A Prática do Mentoring Com Jovens Engenheiros - um Estudo Exploratório Outros Idiomas

ID:
5171
Resumo:
Este artigo discute as diferenças entre algumas práticas de orientação e desenvolvimento profissional nas organizações, especificamente o mentoring, counseling e coaching, centrando-se no mentoring e em suas especificidades. Com base nos resultados da fase piloto de um projeto implementado junto aos formandos e recém-formados da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), este artigo evidencia o processo de implementação da prática do mentoring enfatizando diferentes aspectos deste processo. O objetivo foi investigar a possibilidade da adoção dos pressupostos clássicos do mentoring na orientação e no assessoramento de jovens formandos dos cursos de engenharia da Escola Politécnica da USP por profissionais de diferentes organizações e em diversas posições organizacionais. Para tanto, utilizou-se o método de pesquisa exploratório, com dados coletados por meio de dois diferentes questionários, examinados quantitativamente por meio de análises descritivas. A partir da análise dos dados coletados, conclui-se a necessidade, indiferente da experiência profissional dos mentores, de uma prévia estruturação de processos e procedimentos, para uma preparação maior dos mentores. As discussões estão, em geral, associadas à transição entre universidade e mercado profissional; à necessidade de feedback dos orientados;  à expectativa dos alunos por uma carreira acelerada; à facilidade dos engenheiros para modelagem, ao paralelo a ser estabelecido entre situações semelhantes, mas nem sempre facilmente perceptíveis; dentre outros. Com relação aos orientados, as características mais valorizadas por eles, em um mentor, são o interesse em orientar, o conhecimento e a experiência na área; na escolha da carreira, a satisfação e a vocação; e os temas a serem desenvolvidos, na próxima fase do projeto, são a escolha da trajetória de carreira, o processo de tomada de decisão e a motivação. A partir das conclusões, foram feitas algumas recomendações para a sequência do projeto.
Citação ABNT:
MINELLO, I. F.; FERREIRA, M. A.; YONAMINE, R.; SCHERER, I. B. The Practice of the Mentoring Young Engineers - An Exploratory Study. Revista de Administração da UFSM, v. 4, n. 2, art. 3, p. 233-250, 2011.
Citação APA:
Minello, I. F., Ferreira, M. A., Yonamine, R., & Scherer, I. B. (2011). The Practice of the Mentoring Young Engineers - An Exploratory Study. Revista de Administração da UFSM, 4(2), 233-250.
Link Permanente:
https://www.spell.org.br/documentos/ver/5171/a-pratica-do-mentoring-com-jovens-engenheiros---um-estudo-exploratorio/i/pt-br
Tipo de documento:
Artigo
Idioma:
Inglês
Referências:
AMUDSON, N. Challenges for career interventions in changing contexts. International Journal for Educational and Vocational Guidance, v. 6, n.1, p. 3-14, Feb. 2006.

BAUGH, S. G.; SULLIVAN, S. E. Mentoring and career development. Career Development International, v. 10, n. 6-7, p. 425-428, jun. 2005.

BERGLAS, S. The very real dangers of executive coaching. Harvard Business Review, v.80,p. 8692, 2002.

DINGMAN, M. E. The effects of executive coaching on job-related attitudes. 2004, 168f. Tese (Doutorado em Organizational Leadership) – School of Leadership Studies, Regent University, 2004.

DUTRA, J. S. Gestão de carreiras na empresa contemporânea. São Paulo: Atlas, 2010.

EBY, L. T.; LOCKWOOD, A. Protégés’ and mentors’ reactions to participating in formal mentoring programs: a qualitative investigation. Journal of Vocational Behavior, v. 67, n. 3, p. 441-458, dez. 2005..

FAGENSON-ELAND, E. A.; BAUGH, S. G.; LANKAY, M. J. Seeing eye to eye: a dyadic investigation of the effect of relational demography on perceptions of mentoring activities. Career Development International, v. 10, n. 4, p. 460-477, 2005.

FERREIRA, M. A. A.; CASADO, T. Coaching, mentoring ou career counseling? In: SEMEAD, 13., 2010, São Paulo. Anais. ISSN 2177-3866. São Paulo: 2010. Disponível em: . Acesso em: 20 abr. 2010.

FERREIRA, M. A. A.. Coaching: um estudo exploratório sobre a percepção dos envolvidos: organização, executivo e coach: FEA. 2008. 132f. Dissertação (Mestrado em quê?)-Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008b.

FERREIRA, M. A. A. Coaching: um estudo exploratório sobre a percepção dos envolvidos: organização, executivo e coach: FEA. São Paulo: USP, 2008a.

FERREIRA, M. A. A.; DUTRA, J. S. Orientação profissional. In: DUTRA, J. S. Gestão de carreiras na empresa contemporânea. São Paulo: Atlas, 2010. cap. 8. p. 155-171.]

GRANT, A. M.; CAVANAGH, M. Toward a profession of coaching: sixty-five years of progress and challenges for the future. International Journal of Evidence Based Coaching and Mentoring, v. 2, n. 1, p. 8-21, 2004.

GRANT, A. M. Keeping up with the cheese again! Research as a foundation for professional coaching of the future. Coaching Pscychology Unit. School of Pscychology – University of Sydney. Australia, 2003a. p. 1-26.

GRANT, A. M. Workplace, executive and life coaching: an annotated bibliography from the behavioural scince literature. Unpublished paper. Sydney: Coaching Pscychology Unit. University of Sydney, 2003b.

HIGGINS, M. C.; KRAM, K. E. Reconceptualizing mentoring at work: a developmental network perspective. Academy of Management Review, v. 26, n. 2, p. 264-288, 2001.

HOMERO. Iliada e Odisseia.

JANASZ, S. C.; SULLIVAN, E. S.; WHITING, V. Mentor networks and career success: lessons for turbulent times. Academy of Management Executive, v. 17, n. 4, p. 78-91, nov. 2003.

KAMPA-KOKESCH, S.; ANDERSON, M. Z. Executive Coaching: a comprehensive review of the literature. Consulting Psychology Journal: Practice and Research, v. 53, n. 4, p. 205-228, 2001.

KILBURG, R. R. Toward a conceptual understanding and definition of executive coaching. Consulting Psychology Journal: Practice and Research, v. 48, n. 2, p. 34-144, 1996.

KILBURG, R. R.. When shadows fall: using psychodynamic approaches in executive coaching. Consulting Psychology Journal: Practice and Research, v. 56, n. 4, p. 246-268, 2004.

KRAM, K. E.; ISABELLA, L. A. Mentoring alternatives: the role of peer relationships in career development. Academy of Management Journal, v., n. 608, p. 110-132, (pre-1986), 26(000004), 1985.

KRAM, K. E. Mentoring Processes at work: developmental relationships in managerial careers 1980. 358 f. Tese (Doutorado em Filosofia)– Faculty of the Graduate School, Yale University, 1980.

KRAM, K. E. Phases of the mentor relationship. Academy of Management Journal (pre-1986), 26(000004), 608. ABI/INFORM Global. (Document ID: 84854676), 1983.

NOE, R. A. et al. Employee development: issues in construct definition and investigation of antecedents. In: FORD, J. K. Improving training effectiveness in work organizations. Mahwah: Lawrence Erlbaum, 1997. p.153-189.

PATTERSON; L. E.; EISENBERG, S. O processo de aconselhamento. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1999.

RUSSELL, J. E. A.; ADAMS, D. M. The changing nature of mentoring in organizations: an introduction to the special issue on mentoring in organizations. Journal of Vocational Behavior, v. 51, p. 1-14, 1997.

SAMPIERI, R. H.; COLLADO, C. F.; LUCIO, P. B. Metodologia de pesquisa. São Paulo: McGraw-Hill Interamericana do Brasil, 2006.

SELLTIZ, C. et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: EPU/EDUSP, 1972.

TOBIAS, L. L. Coaching executives. Consulting Psychology Journal: Practice and Research, v. 48, n. 2, p. 87-95, 1996. Rev.