima e do Tâmega. XII Colóquio Ibérico de Geografia p. 3-8. Acessível em http://web.letras.up.pt/xiicig/comunicacoes/151.pdf.

Silva, J. (2012). Primeira Invasão Francesa 1807-1808 : A invasão de Junot e a revolta popular. Instituto estudos académicos para seniores. Academia das Ciências de Lisboa (ACL).

TP-Turismo de Portugal. (2013). Plano Estratégico para o Turismo. Lisgráfica, Impressão; Artes Gráficas, S.A.: Lisboa.

TP-Turismo de Portugal. (2015). Estudo Satisfação do Turista no Iverno 2015. http://www.turismodeportugal.pt/Português/ProTurismo/estatísticas/EstudosdeSatisfacaodosTuristas/Documents/Inquérito%20a%20Turistas%20CI_vaga%20inverno%202015.pdf.

Unesco. (2006). The Intangible Heritage Messenger, n.º 1, Paris, UNESCO, Fev. 2006. http://unesdoc.unesco.org/images//0014/001445/144569e.pdf . Acesso em 1212-2015).

Urry, J. (1999). O Olhar do Turista: Lazer e Viagens nas Sociedades Contemporâneas. 2. ed. Studio Nobel/SESC: São Paulo.

Williams, P. (2001). The evolving images of wine tourism destinations. Tourism Recreation Research, 26(2), 3-10.