Articulação Política na Avaliação da Inclusão Financeira Promovida pelo Banco Central do Brasil Outros Idiomas

ID:
39157
Resumo:
Este artigo analisa a relação entre (i) as atividades de articulação política desenvolvidas para a obtenção dos dados e informações necessários para avaliar uma política pública e (ii) a disponibilidade (ou indisponibilidade) desses dados e informações. A política em foco foi a de inclusão financeira liderada pelo Banco Central do Brasil (BC) no período de 2009 a 2012, tendo-se utilizado a abordagem metodológica do estudo de caso. Descreveram-se as principais iniciativas de inclusão financeira promovidas pelo BC no período, assim como as atividades de articulação política motivadas, direta ou indiretamente, para a obtenção dos referidos dados e informações. Concluiu-se que tais atividades contribuíram destacadamente na obtenção desses dados e informações.
Citação ABNT:
ANDRADE, M. M. T.; DINIZ, E. Articulação Política na Avaliação da Inclusão Financeira Promovida pelo Banco Central do Brasil. Organizações & Sociedade, v. 23, n. 76, p. 150-171, 2016.
Citação APA:
Andrade, M. M. T., & Diniz, E. (2016). Articulação Política na Avaliação da Inclusão Financeira Promovida pelo Banco Central do Brasil. Organizações & Sociedade, 23(76), 150-171.
DOI:
10.1590/1984-9230768
Link Permanente:
https://www.spell.org.br/documentos/ver/39157/articulacao-politica-na-avaliacao-da-inclusao-financeira-promovida-pelo-banco-central-do-brasil/i/pt-br
Tipo de documento:
Artigo
Idioma:
Português
Referências:
ABERBACH, J.; ROCKMAN, B.; PUTNAM, R. Bureaucrats and politicians in Western democracies. Cambridge: Harvard University Press, 1981.

ANDRADE, M. M. T. Gestão do acesso ao conhecimento externo em administradoras de carteira de investimentos imobiliários: estudo de casos. 2008. Tese (Doutorado)–Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

ARRETCHE, M. Tendências no estudo sobre avaliação. In: RICO, E. Avaliação de políticas: uma questão em debate. p. 29-39. São Paulo: Cortez; IEE/PUC/SP, 1998.

BC. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Relatório de Inclusão Financeira, n. 1. Brasília, DF: 2010.

BC. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Relatório de Inclusão Financeira, n. 2. Brasília, DF: 2011.

BRINKERHOFF, D. W. Process perspectives on policy change: highlighting implementation. World Development, v. 24, n. 9, p. 1395-1401, 1996.

COHEN, E.; FRANCO, R. Evaluación de projectos sociales. México: Siglo XXI, 1992.

DEMIRGUC-KUNT, A.; KLAPPER, L. Measuring financial inclusion – the Global Findex Database. The world bank, development research group, finance and private sector development team. Policy Research Working Paper 6025, abr. 2012.

DIAS, D.; SELTZER, Y. Incluindo milhões hoje e amanhã: políticas e ações viáveis para um sistema financeiro inclusivo no Brasil. In: FELTRIM, L. E.; VENTURA, E. C. F.; DODL, A. B. (Coord.). Perspectivas e desafios para inclusão financeira no Brasil: visão de diferentes atores. p. 241-254. Brasília: Banco Central do Brasil, 2009.

DINIZ, E.; BIROCHI, R.; POZZEBON, M. Triggers and barriers to financial inclusion: the use of ICT-based branchless banking in an Amazon county. Eletronic Commerce Research and Applications, v. 11, p. 484-494, 2012.

DINIZ, E.; GONZALEZ, L. Sobre a inclusão financeira. Jornal Valor Econômico, São Paulo, 6 jun. 2013. Seção Opinião.

DYE, T. R. Understanding public policy. Englewood Cliffs: Prentice Hall, 1992.

FARAH, M. F. S. Administração pública e política pública. Revista de Administração Pública, v. 45, n. 3, p. 813-836, 2011.

FARIA, C. A. P. A política da avaliação de políticas públicas. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 20, n. 59, p. 97-109, out. 2005.

FELTRIM, L. E.; VENTURA, E. C. F.; DODL, A. B. Inclusão financeira no Brasil: projeto estratégico do Banco Central. In: FELTRIM, L. E.; VENTURA, E. C. F.; DODL, A. B. (Coord.). Perspectivas e desafios para inclusão financeira no Brasil: visão de diferentes atores. p. 13-26. Brasília, DF: Banco Central do Brasil, 2009.

FREITAS, M. L.; DAMIAN, D.; GIUSTI, S. Cooperativas de crédito: inclusão financeira com impactos sociais positivos. In: FELTRIM, L. E.; VENTURA, E. C. F.; DODL, A. B. (Coord.). Perspectivas e desafios para inclusão financeira no Brasil: visão de diferentes atores. p. 113-129. Brasília, DF: Banco Central do Brasil, 2009.

FREY, K. Políticas públicas: um debate conceitual e reflexões referentes à prática da análise de políticas públicas no Brasil. Planejamento e Políticas Públicas, Brasília, DF, n. 21, p. 211-259, jun. 2000.

HAMMERSLEY, M.; GOMM, R.; FOSTER, P. Case study and theory. In: GOMM, R.; HAMMERSLEY, M.; FOSTER, P. Case study method. London: Sage, 2009.

HOWLETT, M.; RAMESH, M.; PERL, A. Política pública: seus ciclos e subsistemas (uma abordagem integradora). Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

JANNUZZI, P. M. Avaliação de programas sociais no Brasil: repensando práticas e metodologias das pesquisas avaliativas. Planejamento e Políticas Públicas, Brasília, n. 36, 2011.

KINGDON, J. W. Agendas, alternatives, and public policies. Nova York: Harper Collins College Publishers, 1995.

KINGDON, J. W. Agenda setting. In: THEODOULOU, S. Z.; CAHN, M. A. Public policy: the essential readings. Upper Saddle River: Prentice Hall, 1995.

LINDBLOM, C. O processo de decisão política. Brasília, DF: Ed. Universidade de Brasília, 1981.

MAS, I. The economics of branchless banking. Innovations, v. 4, n. 2, p. 57-75, Spring, 2009.

NUNES, E. Gramática política do Brasil: clientelismo e insulamento burocrático. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

O’TOOLE JUNIOR, L. Relações inteorganizacionais no processo de implementação. In: PETERS, G.; PIERRE, J. (Org.). Administração pública: coletânea. p. 229-248. São Paulo: Unesp; Brasília, DF: Enap, 2010.

PACHECO, S. R. Critérios de nomeação para cargos de direção no setor público. Desigualdade & Diversidade. Dossiê Especial, p. 21-30, 2º semestre. 2011.

PINTO, A. M. R. Fetichismo da avaliação. Análise e Conjuntura. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, v. 1, n. 2, mai./ago. 1986.

REIS, E. R. Política e políticas públicas na transição democrática. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 3, n. 9, fev. 1989. Disponível em: . Acesso em: 1 nov. 2012. 1989.

ROSSI, P. H. et al. Evaluation: a systematic approach. Thousand Oaks: Sage, 2004.

SABATIER, P. A. Political science and public policy. In: SABATIER, P. A.; JENKIMSSMIT, H. C.; STEWARD JUNIOR, J. Toward better theories of the policy process (symposium). PS: Political Science and Politics, v. 24, n. 2, jun. 1991.

SECCHI, L. Políticas públicas: conceitos, esquemas de análise, casos práticos. São Paulo: Cengage Learning, 2010.

SEN, A. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das letras, 2000.

SILVA, P. L. B; MELO, M. A. B. O processo de implementação de políticas públicas no Brasil: características e determinantes de avaliação de programas e projetos. Cadernos de Pesquisa, NEPP, Unicamp, Campinas, n. 48, 2000.

SOARES, M. M.; MELO SOBRINHO, A. D.; Microfinanças: o papel do Banco Central do Brasil e a importância do cooperativismo de crédito. Brasília: BCB, 2008.

SOUZA, C. Políticas públicas: uma revisão da literatura. Sociologias, Porto Alegre, n. 16, p. 20-45, jul./dez. 2006.

THEODOULOU, S. Z. The contemporary language of public policy: a starting point. In: THEODOULOU, S. Z.; CAHN, M. A. Public policy: the essential readings. Upper Saddle River: Prentice Hall, 1995.

WEISSBOURD, R. Banking on technology: expanding financial markets and economic opportunity. Report for the Brookings Institution Center on Urban and Metropolitan Policy, jun. 2002.

WEISS, C. H. The interface between evaluation and public policy. Evaluation, v. 5, n. 4, p. 468-486, 1999.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2005.