A representação das múltiplas dimensões paradigmáticas no estudo da Administração: um ensaio sobre os limites contidos nas defesas paradigmáticas excludentes Outros Idiomas

ID:
1400
Resumo:
A discussão dos paradigmas que regem a produção de conhecimento na administração, cuja característica é lidar com objetos e conceitos de elevada complexidade, mostra evidências de que muitos de seus debatedores perdem partes significativas da questão, por se dedicarem à defesa de um paradigma em particular. Tendo por base a seguinte questão-problema: As limitações epistemológicas intrínsecas dos paradigmas empregados na pesquisa em Administração admitem discussões polarizadas, ou o problema possui complexidade maior do que a sustentada pelas visões isoladas de cada paradigma? O objetivo deste ensaio teórico é ressaltar que os paradigmas se complementam e que nenhum pode ser abandonado em função de sua incompletude. O foco difere das apologias ao paradigma positivista, como se observa em Donaldson (1997) e Alvesson (1995), ou nas contraposições dicotômicas e excludentes, como no trabalho de Tadajewski (2009). Os paradigmas positivista, interpretativo e crítico são expostos e contrastados com analogias da Física, nas limitações impostas ao conhecimento pelos estudos recentes da Linguística, dos Hipercubos de Data Mining, e dos estudos de fenômenos emergentes em Sistemas Complexos. O enfoque geral é a exploração de um vazio ontológico, materializado pelas discussões excludentes sobre os paradigmas.
Citação ABNT:
LIMA, L. A.A representação das múltiplas dimensões paradigmáticas no estudo da Administração: um ensaio sobre os limites contidos nas defesas paradigmáticas excludentes. Revista de Administração Contemporânea, v. 15, n. 2, art. 2, p. 198-208, 2011.
Citação APA:
Lima, L. A.(2011). A representação das múltiplas dimensões paradigmáticas no estudo da Administração: um ensaio sobre os limites contidos nas defesas paradigmáticas excludentes. Revista de Administração Contemporânea, 15(2), 198-208.
Link Permanente:
https://www.spell.org.br/documentos/ver/1400/a-representacao-das-multiplas-dimensoes-paradigmaticas-no-estudo-da-administracao--um-ensaio-sobre-os-limites-contidos-nas-defesas-paradigmaticas-excludentes/i/pt-br
Tipo de documento:
Artigo
Idioma:
Português
Referências:
Alvesson, M. (1995). The meaning and meaninglessness of postmodernism: some ironic remarks. Organization Studies, 16(6), 1047-1075. doi: 10.1177/017084069501600606.

Alvesson, M.; Deetz, S. (1998). Teoria crítica e abordagens pós-modernas para estudos organizacionais. In S. R. Clegg, C. Hardy, & W. R. Nord (Eds.), Handbook de estudos organizacionais (pp. 226-264). São Paulo: Atlas.

Bryman, A. (1989). Research methods and organization studies. New York: Routledge.

Caravantes, G. R.; Panno, C. C.; Kloeckner, M. C. (2005). Administração: teorias e processo. São Paulo: Pearson.

Ciribelli, M. C. (2003). Como elaborar uma dissertação de mestrado através da pesquisa científica. Rio de Janeiro: 7 Letras.

Donaldson, L. (1997). A positivist alternative to the structure-action approach. Organization Studies, 18(1), 77-92. doi: 10.1177/017084069701800105

Érdi, P. (2008). Complexity explained. Berlin Heidelberg: Springer-Verlag.

Gephart, R. (1999). Paradigms and research methods. Recuperado em 4 fevereiro,2011, de http://division.aomonline.org/rm/1999_RMD_Forum_Paradigms_and_Research_Methods.htm

Guba, E. G.; Lincoln, Y. S. (1994). Competing paradigms in qualitative research. In N. K. Denzin, Y. S. Lincoln (Eds.), Handbook of qualitative research. (pp. 105-117). Thousand Oaks, CA: Sage.

Hatch, M. J.; Yanow, D. (2003). Organization theory as an interpretative science. In H. Tsoukas, C. Knudsen (Eds.), The Oxford handbook of organization theory. (pp. 63-87). Oxford: Oxford University Press.

Holden, C. (2004). The origin of speech. Science, 303(5662), 1316-1319.

Holl, H. G. (2007). Second thoughts on Gregory Bateson and Alfred Korzybski. Kibernetes, 36(7/8), 1047-1054. doi: 10.1108/03684920710777829.

Hunt, S. D. (1994). On the rhetoric of qualitative methods: toward historically informed argumentation in management inquiry. Journal of Management Inquiry, 3(3), 221-234. doi: 10.1177/105649269433002.

Lounsbury, M.; Ventresca, M. (2003). The new structuralism in organizational theory. Organization, 10(3), 457-480. doi: 10.1177/13505084030103007.

Miller, J. H.; Page, S. E. (2007). Complex adaptive systems. USA: Princeton Univ. Press.

Myers, M. D. (1997). Qualitative research in information systems. MIS Quarterly, 21(2), 241-242. doi: 10.2307/249422.

Tadajewski, M. (2009). The debate that won't die?, Values, incommensurability, antagonism and theory choice. Organization, 16(4), 467-485. doi: 10.1177/1350508409104504.