Custo de capital próprio em mercados emergentes: uma abordagem empírica no Brasil com o Dowside Risk Outros Idiomas

ID:
4193
Resumo:
Este artigo visa testar empiricamente a proposta de Estrada (2000) para as empresas que compõem o Ibovespa, avaliando se para mercados emergentes existem outras medidas de risco sistemático diferentes do beta do capital asset pricing model (CAPM). Dessa forma, testou-se o downside risk que capta a parte negativa do retorno. Além de dados em cross section, utilizaram-se dados em painel, como uma contribuição adicional ao trabalho de Estrada (2000). Os resultados encontrados não confirmam que o downside risk seja uma medida apropriada ao mercado brasileiro. Outras medidas de risco apresentaram melhor correlação com o retorno, permitindo o cálculo do custo de capital com valor diferente daquele obtido pela aplicação do beta. De acordo com Estrada (2000), os resultados sugerem que os mercados emergentes estão em posição intermediária entre os mercados integrados e segmentados, tal como confirmado para o mercado brasileiro.
Citação ABNT:
FORTUNATO, G. X.; MOTTA, L. F. J.; RUSSO, G. Custo de capital próprio em mercados emergentes: uma abordagem empírica no Brasil com o Dowside Risk. Revista de Administração Mackenzie, v. 11, n. 1, art. 84, p. 92-116, 2010.
Citação APA:
Fortunato, G. X., Motta, L. F. J., & Russo, G. (2010). Custo de capital próprio em mercados emergentes: uma abordagem empírica no Brasil com o Dowside Risk. Revista de Administração Mackenzie, 11(1), 92-116.
Link Permanente:
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Tipo de documento:
Artigo
Idioma:
Português
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