Processo inovativo e indicadores estruturais: posição dos atores e trajetória tecnológica na rede de carcinicultura potiguar Outros Idiomas

ID:
31215
Resumo:
Ainda que se tenha avançado na análise do papel das relações sociais sobre a ação econômica, a atenção que lhe é conferida no processo inovativo ainda se mostra pequena no contexto brasileiro. Desta perspectiva, cabe analisar o processo inovativo como socialmente imerso, de onde se torna pertinente investigar como as relações sociais entre atores privados e públicos interferem na geração de inovação, tomando-se o caso da carcinicultura potiguar. Utilizando-se da análise de redes sociais, considera-se o indicador estrutural de posição na rede, cuja matriz de relações entre atores permite visualizar o caráter evolucionário da estrutura da rede e suas implicações sobre o processo inovativo. A partir de entrevistas semiestruturadas, interpretadas pela análise de conteúdo, descreve-se o fenômeno em uma abordagem longitudinal e indutiva, cuja compreensão ao longo da trajetória tecnológica revelou mais limites que oportunidades à geração de inovação, destacando-se a problemática do compartilhamento de informações na rede.
Citação ABNT:
FREIRE, A. C.; BALDI, M. Processo inovativo e indicadores estruturais: posição dos atores e trajetória tecnológica na rede de carcinicultura potiguar. Organizações & Sociedade, v. 21, n. 69, p. 235-254, 2014.
Citação APA:
Freire, A. C., & Baldi, M. (2014). Processo inovativo e indicadores estruturais: posição dos atores e trajetória tecnológica na rede de carcinicultura potiguar. Organizações & Sociedade, 21(69), 235-254.
Link Permanente:
https://www.spell.org.br/documentos/ver/31215/processo-inovativo-e-indicadores-estruturais--posicao-dos-atores-e-trajetoria-tecnologica-na-rede-de-carcinicultura-potiguar/i/pt-br
Tipo de documento:
Artigo
Idioma:
Português
Referências:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARÃO. Censo da carcinicultura nacional 2004. ABCC, Natal, ago. 2009. Seção Publicações. Disponível em: . Acesso em: 22 ago. 2009.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARÃO. Estatísticas do setor pesqueiro e da carcinicultura brasileira. ABCC, Natal, jan. 2012. Disponível em: . Acesso em: 16 jan. 2012.

BALDI, M.; LOPES, F. Primar orgânica: inovação em tempos de crise. Cadernos EBAPE. BR, v. 6, n. 3, set. 2008.

BALDI, M.; SILVA FILHO, R. B. da; FREIRE, A. C. Arranjo produtivo da carcinicultura potiguar: avanços e limites na articulação entre o Estado e o setor produtivo. In: ENCONTRO ANUAL DA ANPAD, 34. 2010, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: Associação Nacional dos Cursos de Pós-Graduação em Administração, 2010.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1996.

BARNEY, J.; HESTERLY, W. Economia das organizações: entendendo a relação entre as organizações e a análise econômica. In: CLEGG, S. R.; HARDY, C.; NORD, W. R. (Org.). Handbook de estudos organizacionais, São Paulo: Atlas, 2004. v. 3, p. 131179.

BORGATTI, S. P.; EVERETT, M. G.; FREEMAN, L. C. Ucinet 6 for windows. Harvard: Analytic Technologies, 2002.

BURT, R.S. Brokerage e closure: an introduction to social capital. Oxford: Oxford University Press, 2005

BURT, R.S. The social stucture of competition. In: NOHRIA, N.; ECCLES, R. G. (Ed.). Networks and organizations: structure, form, and action. Boston, Massachussetts: Havard Business School Press, 1992. p. 57-91.

CÁRDENAS, L. Q. A formação e o desenvolvimento de arranjos cooperativos sob a ótica da imersão e da economia dos custos de transação: um estudo de caso na COOPERCAM e na UNIPESCA. 2007. 145 f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2007.

CASSIOLATO, J. E.; LASTRES, H. M. M. Inovação e sistemas de inovação: relevância para a área de saúde. RECIIS, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 153-162, jan.-jun. 2007.

CASSIOLATO, J. E.; LASTRES, H. M. M. Novas políticas na era do conhecimento: o foco em arranjos produtivos e inovativos locais. Parcerias Estratégicas, n. 17, set. 2003.

CASSIOLATO, J. E.; LASTRES, H. M. M. Sistemas de inovação e desenvolvimento: as implicações de política. São Paulo em Perspectiva. v. 19, n. 1, p. 34-45, jan.mar. 2005.

DACIN, M. T.; VENTRESCA, M. J.; BEAL, B. The embeddedness of organizations: dialogue and directions. Journal of management, v. 25, n. 3, p. 317-356, may-june 1999.

DOSI, G. Mudança técnica e transformação industrial: a teoria e uma aplicação à indústria de semicondutores. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2006.

DOSI, G. Technological paradigms and technological trajectories: a suggested interpretation of the determinants and directions of technical change. Research Policy, v. 11, p. 147-162, 1982.

DUNHAM, F. B.; BOMTEMPO, J. V.; ALMEIDA, E. L. F. de. Trajetórias tecnológicas em combustíveis sintéticos: análise dos mecanismos de seleção e indução. Revista Brasileira de Inovação, v. 5, n. 1, p. 99-129, jan-jun. 2006.

FREEMAN, C. New technology and catching up. The European Journal of Development Research, v. 1, n. 1, p. 85-99, jun. 1989.

GODOI, C. K.; BANDEIRA-DE-MELLO, R.; SILVA, A. B. Pesquisa qualitativa em estudos organizacionais. São Paulo: Saraiva, 2006.

GRANOVETTER, M. Economic action and social structure: the problem of embeddedness. American Journal of Sociology, v. 91, n. 3, p. 481-510, nov. 1985.

GRANOVETTER, M. The strength of weak ties. American Journal of Sociology, v. 78, n. 6, p. 1360-1380, may. 1973.

GULATI, R.; GARGIULO, M. Where do interorganizational networks come from? American Journal of Sociology, v. 104, n. 5, p. 1439-1493, 1999.

JOHNSON, B.; LUNDVALL, B-Å. Promoting innovation systems as a response to the globalizing learning economy. Rio de Janeiro: UFRJ/IE (Nota técnica 4), 2000.

KIM, L. Da imitação à inovação: a dinâmica do aprendizado tecnológico da Coréia. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2006.

LALL, S. A mudança tecnológica e a industrialização nas economias de industrialização recente da Ásia: conquistas e desafios. In: KIM, L.; NELSON, R. R. (Org.). Tecnologia, aprendizado e inovação: as experiências das economias de industrialização recente. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2005

LIU, B. S-C.; MADHAVAN, R.; SUDHARSHAN, D. The impact of network structure on diffusion of innovation. European Journal of Innovation Management, v. 8, n. 2, p. 240-262, 2005.

LOPES, F; BALDI, M; CÁRDENAS, L. Parceria no agronegócio da carcinicultura na perspectiva da imersão estrutural: o caso da Camanor Produtos Marinhos LTDA. Base/Unisinos, v. 5, n. 2, p. 96-108, maio-ago. 2008.

LUNDVALL, B-Å. et al. Innovation system research and policy where it came from and where it might go. CAS Seminar, Oslo, December 4, 2007. Disponível em: . Acesso em: 12 mar. 2013

LUNDVALL, B-Å. et al. National systems of production, innovation and competence building. Research Policy, v. 31, p. 213-231, 2002.

MARSHALL, A. Princípios de economia. 2. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1985.

NOHRIA, N. Introduction: is a network perspective a useful way for studying organizations? In: NOHRIA, N.; ECCLES, R. G. (Ed.). Networks and organizations: structure, form, and action. Boston, Massachusetts: Harvard Business School Press, 1992. p. 1-22.

POLANYI, K. A grande transformação: as origens da nossa época. 4. ed. São Paulo: Campus, 2000. Obra original publicada em 1944.

POWELL, W; SMITH-DOERR, L. Networks and economic life. In: SMELSER, N. J.; SWEDBERG, R. (Ed.). Handbook of economic sociology. Princeton, NJ: Princeton University Press, 1994. p. 368-402.

QUIVY, R.; CAMPENHOUDT, L. V. Manual de investigação em ciências sociais. 2. ed. Lisboa: Gradiva Publicações, 1998.

REVISTA ABCC. Natal, RN: Associação Brasileira de Criadores de Camarão, ano 14, n. 1, jan. 2012.

ROCHA, I. P.; ROCHA, D. M. Análise da produção e do mercado interno e externo do camarão cultivado. ABCC, Natal, jan. 2012. Disponível em: . Acesso em: 16 jan. 2012.

SCHUMPETER, J. A. A teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo: Abril Cultural, 1982.

SCHWANDT, T. Três posturas epistemológicas: interpretativismo, hermenêutica e construcionismo social. In: DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. (Org.). Planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. 2. ed. Porto Alegre: ARTMED, 2006. p. 193-218.

SILVA FILHO, R. B. da. Carcinicultura do RN: uma análise a partir da Tríplice Hélice. 2009. 133f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2009.

TIDD, J.; BESSANT, J.; PAVITT, K. Gestão da inovação. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2008.

TIGRE, P. B. Gestão da inovação: a economia da tecnologia do Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

TRIVINÕS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1995.

UZZI, B. Social structure and competition in interfirm networks: the paradox of embeddedness. Administrative Science Quartely, v. 42, n. 1, p. 35-67, mar. 1997

VIEIRA, M. M. F. Por uma boa pesquisa (qualitativa) em administração. In: VIEIRA, M. M. F.; ZOUAIN, D. M. (Org.). Pesquisa qualitativa em administração. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2004. p. 13-28.

WASSERMAN, S.; FAUST, K. Social network analysis: methods and applications. New York: Cambridge University Press, 2007.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2005.

ZAFIROVSKI, M. The influence of sociology on economics: selected themes and instances from classical sociological theory. Journal of Classical Sociology. Sage Publications, v. 5, n. 2, p. 123-156, 2005.

ZUKIN, S.; DIMAGGIO, P. Structures of capital: the social organization of the economy. New York: Cambridge University Press, 1990.