Diferentes Vínculos Indivíduo-Organização: Explorando Seus Significados entre Gestores Outros Idiomas

ID:
37911
Resumo:
Este trabalho investigou o Comprometimento Organizacional nas bases afetiva, normativa e instrumental, de acordo com o modelo de Meyer e Allen (1991), e mais dois vínculos – Entrincheiramento e Consentimento Organizacionais. O objetivo foi analisar os significados atribuídos por gestores a esses três vínculos, explorando seus elementos distintivos. A pesquisa foi conduzida pelo método qualitativo, através de entrevistas semiestruturadas com 20 gestores. O roteiro investigava os dados pessoais e o conceito atribuído a cada um dos vínculos. Para isso, utilizou-se, como recurso, a apresentação de fichas escritas com noções sobre cada construto. Os dados foram analisados pela análise de conteúdo. Os resultados apontaram que comprometimento refere-se a aspectos positivos, às noções de envolvimento e motivação. O entrincheiramento foi relacionado ao medo de mudar de organização para não arriscar a estabilidade já adquirida. Demonstrou, ainda, ser um vínculo instrumental que aprisiona o sujeito, levando-o ao desenvolvimento de uma relação de dependência e acomodação. O consentir indicou submissão às relações de poder e autoridade, insatisfação com o trabalho e a organização. Concluiu-se que os três vínculos se diferenciam conceitualmente e indicam influenciar distintamente a relação entre indivíduo e organização.
Citação ABNT:
PINHO, A. P. M.; BASTOS, A. V. B.; ROWE, D. E. O. Diferentes Vínculos Indivíduo-Organização: Explorando Seus Significados entre Gestores . Revista de Administração Contemporânea, v. 19, n. 3ª E. Especial, p. 288-304, 2015.
Citação APA:
Pinho, A. P. M., Bastos, A. V. B., & Rowe, D. E. O. (2015). Diferentes Vínculos Indivíduo-Organização: Explorando Seus Significados entre Gestores . Revista de Administração Contemporânea, 19(3ª E. Especial), 288-304.
DOI:
http://dx.doi.org/10.1590/1982-7849rac20151635
Link Permanente:
https://www.spell.org.br/documentos/ver/37911/diferentes-vinculos-individuo-organizacao--explorando-seus-significados-entre-gestores-/i/pt-br
Tipo de documento:
Artigo
Idioma:
Português
Referências:
Abric, J. C. (1994). L’organisation interne des representations socials: systeme central et systeme peripherique. In C. Guimelli (Ed.), Structures et transformations des representations socials. (pp 73-84). Lausanne: Delachaux et Niestlé.

Ajzen, I. (2001). Nature and operation of attitudes. Annual Review of Psychology, 52, 27-58. doi: 10.1146/annurev.psych.52.1.27

Allen, N. J.; Meyer, J. P. (1996). Affective, continuance, and normative commitment to the organization: an examination of construct validity. Journal of Vocational Behavior, 49(3), 252-276. doi: 10.1006/jvbe.1996.0043

Bastos, A. V. B.; Brandão, M. G. A.; Pinho, A. P. M. (1997). Comprometimento organizacional: uma análise do conceito expresso por servidores universitários no cotidiano de trabalho. Revista de Administração Contemporânea, 1(2), 97-120. doi: 10.1590/S1415-65551997000200006

Becker, H. S. (1960). Notes on the concept of commitment. The American Journal of Sociology, 66(1), 32-40. doi: 10.1086/222820

Blau, G. J. (1985). The measurement and prediction of career commitment. Journal of Occupational Psychology, 58(4), 277-288. doi: 10.1111/j.2044-8325.1985.tb00201.x

Brito, A. P. M. P.; Bastos, A. V. B. (2001). O schema de ‘trabalhador comprometido’ e gestão do comprometimento: um estudo entre gestores de uma organização petroquímica. Organizações & Sociedade, 8(22), 177-193.

Buchanan, B. (1974). Building organizational commitment. The socialization of managers in work organizations. Administrative Science Quartely, 19(4), 533-546.

Carson, K. D.; Bedeian, A. G. (1994). Career commitment: construction of a measure and examination of its psychometric properties. Journal of Vocational Behavior, 44(3), 237-262. doi: 10.1006/jvbe.1994.1017

Carson, K. D.; Carson, P. P.; Bedeian, A. G. (1995). Development and construct of a career entrenchment measure. Journal of Occupational and Organizational Psychology, 68(4), 301-320. doi: 10.1111/j.2044-8325.1995.tb00589.x

Chusmir, L. H. (1982). Job commitment and the organizational woman. Academy of Management Review, 7(4), 595-602. doi: 10.5465/AMR.1982.4285252

Cunha, M. P.; Rego, A.; Cunha, R. C.; Cabral-Cardoso, C. (2004). A ligação pessoa-organização. In M. P. Cunha, A. Rego, R. C. Cunha, & C. Cabral-Cardoso (Orgs.), Manual de comportamento organizacional. (pp 147-192). Editora RH: Lisboa, Portugal.

Dellagnelo, E.; Silva, R. C. (2005). Análise de conteúdo e sua aplicação em pesquisa em administração. Rio de Janeiro: Editora FGV.

Hrebiniak, L. G.; Alutto, J. A. (1972). Personal and role-related factors in the development of organizational commitment. Administrative Science Quarterly, 17(4), 555-573. doi: 10.2307/2393833

Klein, H. J.; Molloy, J. C.; Cooper, J. T. (2009). Conceptual foundations: construct definitions and theoretical representations of workplace commitments. In H. J. Klein, T. E. Becker, & J. P. Meyer (Eds.), Commitment in organizations: accumulated wisdom and new directions. (pp. 3-36). Florence, KY: Routledge/Taylor and Francis Group.

Martins, G. A. de. (2006). Estudo de caso – uma estratégia de pesquisa. São Paulo: Editora Atlas.

Mathieu, J. E.; Zajac, D. M. (1990). A review and meta-analysis of the antecedents, correlates, and consequences of organizational commitment. Psychological Bulletin, 108(2), 171-194. doi: 10.1037//0033-2909.108.2.171

Meyer, J. P. (2009). Commitment in a changing world of work. In H. J. Klein, T. E. Becker, & J. P. Meyer (Eds.), Commitment in organizations: accumulated wisdom and new directions. (pp. 3768). Florence, KY: Routledge/Taylor and Francis Group.

Meyer, J. P.; Allen, N. J. (1991). A three-component conceptualization of organizational commitment. Human Resource Management Review, 1(1), 61-89. doi: 10.1016/1053-4822(91)90011-Z

Meyer, J. P.; Allen, N. J. (1997). Commitment in the workplace: theory, research and application. Thousand Oaks: Sage Publications.

Meyer, J. P.; Herscovitch, L. (2001). Commitment in the workplace: toward a general model. Human Resource Management Review, 11(3), 299-326. doi: 10.1016/S1053-4822(00)00053-X

Moscon, D. H.; Bastos, A. V. B.; Souza, J. J. de. (2012). É possível integrar, em um mesmo conceito, os vínculos afetivo e instrumental?O olhar de gestores sobre o comprometimento com a organização. Organizações & Sociedade, 19(61), 357-373. doi: 10.1590/S198492302012000200010

Mowday, R. T.; Porter, L. W.; Steers, R. M. (1982). Employee-organization linkages – the psychology of commitment, absenteism, and turnover. New York: Academic Press.

O’Reilly C. A.; Chatman, J. (1986). Organizational commitment and psychological attachment: the effects of compliance, identification, and internalization on prosocial behavior. Journal of Applied Psychological, 71(3), 492-499. doi: 10.1037/0021-9010.71.3.492

Pinho, A. P. M.; Bastos, A. V. B. (2014). Vínculos do trabalhador com a organização: comprometimento, entrincheiramento e consentimento organizacionais. São Paulo: Hucitec.

Rodrigues, A. C. A.; Bastos, A. V. B. (2011). Entrincheiramento organizacional: proposta de um novo vínculo indivíduo-organização. In J. C. Zanelli, N. Silva, & S. R. Tolfo (Ed.), Processos psicossociais nas organizações e no trabalho. (pp. 161-178). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Scholl, R. W. (1981). Differentiating organizational commitment from expectancy as a motivating force. Academy of Management Review, 6(4), 589-599. doi: 10.5465/AMR.1981.4285698

Silva, E. C. da; Bastos, A. V. B. (2010). A escala de consentimento organizacional: construção e evidência de validade. Revista Psicologia, Organizações e Trabalho, 10(1), 7-22.

Vieira, M. M. F.; Zouain, D. M. (2005). Pesquisa qualitativa em administração – Teoria e prática. Rio de Janeiro: FGV Editora.

Weber, M. (1971). Sociologia da burocracia. Rio de Janeiro: Zahar Ed.

Wiener, Y. (1982). Commitment in organizations: a normative view. Academy of Management Review, 7(3), 418-428. doi: 10.5465/AMR.1982.4285349