Estratégia como Prática Social em um Alambique de Cachaça Artesanal: Uma Análise sob a Ótica Construcionista

ID:
56230
Resumo:
A estratégia como prática social busca explicar a relação entre estrutura/ação enfatizando a relevância das práticas reflexivas na mediação dessa relação no espaço/tempo. O modelo de análise aqui utilizado é formado por um consórcio de categorias da estratégia como prática junto com categorias construcionistas. A práxis analisada neste trabalho incide sobre a produção de cachaça artesanal e o alambique selecionado está na lista dos produtores certificados pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) que concede o selo de cachaça artesanal para os produtos de alambiques que cumprem voluntariamente determinadas normas e práticas que caracterizam a produção artesanal da cachaça. Para tanto, buscou-se compreender o qualificado repertório interpretativo do praticante que foi reflexivo o suficiente para refletir e narrar a sua experiência e sua práxis estratégica. Concluiu-se que a estratégia como prática fica evidente na rotina de uma organização quando as práticas d o presente derivam de práticas reflexivas de intervenção no espaço realizadas no passado, que a estratégia como prática está tanto na rotina do trabalho, quanto nas práticas reflexivas orientadas pela imaginação das rotinas do futuro.
Citação ABNT:
OLIVEIRA, L. C.; BRITO, M. J. Estratégia como Prática Social em um Alambique de Cachaça Artesanal: Uma Análise sob a Ótica Construcionista. Revista da Micro e Pequena Empresa, v. 13, n. 3, p. 23-37, 2019.
Citação APA:
Oliveira, L. C., & Brito, M. J. (2019). Estratégia como Prática Social em um Alambique de Cachaça Artesanal: Uma Análise sob a Ótica Construcionista. Revista da Micro e Pequena Empresa, 13(3), 23-37.
DOI:
http://dx.doi.org/10.21714/19-82-25372019v13n3p2337
Link Permanente:
https://www.spell.org.br/documentos/ver/56230/estrategia-como-pratica-social-em-um-alambique-de-cachaca-artesanal--uma-analise-sob-a-otica-construcionista/i/pt-br
Tipo de documento:
Artigo
Idioma:
Português
Referências:
Associação Mineira de Produtores de Cachaça de Qualidade / AMPAQ. (2017). nd. http://www.ampaq.com.br/.

Brasil.Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (2019). A cachaça no Brasil: dados de registro de cachaças e aguardentes. Secretaria de Defesa Agropecuária. – Brasília:MAPA/AECE, 2019. 27 p.

Brito, J.M; Brito, V.G.P; Borges, A.F.B; Andrade, L.P. (2014). Proposta TeóricoMetodológica para o Estudo da Estratégia como Prática Social: uma abordagem construcionista. XXXVIII Enanpad. Rio de Janeiro.

Costa, A. P. A. (2005). Uma análise da cadeia produtiva da cachaça e seu comércio com a União Européia: Barreiras comerciais e programas de incentivo. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pernambuco. 77 p. Recife.

Domingos, H. M. G.; Baeta, F. M. C.; Barbosa, M. A. (2002). A Cachaça Artesanal Mineira: Internacionalização e Alianças Estratégicas. Revista Gestão &Tecnologia, v. 1, n. 1, p. 100-111, jan./dez.

Gergen, K. (1985). The Social Constructionist. American Psychologist, 40(3), 266-275.

Grand, S.; Rüegg-Stürm, J.; Arx, W. V. (2010) Construtivist epismologies in strategy as practive research. In: Golsorkhi, D. ; Rouleau, L.; Seidel, A. Vaara, E. (ED.) Cambridge Handbook of Strategy as Practice, Cambridge University Press.

Hosking, M. D. (2011). Telling Tales of Relations: Appreciating Relational Constructionism. Organization Studies, 32(1), 47-65.

Jarzabkowski, P. (2005). Strategy as practice: Recursiveness, adaptation and practices-in-use. Organization Studies. 25(4), 529-560.

Jarzabkowski, P., Balogun, J.; Seidl, D. (2007).Strategizing: The challenges of a practice perspective. Human Relations. 60(1), 5-27.

Jarzabkowski, P.; Seidl, D. (2008) . The Role of Meetings in The Social Practice of Strategy. Organization Studies. 29(11), 1391-1426.

Jorgensen, M.; Phillips, L. (2002). Discourse analysis as theory and method. London: SAGE.

Oliveira, A.R. (2008). Análise da Cadeia Produtiva da Cachaça em Minas Gerais sob a ótica da Economia dos Custos de Transação. Custos e Agronegócio, v.4, n. 3, p. 72-97, set/dez.

Silva, F. R. (2009). Na embriaguez da cachaça: produção, imaginário e marketing. 111 f. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2009.

Souza, M. A. F.; Vale, F. N. (2004). Considerações Estratégicas sobre a Indústria da Cachaça. In: SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 11., 2004, Bauru. Anais... Bauru:

Spink, M.J.S., Frezza, R. M. (2004). Práticas discursivas e produção de sentidos: a perspectiva da Psicologia Social. In: Spink, M.J. (Org.) Práticas discursivas e produção de sentidos no cotidiano: aproximações teóricas e metodológicas. São Paulo: Cortez.

UNESP. Spink, M. J. (2004) Práticas Discursivas e Produção de Sentidos no Cotidiano: aproximações teóricas e metodológicas. São Paulo: Cortez, 3. ed.

Vaara, E. (2010). Critical discourse analysis as methodology in strategy as practice research. In: Grand, S.; Rüegg-Stürm, J.; Arx, W. V. Construtivist epismologies in strategy as practive research. Cambridge Handbook of Strategy as Practice, Cambridge University Press.

Vaara, E., Whittington, R. (2012). Strategy as Practice: Taking social practices seriously. Academy of Management Annals.

Wetherell, M. (1998). Positioning an Interpretative Repertories: Conversations Analysis and Post-structuralism. Discourse and Society, v. 9, n. 3, p. 387-412.

Whittington, R. (1996). Strategy as Practice. Long Range Planning, v. 29, p. 731-735, 1996.

Whittington, R. (2002). The work of strategizing and organizing: For a practice perspective. Strategic Organization. 1(1), 119-127.

Whittington, R. (2006). Completing the Practice Turn in Strategy Research. Organization Studies 27(5), 613-634.