O Uso dos Quipus como Ferramenta de Controle Tributário e de Accountability dos Incas

ID:
47033
Resumo:
Objetivo – Esse estudo objetiva apresentar como eram procedidos os controles tributários e o processo de accountability na sociedade inca. Metodologia – Para tanto, foi realizada uma análise bibliográfica e documental sobre o uso do quipu na civilização inca, aplicando-se uma abordagem qualitativa. Resultados – Os resultados do estudo indicam que os quipus incaicos representaram os principais instrumentos de registro e reporte da gestão tributária adotados pelo Império Inca, tendo na figura dos Quipucamayocs a responsabilidade pela sua confecção, com a certeza de que as informações geradas e consolidadas nos quipus imperiais, estavam corretas, considerando que esses profissionais pagavam com a vida em caso de erros. Contribuições – As principais contribuições do estudo à Contabilidade estão relacionadas com o entendimento da origem do desenvolvimento de ferramentas de controle tributário e de prestação de contas criadas no Império Inca, antes das invasões espanholas, que apoiaram significativamente o desenvolvimento de uma das primeiras sociedades americanas.
Citação ABNT:
SCHMIDT, P.; SANTOS, J. L. D. O Uso dos Quipus como Ferramenta de Controle Tributário e de Accountability dos Incas. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, v. 19, n. 66, p. 613-626, 2017.
Citação APA:
Schmidt, P., & Santos, J. L. D. (2017). O Uso dos Quipus como Ferramenta de Controle Tributário e de Accountability dos Incas. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, 19(66), 613-626.
DOI:
10.7819/rbgn.v0i0.3099
Link Permanente:
https://www.spell.org.br/documentos/ver/47033/o-uso-dos-quipus-como-ferramenta-de-controle-tributario-e-de-accountability-dos-incas/i/pt-br
Tipo de documento:
Artigo
Idioma:
Português
Referências:
Acosta, G. (2015). Mr. Barton’s ap word history. Recuperado de http://hblg-apwh.weebly.com/ quipu.html

Aguiar, N. S. (2006). A matemática dos Quipus na história da sociedade Inca. Colóquio do Museu Pedagógico, Bahia, BA, Brasil. 6. Recuperado de http://periodicos.uesb.br/index.php/cmp/article/ viewFile/1843/1666

Andina.; Vinces, H. (2014). Archaeologists find 25 quipus at Inca site in Peru. Recuperado de http://www.peruthisweek.com/newsarchaeologists-find-25-quipus-at-inca-site-inperu-103338

Ascher, M. R. (1981). Mathematic of the Inca: Code of the Quipu. Michigan: University of Michigan Press.

Bernand, C.; Serge, G. (2001). História do novo mundo: Da descoberta á conquista, uma experiência Européia (1492-1550). São Paulo: Edusp.

Bonavia, D. (2016). Prefácio. In C. Radicati Di Primeglio (Coord.), Estudios sobre los quipus. (pp. 19-37). Lima: UNMSM, Fondo Editorial. Recuperado de http://sisbib.unmsm.edu.pe/ bibvirtual/libros/2008/estud_quipu/contenido.htm

Bonilla, C. O. R. (2013). La historia contable de Perú: Una pieza básica en el context Latinoamericano. Quipukamayoc, 21(40), 101-112.

Buckmaster, D. (1974). The Incan Quipu and the Jacobsen hypothesis. Journal of Accounting Research, 12(1), 178-181.

Burke, J.; Ornstein, R. (2015). Turning points in the development of contemporary society: A report on the axe maker’s gift technology’s capture and control of our minds and culture. Recuperado de http://Quipu.humanjourney.us/axemaker.html

Costa, A. L. M. C. (2014). Títulos de nobreza e hierarquia. São Paulo: Ed. Draco.

Cuba, O. H. (2015). The lenguas and the quipocamayocs: communication mediators in spaces of colonial legality (Peru, sixteenth century). Signos Históricos, 17(33), 8-35.

Dell, M. (2010). The persistent effects of Peru’s mita. Econometrica, 78(6), 1863-1903.

Fernandes, R. L. (2010). O império Inca e a economia da América pré-colombiana (Trabalho de Conclusão de Curso). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Ciências Econômicas, Porto Alegre, RS, Brasil.

Ferreira, J. L. (1991). Incas e astecas: Culturas précolombianas. São Paulo: Ática.

Figueiredo, D. J. (2015). Tawantinsuyu: O Império Inca. Recuperado de http://Quipu.klepsidra.net/ tawantinsuyu.html

Fleury, S.; Lobato, L. V. C. (2009). Participação, democracia e saúde. Rio de Janeiro: Cebes.

Forrester, D. A. R. (1968). The Incan contribution to double-entry accounting. Journal of Accounting Research, 6(2), 283.

Gambirazio, I. (2015). Os Quipus e os Quipucamayocs. Recuperado de http://Quipu. culturaperuana.com.br/index.php/2012/06/26/ os-quipus-e-os-quipucamayocs/

Gentile, M. E. (1992). Las investigaciones en torno al sistema de contabilidad incaico: Estado actual y perspectivas. Bulletin del Institut Français d’Études Andines, 21(1), 161-175.

Gumbrecht, Q. U. (1988). Modernização dos sentidos. Rio de Janeiro: Editora 34.

Hernández, A. P. V. (2014, junio). El Quipu: Método Ancestral para resguardar información contable. Anales Festival Internacional de Matemática, Puntarenas, Costa Rica, 9.

Hyland, S.; Ware, G.; Clark, M. (2014). Knot direction in a Khipu/Alphabetic text from the central Andes. Latin American Antiquity, 25(2), 189-197.

Inkarricamac. (2015). Uso práctico de colores en el Perú. Los Khipus. Recuperado de http://Quipu. forosperu.net/temas/uso-practico-de-los-coloresen-el-peru.709841/

Jacobsen, L. E. (1964). The ancient Inca empire of Peru and double entry accounting concept. Journal of Accounting Research, 2(2), 221-238.

Keister, O. R. (1964). The Incan Quipu. The Accounting Review, 39(2), 414-416.

Kenney, A. (2014). Encoding authority: Navigating the uses of Khipu in Colonial Peru. Traversea, n. 3, 4-19.

Luna, S. V. (1996). Planejamento de pesquisa: Uma introdução, elementos para uma análise metodológica. São Paulo: EDUC.

Marangon, R. M. (2015). Mitos ameríndios: Das primeiras civilizações à conquista espanhola. Recuperado de http://Quipu.ecsbdefesa.com.br/ fts/MitosAmerindios.pdf

Medelius, M.; Luna, J. C. P. (2004). Curacas, bienes y quipus en un documento toledano (Jauja, 1570). Histórica, 28(2), 35-82.

Mena, R. F. (2016). From the Aztecs their tax systems: Of the Incas their accounts, and of the Mayas their scripture; the outcome is the PreColumbian accounting. Accounting & Financial History Research Journal, (11), 181-244.

Moscovich, V. (2008). El Khipu como registro textil en el imperio inca: ¿Herramienta de trabajo reutilizable o informe final? Iberoamerica Global, 1(2), 59-93.

Nakagawa, M. (2007). Accountability: A razão de ser da contabilidade. Revista Contabilidade & Finanças, 18(44), 3-8.

Navarro, L. C. (2009). Los quipucamayoc y los pastores altoandinos en Canta, siglo XVI. Investigaciones Sociales, 13(23), 101-127.

Negra, C. A. S.; Negra, E. M. S. (2009). Contabilidade no império do sol. Contabilidade Vista & Revista, 13(3), 105-126.

Núñez, J. E. (1953). El Kipu peruano, sistema de contabilidade o estadística. The Atvidalerg International Review, n. 2, p.29.

Oliveira, S. R. (2006). Por uma história do possível: O feminino e o sagrado nos discursos dos cronistas e historiografia sobre o” Império” Inca. (Tese de doutorado). Departamento de História, Universidade de Brasília – UnB, Brasília, DF, Brasil.

Orellana, E. A. (2012). Una Contabilidad Precolombiana: La del imperio incaico. Contabilidad y Auditoría, 22(11). Recuperado de http://ojs.econ.uba.ar/ojs/index.php/Contyaudit/ article/view/123/193

Ostolaza, L. F. V. (2006). La publicación de estudios sobre los Quipus Carlos Radicati, crónica del poder de la amistad. In C. Radicati Di Primeglio (Coord.), Estudios sobre los quipus (pp. 15-77). Lima: UNMSM, Fondo Editorial. Recuperado de http://sisbib.unmsm.edu.pe/bibvirtualdata/ libros/2008/estud_quipu/preli_02.pdf.

Padilha, M. I. C. S.; Borenstein, M. S. (2005). O método de pesquisa histórica na enfermagem. Texto & Contexto Enfermagem, 14(4), 575-584.

Pasa, E. C. (2001). O uso de documentos eletrônicos na contabilidade. Revista Contabilidade & Finanças, 12(25), 72-83.

Pereira, F. I. (2006). Em busca do berço da contabilidade no mundo sul-americano. Anais do Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 2006, Resende, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 3.

Pilgaonkar, S. (2015). The Khipu-Based numeration system. Recuperado de http://arxiv. org/abs/1405.6093

Primeglio, C. R. (1979). El sistema contable de los Incas. Lima: Librería Studium.

Primeglio, C. R. (2006). Estudios sobre los Quipus. Lima: Centro de Produtión Fondo.

Ramos Vargas, M. A. (2015). Un hallazgo singular de un grupo de Quipus Inca en Huaycán de Cieneguilla. Lima: Repositorio Institucional.

Saez, A. (2014). Khipu UR19: Inca measurements of the Moon’s diameter and its distance from the Earth. Revista Latinoamericana de Etnomatemática: Perspectivas Socioculturales de la Educación Matemática, 7(1), 96-125.

Salcedo, R. F. B.; Oliveira, L. (2012). O centro histórico de Cusco-Peru no passado. Seminário de História da Cidade e do Urbanismo, 4(2), 306-314.

Schmidt, P.; Santos, J. L. S. (2008). História do pensamento contábil. São Paulo: Atlas.

Signorino, G. C. (2015). Il Khipu degli Incas. Recuperado de http://www3.unisi.it/cisai/khipu.htm

Silva, A. C. R. (2003). Metodologia da pesquisa aplicada à contabilidade. São Paulo: Atlas.

Skoglund, P.; Mallick, S.; Bortolini, M. C.; Chennagiri, N.; Hünemeier, T.; Petzl-Erler, M. L.; ...; Reich, D. (2015). Genetic evidence for two founding populations of the Americas. Nature, 525(7567), 104-108.

Spalding, K. (1973). Kurakas and commerce: A chapter in the evolution of Andean society. The Hispanic American Historical Review, 53(4), 581-599.

Staatliche Musseen (2015). Khipu. Recuperado de http://Quipu.smb-digital.de/eMuseumPlus?service=direct/1/ResultLightboxView/result.t1.collection_lightbox.$TspTitleImageLink.link&sp=10&sp=Scollection&sp=SfieldValue&sp=0&sp=0&sp=3&sp=Slightbox_3x4&sp=108&sp=Sdetail&sp =0&sp=F&sp=T&sp=115

Tokovinine, A. (2003.). Inka Khipu: Problems and approaches. Recuperado de http://www.mezoamerica.ru/indians/south/tok_khipu.html

Tomé, C. L. (2012). A segurança: O discurso fundador e os sentidos pedagógicos em uma canção de ninar. Eventos Pedagógicos, 3(1), 101-117.

Tun, M. A. (2015). El quipu: Escritura andina en las redes informáticas incaicas Quipu colonials (Tese de doutorado). University of Minnesota, Minnesota, EUA.

Urton, G. (2002). Signs in narrative: Accounting khipus. España: En Quilter y Urton.

Urton, G. (2009). Signs of the Inka khipu: Binary coding in the Andean knotted-string records. Texas: University of Texas Press.

Urton, G.; Brezine, C. J. (2005). Khipu accounting in ancient Peru. Science, 309(5737), 1065-1067.

Urton, G.; Brezine, C. J. (2007). Information control in the palace of Puruchuco: An accounting hierarchy in a Khipu archive from Coastal Peru. In R. L. Burger, C. Morris.; R. M. Mendieta, Variations in the expression of Inka power: A symposium at Dumbarton Oaks. (pp. 357-384). Washington, DC: Dumbarton Oaks.

Urton, G.; Brezine, C. J. (2016). Khipu Database Project. Recuperado de http://khipukamayuq.fas. harvard.edu/Researchers.html